Simplesmente Lu

Janeiro 11 2007

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Publico, abaixo, trechos da crítica de Nei Vargas sobre o trabalho da Cia de Dança Joca Vergo, publicada em 26 de setembro de 2006 no Jornal do Comércio (RS). Peço desculpa aos leitores pelos cortes que fiz; não pude colocar na íntegra porque não tive acesso ao texto completo.

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Nei Vargas, especial JC

“Num cenário em permanente construção, avançando conforme o fluxo e refluxo das conduções das políticas culturais, a dança em nosso Estado mantém-se viva e atenta à dinâmica das inovações dos grandes centros exportadores de tendências. Das manifestações artísticas aqui praticadas, pode-se dizer que esta é a menos estimulada; fato que, em termos, a coloca ainda em caráter incipiente. No entanto, um olhar atento a um passado recente faz surgir uma constelação de bailarinos, dos quais alguns atuantes em instâncias internacionais, construtores de uma carreira sólida e reconhecida. De fato, alguns encontram aqui um terreno profissional insustentável, na medida que o mercado de dança insiste em ser tímido. (...) O trabalho incansável que Joca tem realizado, desde o início de sua trajetória, nos é mostrado em seus últimos espetáculos. Tendo como base as pesquisas corporais de Martha Graham, a tradição do ballet clássico e as tendências contemporâneas, ele tem potencializado a dança como linguagem que dialoga com outros estratos da arte. Em seu último espetáculo, Fragmentos Personários, percebemos a miscigenação de recursos interpretativos explorados em sua coreografia, na medida em que incorpora à dança diferentes propostas até pouco tempo impensáveis, resultando em pura potência plástica e poética. (...) As danças em conjunto, solos e pas des deux – é  importante salientar que Joca coreógrafa, dirige e também é a única figura masculina em cena que dança – ganham força e riqueza de expressão pelos apropriados aéreos que compõem a trama do espetáculo. As bailarinas da Cia. de Dança Joca Vergo surpreendem em suas entradas inesperadas, que podem acontecer tanto em um monociclo ou numa espécie de corte ao palhaço, nos fazendo lembrar, por vezes, das figuras mitológicas encontradas na pintura renascentista. Como não bastassem tantos cruzamentos, a música tem trilha especialmente composta e é executada ao vivo, por um pequeno conjunto. (...) Não há como negar que o efeito estético do espetáculo nas dimensões tradicionais do espaço cênico ocidental revela uma pulsão contagiante, equilíbrio permanente e reforço no potencial dramático que permeia Fragmentos. É de se destacar o reforço que a presença de outro bailarino em cena oferece ao espetáculo, pois é dado maior visibilidade aos pas de deux em rapel de parede, tecidos e conjunto coreográfico. Sustentada em sua constante investigação, a carreira de Joca Vergo sintetiza a viabilidade do corpo enquanto elemento condicionante da expressão técnica e dramática das coisas da vida. Ele faz da dança seu instrumento de discurso cênico, fruição estética e estímulo aos sentidos”.

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PS: Fotos de Vinícius Mariano. Do espetáculo “A Torre”, com a Cia de Dança Joca Vergo.

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 04:18
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Janeiro 11 2007

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O trabalho do gaúcho Joca Vergo é reconhecido nacionalmente na área da dança contemporânea. Nos últimos anos, o "balé aéreo” é destaque em suas montagens coreográficas. O referido balé é aquele que desenha no ar formas inusitadas em coreografias compostas pelo tecido e pelo corpo do bailarino, em perfeita sincronicidade, trabalho que lembra o movimento dos trapezistas, com técnicas de rapel e de dança. O uso de outras linguagens artísticas nas concepções dos espetáculos de Vergo é uma característica marcante no seu trabalho, que mescla bem todas estas vertentes, acrescentando elementos cênicos que completam a leitura coreográfica.

 

Joca Vergo  já residiu por alguns meses no Pará, ministrando cursos, dançando, ganhando prêmios e fazendo amigos - ele foi escolhido o melhor coreógrafo de uma das edições do Festival Internacional de Dança da Amazônia (FIDA). Sou uma das amigas dessa figura talentosa e simpaticíssima. Além das qualidades que já ressaltei, lembrei que ele também possui o dom da oratória: recita poemas ou reproduz como ninguém a fala de famosos, como a imortal Isadora Duncan, a grande precursora da Dança Moderna no mundo. Vou pedir algumas dessas jóias para ele e publicarei aqui.  

 

Sucesso - O ano passado foi pleno de realizações para Joca Vergo. O bailarino participou de dois festivais na Colômbia, ganhou o troféu Açoiranos de Dança, foi contemplado com um prêmio de  intercâmbio concedido pelo Ministério da Cultura (Minc) e a Cia de Dança Joca Vergo foi a unica  selecionada pelo "Festival Palco Giratório na Região Sul".    

 

Única representante do Brasil no 8º Festival de Teatro Callejero de Messitas em El Colégio, ocorrido em outubro de 2006 na Colômbia, a companhia de Vergo apresentou a coreografia Fragmentos Personários. O espetáculo poético-musical é uma confraternização das artes cênicas que celebra as lembranças da vida de um palhaço veterano com poesia, teatro, música, dança e técnicas aéreas, numa cerimônia cheia de magia e emoção. São personagens que evocam um jogo abstrato de atitudes e sensações.

 

PS: Fotos de Vinícius Mariano. Do espetáculo “A Torre”, com a Cia de Dança Joca Vergo.

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 03:53
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"Se depender de mim nossa afinidade será eterna". Lu

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 02:59

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