Recentemente assisti a um filme que recomendo: A Casa do Lago. Um filme romântico sobre o esperar, ou melhor, sobre o tempo de esperar. Um casal de solitários, Alex e Kate, se apaixona, apesar de viver em tempos diferentes. A certa altura da história, o amor parece impossível, mas como para um bom filme romântico nada é impossível, Alex e Kate se encontram em um tempo especial. Mas não vou contar todo o filme, sugiro que assistam.
</p>Quero falar um pouco sobre o sentimento que o filme despertou
em mim. Muitas vezes pressionados pelo nosso orgulho teimamos em querer coisas, teimamos em querer que essas coisas aconteçam logo, no nosso tempo, na nossa hora. E quando isso não acontece, sofremos. Eu quero agora! Tem de ser já! Porque ainda não comigo? Parece que a urgência virou a grande companheira de viagem.</p></p>Quando trabalhava numa rádio como DJ na "Lagoa Dourada FM", de Ponta Grossa (PR), aprendi o quanto dava para fazer em três, quatro minutos. Era o tempo entre uma música e outra que aproveitávamos para fazer lanche, bater papo com os colegas, etc. Quando voltava ao estúdio ainda tinha trinta segundos, tempo de sobra para preparar tudo para o próximo bloco: música e comerciais. Ah, o tempo!!! Como o usamos mal, às vezes.</p></p>Tenho aprendido (penando, é claro) que é preciso saber esperar, porém, sem acomodar-se. Andar um passo de cada vez e chegar aonde se quer. </p></p>Outro dia, encontrei, aqui mesmo nesse louco mundo virtual, um amigo com o qual não falava há 13 anos. A amizade e a cumplicidade eram as mesmas de uma década e meia atrás. Nos falamos como se a última vez tivesse sido ontem.</p></p>Já passei também pela experiência de iniciar, viver e acabar uma paixão em apenas dois meses...
Ah, o tempo!</p></p>Lenne Santos.
</p></p>Ps: Na foto, Lenne Santos sob a lente singular de Janduari Simões.</p>