Gente, essa foto foi da nona edição do espetáculo "Cantando e Dançando a Amazônia", que ocorreu na última quarta-feira, dia 18, no Theatro da Paz. O evento é um show beneficente, com renda revertida para as obras sociais do Abrigo João de Deus - que trabalha com mendigos doentes.
Na foto, entre alguns componentes da diretoria do abrigo, estão os artistas Alcyr Guimarães, Márcia Aliverti e Nilson Chaves, da esquerda para a direita. O momento foi do início do espetáculo, que adotou como temática a "Paz" e que, graças a Deus, teve casa lotada. O clique é da Louise Lima, minha parceira de TCC (que não é nada chata, viu Louise, ao contrário!?).
E abaixo, um depoimento que escrevi como parte da avaliação da disciplina Laboratório de Comunicação Empresarial, que será publicado no site (criado por alunos) de uma creche de Icoaraci.
PARA MUDAR O MUNDO...
(Minha experiência no Abrigo João de Deus)
Por Luciane Fiuza de Mello
Para ser voluntário é preciso abraçar uma causa, adotar um irmão e inquietar-se com a situação do mundo atual. Meu trabalho voluntário no Abrigo João de Deus começou quase por acaso, quando fui levada pela minha então professora de balé, Vera Lúcia Torres, para conhecer as irmãs da Congregação Missionária de São João de Deus, que cuidam, há mais de 20 anos, de homens e mulheres de rua doentes.
De início, colaborava com as montagens de dança que a escola levava em datas festivas.
Depois, fui me envolvendo com o trabalho desenvolvido na cidadela, um sítio localizado em Marituba, onde os internos ficam até se readaptarem ao convívio social. Lá, organizávamos eventos comemorativos e ensinávamos trabalhos artísticos de pintura e escultura, uma espécie de terapia ocupacional. Nessa época, eu estudava Educação Artística na Universidade Federal do Pará (UFPA) e me esforçava para repassar meu aprendizado, apesar da inexperiência.
Depois de um tempo, as irmãs me convidaram para integrar a diretoria, primeiro como secretária e depois como diretora social. Foi nesse período que criamos o "Cantando e Dançando a Amazônia", espetáculo anual que, este mês, completa, com sucesso, sua nona edição. São eventos organizados pela diretoria, trabalho voluntário e doações que mantêm essa casa de caridade, fundada pelo padre xaveriano Francisco Gugliotta, atualmente diretor espiritual do abrigo, e presidida pela irmã Lucrécia Pimentel.
A correria do dia-a-dia e aquela famosa “falta de tempo” do mundo moderno acabaram me afastando desse serviço. Mas, foi com a iluminação divina, acredito eu, que voltei, assim meio que “por acaso” para este local. Foi durante uma aula da disciplina Laboratório de Comunicação Empresarial que escolhi o abrigo - juntamente com algumas colegas de turma do curso de Jornalismo UFPA - para realizar um trabalho voluntário.
Preparamos um projeto para a criação de um Departamento de Comunicação Social no Abrigo João de Deus. Trabalho esse que se transformou na minha monografia, que está sendo feita em parceria com a estudante Louise Lima. Pretendemos implantar, até o final do ano, uma Assessoria de Imprensa no abrigo. Vamos criar um “website” e um informativo mensal. Essas ferramentas comunicacionais servirão, entre outras finalidades, para divulgar o trabalho lá realizado, assim como recrutar doadores e voluntários (especialmente médicos, assistentes sociais, terapeutas e arte-educadores).
Olhando para o passado e para o presente, vejo o poder da mão de Deus organizando as tais “coincidências” da vida. Estou satisfeita em poder realizar, nesta entidade, um trabalho que antes era feito intuitivamente, porém com muita garra e vontade de ajudar. É como diz a sabedoria popular: “Se quiser mudar o mundo, comece por você mesmo”. Nisso consiste o voluntariado.
SOBRE OS COMENTÁRIOS:
Nathy, que bom que gostou da foto e do texto. Soube hoje que quando a Shirley (fotógrafa) viu a postagem, chorou de emoção. Essas são as pequenas coisas que fazem a vida ser tão imensa...
Louise, quem me dera ter merecido uma palavra, ou mesmo um olhar terno, do maestro. Mas quem sabe ele não folheou satisfeito esse livro, sentadinho lá naqueles bancos históricos da praça, fugido do paraíso. E quem pode dizer que o Waldeco, onde estiver, não se emocionou com tantas homenagens lindas feitas para ele lá no "Cantando...", como as do Grupo Vocal Vox Brasilis e do maestro João Bosco?!
Rô, agradeço mais essa visita. Obrigada pelas palavras - prometo que agora vou manter esse visual e parar de ficar mudando toda hora - e me avisa da festa que eu quero ir sim.
Renata, fico feliz que tenha gostado da leitura e concordo com você: Waldemar Henrique é a cara do Pará! E será eternamente lembrado pelo seu talento indescritível.
Bjs a todos!
Lu.