Simplesmente Lu

Dezembro 16 2006

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Ex-alunos, professores e demais amigos do Núcleo Pedagógico Integrado (NPI) da UFPA - que pelo Novo Estatuto chama-se Unidade Acadêmica Especial (UAE) – confraternizam-se hoje, às 20h30, no Amazon Beer, Estação das Docas.

 

O encontro festeja a movimentação em torno da formação de uma associação que funcione como parceira das ações da escola de aplicação da universidade. Larissa Chermont, organizadora da festa, conta que cerca de 50 pessoas confirmaram presença. Quem não conseguiu entrar em contato com organizadores também poderá participar; alguns lugares ficarão reservados. A ex-aluna dá outros informes sobre o assunto:     


Caríssimos ex-alunos e amigos do NPI,

 

 

- Nossa lista de emails está com 175 registros! Caso vocês sintam falta de alguém ou tenham emails de outros ex-alunos, por favor, enviem para que eu possa adicioná-los. Por enquanto, estou trabalhando apenas com nomes e emails, pois vou aguardar para fazer o banco de dados completo por ano de conclusão - quem já mandou seus outros dados, não se preocupe que os mesmos ficarão arquivados;
- A comissão para a elaboração do estatuto da associação de ex-alunos e amigos do NPI, fez sua primeira reunião no último dia 5, na qual foram redigidas as propostas de objetivo geral e atribuições da mesma. Seguiremos os modelos de estatuto da assoc. de Amigos da UFPA (www.amigosdaufpa.org.br) e outras do gênero, adequando ao formato de OSCIP. Contribuições de texto serão muito bem vindas!;
- Recebemos do Bebeto Mota um email convidando aqueles que desejarem continuar a confraternização, depois da Amazon Beer no Casablanca!
- Gostaria de dizer que tenho percebido uma enorme receptividade de todos com quem encontro e falo da criação da nossa associação. Essa é uma tarefa muito prazerosa para mim, e tenho certeza, para todos os envolvidos. Será muito bom podermos retribuir ao NPI e à sociedade a educação pública de qualidade que recebemos!

 

Aguardo o retorno de cada um de vocês, com idéias e sugestões com relação à atuação da associação e como poderemos dividir tarefas para viabilizá-la.

Abraços,

Larissa.

Ps: Informações sobre a associação podem ser obtidas através do larissa@ipam.org.br 

 

NA FOTO: Ex-alunos do NPI. Arquivo pessoal de Larissa Chermont.

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 06:23
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Dezembro 15 2006

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A décima e última "virtude" ainda não tem nome, mas já tem autor. O diretor teatral, ator e blogueiro Hudson Andrade topou participar da campanha da blogosfera papa-chibé, idealizada pelo prof. Fábio Castro e encabeçada por mim: 10 virtudes desejáveis para a política cultural do PT no Estado. É bom lembrar que ele está em cartaz com montagem contemplada pelo Prêmio Funarte, O Glorioso Auto do Nascimento do Cristo-Rei: Terceiro Milagre. Só que não tentarei falar do blogueiro da melhor forma possível aos visitantes deste espaço. Tomarei emprestadas (ou roubadas) as palavras e a foto do próprio, retiradas do primeiro post do seu blog, o Curia d'Arte 

 

Hudson Andrade em cena de Medéia – a tragédia do feminino ultrajado (Brasil, 2004), dirigido por Adriano Barroso e Aílson Braga. Durante os vários meses de ensaio deste espetáculo, mais do que criar um produto artístico, tentou-se criar uma consciência sobre o fazer teatral, ou, termo que gosto muito, sua carpintaria. Todo o processo de criação de um espetáculo, sua dramaturgia, cenografia, figurino e adereçagem, aspectos comerciais de venda do produto, enquadramento de projetos de incentivo, busca de patrocínio. Um espaço de (difícil) convivência para o treinamento físico do ator, criação do personagem, aulas nas quais Adriano e Aílson nos apresentavam os universos de Stanislavsky, Artaud, Grotowski, os textos clássicos, ou contemporâneos, para criar um espetáculo dentro de outro espetáculo, que bebendo da literatura universal, viesse (tra)vestido da cultura popular. Parte desse caminho foi trilhado pela ausência de patrocínio. Faltam-se recursos, vibram a criatividade. Um teatro cuja simplicidade, reaproveitamento, ou ressignificação de materiais não sejam justificativas para a feiúra; onde, sobretudo, o que valha seja o ator e seu ofício, que não é mentir nem fingir, mas conduzir pelas mãos, olhos, ouvidos, coração e alma a platéia para um mundo e um tempo que não são dela. Mostrar mais do que de qualquer outra forma, como são plurais esses seres humanos.

 

 

(Hudson Andrade, 23 de setembro de 2006)

 

AVISO: A ESCOLA DE TEATRO E DANÇA DA UFPA APRESENTA POÉTICAS DO CORPO,  ESPETÁCULO DE DANÇA CONTEMPORÂNEA APRESENTADO PELOS ALUNOS DO SEGUNDO ANO DO CURSO TÉCNICO DE DANÇA, NOS DIAS 16 E 17 DE DEZEMBRO, NO TEATRO WALDEMAR HENRIQUE, 20H. INGRESSOS R$5,00. A DIREÇÃO GERAL É ASSINADA PELAS PROFESSORAS ELEONORA LEAL E MARIA ANA AZEVEDO.

 

Este espaço é destinado às artes todas, sobretudo ao teatro, a quem dedico muito da minha vida, batizado que fui no vinho de Dionísio – Evoé! –, despido de mim, pleno de tudo.
Soaram já três bastonadas!
Merda!!!
publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 04:08

Dezembro 15 2006

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Alguns políticos têm minha simpatia, como a vereadora Vanessa Vasconcelos (FOTO). Para isso talvez contribua o fato dela ser jornalista, ter dançado com Rosário Martins e desfilado com Antônio Melo (ou somente Melo, como hoje é lembrado), pessoas que admiro. Talvez seja porque ela teve coragem de ser jornalista, candidata à prefeita, capitã e, agora, vereadora. Pode ser ainda por ela ter ouvido a “voz” da dança paraense, ano passado, na audiência pública que organizou para a classe. Um único motivo pode ser que explique a simpatia que nutro pela vereadora: saber que ela chorou quando não conseguiu a gratuidade nos transportes coletivos para profissionais que trabalham oferecendo a própria vida para proteger o cidadão.

Como se não bastasse o que relatei acima, há pouco tempo soube de mais duas ações de Vanessa. Ela aderiu à movimentação nacional dos jornalistas em defesa da regulamentação profissional e da exigência de diploma, sendo autora do requerimento que determina que a Câmara Municipal de Belém encaminhe voto de protesto contra a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que concedeu liminar em favor dos jornalistas sem diplomação. E esta semana a vereadora tomou a iniciativa de incluir nos Anais da Casa a análise crítica do prof. Fábio Castro, do Departamento de Comunicação Social da UFPA, sobre a política cultural do PSDB no Pará.

Escrevi no início da semana para o gabinete da vereadora pedindo detalhes sobre o assunto e uma foto dela para poder fazer o devido registro no meu blog-sapo. Transcrevo abaixo trechos do e-mail/resposta, que recebi ontem, e do referido documento. Aproveito para responder o e-mail aqui, dizendo simplesmente que Vanessa Vasconcelos é um diferencial no cenário político local. Torço para que possamos enxergar a mesma sensibilidade em muitos outros gestores públicos.   

 

 “Cara Luciane. Anexamos o que fora publicado no Diário do Pará, os  "10 pecados", para inserção deste contéudo no Anais da Câmara Municipal de Belém.

Consideramos sua disposição e enfrentamento como atitudes de firmeza e clareza buscando uma consciência mais ampla e cuidadosa com a nossa cidade. Ficamos gratos em receber a sua atenção e seu apreço”.

 

Belém – Metrópole da Amazônia –, Pará, 12 de Dezembro de 2006. Requeiro, na forma regimental e após ouvir o Douto e Soberano plenário, que esta Casa de Leis insira em seus Anais os artigos publicados no do jornal “Diário do Pará”, na coluna do Prof. Fábio Castro, em edição do dia 11 e 12 de dezembro do corrente, intituladas: “OS 10 PECADOS DA POLÍTICA CULTURAL NO PARÁ – PARTE I” “OS 10 PECADOS DA POLÍTICA CULTURAL NO PARÁ – PARTE II” Salão Plenário Vereador LAMEIRA BITTENCOURT, aos 12 dias do mês de dezembro de 2006. VANESSA VASCONCELOS

Vereadora - PMDB

 

Presidente da Comissão dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso.

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 02:57

Dezembro 12 2006
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"Estou tentando captar a quarta dimensão do instante-já." "Meu tema é o instante? Meu tema de vida. Procuro estar a par dele, divido-me milhares de vezes, em tantas vezes quanto os instantes que decorrem, fragmentária que sou e precários os momentos – só me comprometo com a vida que nasça com o tempo e com ele cresça: só no tempo há espaço para mim." "Domingo é o dia dos ecos – quentes, secos, e em toda a parte zumbidos de abelhas e vespas, gritos de pássaros e o longínquo das marteladas compassadas – de onde vêm os ecos de domingo? Eu que detesto domingo por ser oco." "Nada existe de mais difícil do que entregar-se ao instante. Esta dificuldade é dor humana. É nossa. Eu me entrego em palavras e me entrego quando pinto." Clarice Lispector

Fonte: http://www.culturabrasil.org/clarice.htm

Foto: Shirley Penaforte. Arte: Luis Paulo Brasil de Souza

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 18:09

Dezembro 12 2006

Os 10 pecados da política cultural do PSDB no Pará saíram da esfera virtual. A edição de ontem, dia 11, do jornal Diário do Pará mostrou os quatro primeiros "pecados" e promete o seguimento. Os primorosos artigos são resultado da análise feita pelo prof. Fábio Castro, do Departamento de Comunicação Social da UFPA, sobre os 12 anos da política cultural do governo tucano no Estado. Quem quiser conferir, basta acessar o blog do professor, no marcador Política Cultural. O link é HUPOMNEMATA - Política Cultural

A edição de sexta-feira passada do "Diário", dia oito de dezembro, fez referência ao assunto na coluna Qualquer Bossa, do músico e jornalista Elielton Amador - Caderno Por Aí. Anteriormente a blogosfera paraense já havia registrado a leitura; o tema inspirou os blogueiros e eles toparam participar da elaboração das 10 desejáveis virtudes para a política cultural do PT no Pará. Iniciei a campanha motivada pelo prof. Fábio, que me propôs a elaboração "a muitas mãos" de boas sugestões para a área cultural no próximo governo.

Até o momento nove blogueiros aceitaram o desafio e três deles já escreveram seus artigos, os quais estou reunindo neste blog para, posteriormente, entregar à futura governadora, Ana Júlia Carepa. A mobilização é o reflexo das intensas discussões - reais e virtuais - que a sociedade realizou, especialmente no período pré-eleitoral.

Obs: Só para lembrar.

 

Foram escritas três "virtudes":

1 - PROFISSIONALISMO. Por Edyr Augusto Proença.

2 - INTERIORIZAÇÃO. Por Juvêncio de Arruda.

3 - O BOM SENSO. Por Fábio Horácio-Castro.

Confirmaram participação e definiram o tema:

4 - COMPROMISSO COM A CULTURA POPULAR. Por Pedro Nelito (com mais "98 mãos").

5 - INVESTIMENTO HUMANO. Por Yúdice Randol.

6 - MODÉSTIA. Por mim (com o bailarino Rubem Meireles).

7 - EDITAIS PARA PRODUÇÃO ARTÍSTICA. Por Cláudio Marinho.

Confirmaram participação e estão definindo o tema:

8 - Blog Flanar (a seis mãos).

9 - Blog da Carol.

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 01:02

Dezembro 11 2006

Acabo de receber por e-mail mais uma adesão à campanha da blogosfera papa-chibé. O ator e jornalista paraense Cláudio Marinho, radicado na capital paulista há três anos, vai falar sobre Editais para Produção Artística, a nona das "10 desejáveis virtudes para a política cultural do PT no Estado".

O blog do ator é o Na Cena de Cláudio Marinho  Além de blogueiro, Cláudio Marinho edita o site Na Cena de Sampa . As "notícias online da vida paulista" têm o toque especialíssimo do jornalista.  Formado pela Escola de Teatro e Dança da UFPA, Cláudio destacou-se na cena teatral paraense e com as matérias que assinava no caderno cultural do jornal O Liberal, onde trabalhou por um longo período.

Vale a pena conferir um dos destaques do Na Cena de Sampa , que é o retorno do Pilobolus Dance Theatre ao Brasil. A cia. apresentou-se  nos dias 24 e 25 de novembro, no Teatro Alfa. A entrevista com o diretor Antunes Filho também é imperdível.

Cláudio, agradeço a sua participação e fico no aguardo da "virtude".

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 19:38

Dezembro 10 2006

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Alguém conseguiu descobrir quem é a bailarina que está no cartaz do espetáculo dirigido por Augusto Rodrigues, em 1955? O professor é o grande precursor do Ballet Clássico no Pará e formou muitos mestres, que hoje formam novos professores e bailarinos. 

 

A curiosidade surgiu quando vi a foto da bailarina na reprodução do cartaz Alencar Terra - V Festival do Conjunto Coreográfico.  A imagem, que não está muito visível, foi publicada na seção Memórias do Cotidiano do Jornal Pessoal de nº 379 - ano XX. O jornalista Lúcio Flávio Pinto é o responsável pela publicação, que completa (retifico: está para completar) 20 anos de jornalismo indepente e de qualidade.

 

Li agora a pouco no blog do jornalista Augusto Barata - Blog do Barata - que a marca é única em publicações nacionais do gênero. Importante registrar que mês passado foi reformulada a arte do JP, A Agenda Amazônica de Lúcio Flávio Pinto. A coluna Propaganda, da seção Memórias do Cotidiano, por exemplo, foi ampliada e agora podemos observar melhor os detalhes das preciosidades que o jornalista publica.  

 

"Quem será a bailarina da foto?". Lúcio Flávio Pinto fez esta pergunta e a Lu faz coro com ele. Alguém tem alguma idéia de quem seja? Acho que tentarei descobrir com Augusto Rodrigues a identidade da bailarina... 

 

Ps: O baluarte da nossa dança, Augusto Rodrigues, é o bailarino que ilustra este post. O instantâneo é a foto da xérox que fiz da original. Não consegui lembrar como esse material chegou a mim. Talvez tenha conseguido o registro no arquivo da Associação Paraense de Dança (APAD). Interessante ler no canto direito da xérox o crédito do tradicional Stúdio Oliveira, que não aparece legível na reprodução.
 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 19:57
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Dezembro 10 2006

O profº Fábio Horácio-Castro, do Departamento de Comunicação Social da UFPA, publicou mais três posts sobre o tema que ele escolheu para escrever, O Bom Senso, uma das "10 desejáveis virtudes para o governo do PT no Pará". São eles:
1º - Ainda sobre o Bom Senso.
2º - Apenas mais uma nota sobre o bom senso.
3º - Nota pessoal.
Como o primeiro post é uma extensão do original, oferecendo uma reflexão mais aprofundada sobre a virtude em si, resolvi publicá-lo aqui também.

 

 

 

 

AINDA SOBRE O BOM SENSO. Por Fábio Horácio-Castro.

O post da virtude já está feito, mas me permito algumas outras observações sobre a coisa, não especificamente no que se refere à política cultural, mas no que tange à dimensão do bom senso como virtude. Queria complementar o tema observando que o Bom Senso é, sobretudo, um ato reflexivo. Como disse no post anterior, ter bom senso é ter disposição em abrir mão da verdade pessoal em favor da verdade do grupo e, portanto, se dispor a ser menor em relação ao egocentrismo que, naturalmente e culturalmente, nos engendra como pessoas. Sobretudo na nossa cultura, cujo iberismo latente exige que nos vejamos sob um farol de dignidade e honra – na verdade, simplesmente vaidade.
Já perceberam a diferença entre os discursos no mundo ibérico e os discursos no mundo anglo-saxônico? No mundo ibérico nós nos emproamos e sempre usamos um tom laudatório, com gestos rebuscados e ridículos, assumimos um tom de dignidade e nos mostramos honrados por termos sido convidados a nos fazer ouvir pelos demais. No mundo anglo-saxônico, ao contrário, quem discursa sempre adota um tom de auto-comiseração, sempre procura se ridicularizar um pouco, sempre adota um tom humilde, encontrando formas de dizer, mais ou menos, “não sei bem por que me escolheram para falar, não tenho mais a dizer, certamente, que outros de vocês, mas a vantagem é que vou falar tão mal que, provavelmente, não serei nunca mais convidado a falar”.
Esse mesmo tom está presente numa fala curiosa de Woody Allen: “A única coisa que lamento é não ser outra pessoa”. Podemos chamar a isso de humor de autocomiseração. E a autocomiseração pode ser entendida como uma forma de bom senso. Percebamos que o humor faz parte do bom senso, posto que é preciso ter humor para negar-se a si mesmo a condição de excepcionalidade que, talvez, sempre desejamos nos atribuir a nós próprios. Quem tem bom senso tem, digamos assim, bom humor. Quem não tem bom senso faz uso, digamos assim, a ironia.
E aqui devemos perceber a diferença entre humor e ironia. O humor compreende, a ironia humilha. Espinoza diz que é preciso ter cuidado com o riso, porque ele pode ferir e matar, mas também pode animar e fazer viver. Aí a diferença entre humor e ironia, esta uma espécie de “riso mau”. Em Espinoza, devemos renunciar ao “riso mau”: “Non ridere, non lugere, neque detestari, sed intelligere”. O humor faz rir de si mesmo ou então se solidariza com o riso, a ironia estabelece uma distância.
Rainer Maria Rilke está de acordo, quando diz que a ironia não desce às profundezas. Freud está de acordo, quando diz que o humor tem, “não apenas algo de libertador, mas também de sublime e elevado”.
O Bom senso – essencialmente um ato de negação do individualismo –, como o humor – essencialmente, ele também, um ato negação do individualismo –, liberta, sublima e eleva. Sejamos bons cavalheiros: desiludamo-nos com nós mesmos.
 

EPÍLOGO
Vale a pena conferir os dois textos seguintes no blog do professor, no marcador "Filosofia", cujo link é HUPOMNEMATA - Filosofia – Nota pessoal

SOBRE OS COMENTÁRIOS........................................................................................... EU ............... a leitura é longa, mas vale a pena. LOUISE....... só faltou uma foto, não é minha princesa? Eu também comentei no teu flogão. Sou a comentarista oficial de lá. Beijinhos!!! SILVIA........ que saudade de ti, amiga. Ainda bem que já está quase na hora de vires por aqui. Sobre o que tu falastes, concordo em gênero, número e grau. É o fim da picada! Toda vez que lembro disso acho a maior graça: só o “Crítico dos Críticos”... Manda um abraço para o Jerome. ANÔNIMO... muitos viraram bibelôs, espero que não por muito tempo ou vão enferrujar, bailarino precisa de movimento. EDYR............. o que eu posso dizer de tudo isso: a carapuça serviu e melhor do que eu imaginava. Não responda, as provocações dele são de baixo nível e desrespeitosas. E ele ainda pede respeito... Eu é que agradeço pelo texto, por você me ajudar a falar, a gritar estas verdades. O deputado é a representação exata de como muitos de nossos governantes trataram os artistas da terra durante tanto tempo. Sabe que isto até me inspirou, tanto que estou pensando em mudar pela terceira vez o tema do meu TCC. Ao invés de analisar o discurso do secretário Paulo Chaves sobre a valorização dos artistas paraenses, vou analisar o discurso do deputado Vic Pires Franco: “Vou te bater uma real. Vou dizer que sou o tal. Bater um papo no café. É papo de jacaré...” BRUNO.......... não tenho o endereço do blog do Edyr Augusto, estava querendo também, mas não descobri. Se continuarmos publicando, de blog em blog, o "Bibelô", o Edyr vai ficar mais famoso do que já é. Sucesso este que tanto incomoda o deputado Vic Pires Franco. Por que será?

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 18:30

Dezembro 09 2006

10 DESEJÁVEIS VIRTUDES PARA A POLÍTICA CULTURAL DO PT NO ESTADO

 Terceira virtude: O Bom Senso. Texto: Fábio Castro, profº do Departamento de Comunicação Social da UFPA.

Link do Blog do Fábio - HUPOMNEMATA

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O Bom Senso é a virtude que rege a relação dos homens com a verdade. Ter bom senso é superar o individualismo para entrar na razão do grupo, ou melhor, superar a razão pessoal para pensar segundo a experiência e a razão. A política cultural precisa ter bom senso. Isso significa dizer que ela tem que superar o personalismo que caracteriza as políticas culturais provincianas. Ela precisa superar o sujeito e pensar no grupo. Não num grupo, bem entendido, pois isto seria uma outra forma de personalismo, mas sim no grupo social por inteiro, na sua complexidade e necessária contradição. Ter bom senso é saber ponderar, usar a razão para se aproximar da verdade. Isso significa usar de uma sinceridade autêntica, tão autêntica que supera a verdade pessoal em favor da verdade coletiva. Lembremos da definição de La Rochefoucauld para sinceridade: uma forma de amor à verdade. Segundo ele, a sinceridade é uma “abertura de coração que nos mostra tais como somos; é um amor à verdade, uma repugnância a se disfarçar, um desejo de reparar seus defeitos e até de diminuí-los, pelo mérito de confessa-los”. Portanto, ter Bom Senso é amar a verdade mais que a si mesmo. Espinoza, por sua vez, sugere que toda possibilidade de liberdade, do indivíduo como do grupo, está no ato da sinceridade e, portanto, no uso da razão: “O homem livre nunca age como enganador, mas sempre de boa fé”. Assim, a liberdade do homem está na sua potência em submeter-se à universalidade da razão. Bom senso nada mais é que amor à verdade, amor pelo mundo mais que a si mesmo. Penso que só é possível fazer política cultural quando essa política cultural é, efetivamente, uma política social: uma atenção para com o mundo, um respeito pela experiência do mundo, pois essa experiência é o que constitui, efetivamente, a cultura.

Ps: Clicada por Luiz Braga na época em que dançava, a professora e coreógrafa Vera Lúcia Torres aparece neste ensaio fotográfico encarnando a personagem do balé-solo “A Morte do Cisne”. Outro instantâneo do ensaio foi mostrado, ano passado, na exposição que destacou personalidades da terra e integrou o projeto "Arraial da Luz", comemorativo aos 30 anos de carreira de Luiz Braga. A foto faz parte do arquivo pessoal da professora.

Ps2: Escolhi o instantâneo para ilustrar este artigo quando li o que o profº escreveu sobre respeitar a “experiência do mundo”. Além de Vera Torres, minha mestra, outros precursores da dança no Pará estão na ativa, como Clara Pinto, Marilene Melo e Rosário Martins.

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 06:41

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