Simplesmente Lu

Fevereiro 26 2007

Composição: Zeca Baleiro e Alice Ruiz

 

De você sei quase nada
Pra onde vai ou porque veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho

 

Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um
prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo

 

Noite alta que revele
Um passeio pela pele
Dia claro madrugada
De nós dois não sei mais nada

 

De você sei quase nada
Pra onde vai ou porque veio
Nem mesmo sei

Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho

 

Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um
prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo

 

Se tudo passa como se explica
O amor que fica nessa parada
Amor que chega sem dar aviso
Não é preciso saber mais nada

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 23:35
Tags:

Fevereiro 25 2007

Campeã do carnaval paraense do segundo grupo, a escola de samba Piratas da Batucada homenageou o bailarino Maurício Quintairos com o enredo Maurício Quintairos em cena. Tribos! O espetáculo da Amazônia. Não assisti ao desfile, mas soube que a escola estava muito bonita, bem ao estilo das produções de Darlei Quintas, produtor do Tribos Dança-Teatro, dirigido por Maurício. O grupo de dança já levou o espetáculo "Tribos" para diversos países da Europa mostrando as peculiaridades da nossa cultura paraoara. Parabéns a todos que participaram do desfile, especialmente ao grande homenageado. Justa homenagem.  Ainda sobre o carnaval paraense, um comentário de Rubem Meireles no Quinta Emenda , blog do Juvêncio de Arruda, recebeu, hoje, um post no concorrido blog, intitulado "Carnaval de Verdade". Vale conferir. O bailarino e coreógrafo foi responsável pela comissão de frente da Tradição Guamaense, classificada em quinto lugar no desfile do primeiro grupo. A escola campeã foi o Rancho Não Posso me Amofiná, com o enredo Mambazam-Mangai: da Índia ao Pará, que falou sobre a manga, fruta típica do Pará. Em segundo lugar ficou a Bole Bole e em terceiro o Quem São Eles, que contou com a participação dos bailarinos da Escola de Dança Ana Unger na comissão de frente. É a dança paraense fazendo bonito na avenida do samba.

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 16:36
Tags:

Fevereiro 25 2007

bailarina 3d.JPG

Recebi, ontem, um e-mail da bailarina e coreógrafa Rose Monteiro e faço coro com ela. A classe da dança paraense precisa se unir em um objetivo em comum, maior. Necessita se movimentar mais, não só nos palcos. Já convoquei, aqui no blog, os artistas para realizarem o cadastro no Teatro Waldemar Henrique, pois, dessa forma, estarão habilitados para participar da eleição do diretor da Casa. Transcrevo o e-mail:

Ei, “bunita”, olha só o que a Ana Flávia postou na comunidade Pará Dança, no Orkut.

"Gente,

Aconteceu hoje no Teatro Margarida Schivasappa uma eleição para escolha de três representantes de cada segmento artístico (teatro, dança e música) que irão compor a comissão eleitoral para o processo que apontará o novo gerente do Teatro Waldemar Henrique. Como sempre, nossa turma de dança não compareceu em peso, o que nos fez perder espaço para o pessoal do folclore. Dentre os dois candidatos que se elegeram a membro da comissão eleitoral pelo segmento de dança, um era de dança contemporânea e o outro de folclore. Como a galera do folclore estava em massa na assembléia, vocês já devem saber o que aconteceu. Nada contra o folclore, mas fico me perguntando o porquê do interesse desse segmento da dança no Teatro Waldemar Henrique, já que eles sequer utilizam aquele espaço para suas produções. O fato é que agora precisamos nos articular para a eleição, portanto, preparem-se para efetuar cadastro junto ao Teatro Waldemar Henrique, pois somente assim vocês poderão votar. Vamos verificar os candidatos, estudar suas propostas e eleger o que for melhor para aquela casa de espetáculos, sem esquecer sua verdadeira funcionalidade que é abraçar os artistas que investem em experimentação e pesquisa. Colaborem, nossa classe (dança) precisa se fortalecer. (Ana Flávia)”. 

E ela tem toda razão; agora olha o que eu postei também lá:

Ana Flávia, isso é o retrato do que somos, uma classe, em sua maioria, desarticulada, sem objetivos para um grupão, sem consciência do que seja política cultural. a maioria continua mesmo nas suas caixinhas de música, que só funcionam com muita corda.... espero realmente que quem for para lá vislumbre horizontes melhores PARA TODOS e isso podemos e devemos cobrar. Bks! (Rose Monteiro)”.

PS: A idéia do título do post eu “roubei” do blog do Juvêncio de Arruda, o Quinta Emenda .

 

__________________________________________

 

 

Atualizada em 26 de fevreiro de 2007.

IMPORTANTE

A professora e coreógrafa Waldete Brito avisa que o prazo de entrega da documentação foi prorrogado. Até a próxima quinta-feira, dia primeiro de março, responsáveis por grupo, escola ou cia. de Dança podem levar os documentos dos alunos ao teatro. O material necessário é o seguinte: currículo, identidade, CPF e documentos que comprovem, no mínimo, cinco anos de atividade artística (xérox e original).

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 15:42

Fevereiro 24 2007
Fonteyn_Nureyev.jpg 

Margot e Nureyev.jpg

 

Margot Fonteyn e Rudolf Nureyev formaram um dos pares mais memoráveis do mundo do balé. Interpretaram grandes peças do repertório clássico, como Giselle e O Lago dos Cisnes. A diferença de quase 20 anos de idade entre eles não pesou nem para a inglesa Margot, primeira bailarina do Royal Ballet Inglês, de Londres, nem para Nureyev, bailarino soviético, naturalizado austríaco, que costumava dizer que o palco era a sua pátria. Nas décadas de 60 e 70 o casal brilhou nos palcos do mundo. O virtuosismo de Nureyev, com seus giros e saltos extraordinários, fazia um belo contraponto com a elegância madura de Fonteyn.

__________________________________ Atualizada em 25 de fevereiro de 2007. Por e-mail, o jornalista Lúcio Flávio Pinto me contou que, em 1967, de camarote, assistiu "Giselle", com Margot e Nureyev. Ganhou o ingresso de Nureyev. "Como repórter do Correio da Manhã, o entrevistei no Copacabana Palace. A conversa evoluiu da pérgula para a praia, onde ele fez firulas usando sua força incrível sobre a areia", conta o jornalista. E ele completa: "No final, deu o ingresso. A apresentação, inesquecível, foi promovida pelo Jornal do Brasil, que fazia aniversário. Final de uma era de requinte e superioridade, que começaria a acabar de vez um ano e pouco depois". Que pena que eu também não estava lá... Lu.
publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 13:46
Tags:

Fevereiro 24 2007

LucioFlavioPinto.gif

Como o mitológico Prometeu , o jornalista Lúcio Flávio Pinto trava uma luta diária com os "donos do dinheiro" do Pará. Detalhes da trajetória do jornalista, referência obrigatória para estudantes e profissionais da área, estão na entrevista publicada na quinta edição da revista Rolling Stone, versão nacional. “Ter entre seus inimigos os políticos e empresários mais poderosos do Norte brasileiro, levar uma surra pública de um deles, responder a inúmeros processos sem tempo ou dinheiro suficientes para se dedicar a sua defesa. Tudo isso parece combustível para o jornalista Lúcio Flávio Pinto. (...)Até quando?”. Assim começa a entrevista de Lúcio na revista.

 

É o próprio jornalista que faz referência à mitologia grega para descrever sua situação, comparando-se ao lendário personagem que tinha pedaços do fígado comidos diariamente por uma águia. Boa metáfora, já que um de seus desafetos chegou ao limite do absurdo: o agrediu fisicamente, incomodado com a verdade exposta no Jornal Pessoal (JP), escrito e editado quinzenalmente por Lúcio Flávio Pinto há quase 20 anos. Trata-se de Ronaldo Maiorana, empresário que o espancou publicamente  em janeiro de 2005.

 

Para quem não sabe, Ronaldo é um dos propietários das Organizações Romulo Maiorana (ORM), empresa de Comunicação filial da Rede Globo no Estado. O empresário também é advogado e presidente da Comissão em Defesa da Liberdade de Imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na época do ocorrido, a OAB manteve Ronaldo Maiorana na função, apesar do pedido de 40 advogados para excluir seu nome da presidência da comissão. O que despertou a “coragem” do empresário, que teve a cobertura de seus dois seguranças durante a agressão à Lúcio (um deles também bateu no jornalista), foi uma matéria do JP, intitulada O Rei da Quitanda.

 

“O dono do dinheiro leu uma edição do meu pequeno Jornal Pessoal da 1ª quinzena de 2005 e ficou irado com o que nele estava contido a respeito de sua empresa e de sua família. Nenhuma inverdade. Nada sobre a privacidade dos Maiorana. Temas públicos, de relevante interesse social”, explica o jornalista. Detalhes do caso estão no seu recém-lançado O Jornalismo na linha de tiro - de grileiros, madeireiros, políticos, empresários, intelectuais & poderosos em geral (Editora Jornal Pessoal). Essa, inclusive, é a minha atual leitura, que tem a singela dedicatória que recebi do autor.

 

Outras passagens da vida do jornalista, que foi correspondente do Estadão no Pará, são relatadas na entrevista da Rolling Stone, simplesmente imperdível. Profundo conhecedor da problemática da Amazônia, ele cobriu por muito tempo diversos conflitos fundiários em suas viagens ao interior do Estado. Algumas fotos destes momentos também estão na publicação.

 

Depois de ler a revista, fiquei me perguntando qual será realmente o combustível de Lúcio Flávio Pinto? Ele dá boas pistas no prefácio do seu livro. “Nosso oxigênio é a verdade. Sem letra maiúscula, sem grandiloqüência, sem heroísmo. (...)A causa é uma só: a opinião pública. Se cumprimos decentemente nosso ofício, somos seus auditores, seus porta-vozes, seus emissários. Por nosso intermédio, é o povo que quer saber. (...)É este o jornalismo que tenho feito. Nasci para fazê-lo. (...)Mas escrevendo este livro em meio a uma guerra judicial, tentando escapar ao destino de Prometeu tropical, isto é o que pude fazer, na urgência e na emergência de fazer a verdade. ‘Isto’ é apenas isto. E carrega consigo minha alma, meu coração e, quem sabe, o hálito do meu amor. A matéria prima que me mantém vivo e revoltado, que me faz acreditar no futuro e trabalhar pela utopia”.

 

 

Fonte da foto: http://www.igutenberg.org/jj343x1.html
publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 06:21

Fevereiro 06 2007
Recebo e reproduzo e-mail da vereadora Vanessa Vasconcelos, no qual convoca a classe artística paraense para participar do processo que culminará na eleição da nova diretoria do Teatro Waldemar Henrique. A bailarina Rose Monteiro e a procuradora Ana Cláudia Cruz também me enviaram e-mails de divulgação. Gosto de ver esta mobilização. Fico satisfeita de saber que a democracia mostra-se, desde já, como uma das principais preocupações da Secult nesta nova fase.

Eis o e-mail da vereadora:

 

“Meus caros.... contamos com a divulgação do texto abaixo para que toda a classe se una em prol de uma política cultural para todos!!! O cadastramento será de suma importância neste momento! Grata, Um forte abraço. Ver. Vanessa.

 

---

 

Caros artistas, de cinco a 26 de fevereiro ficará no teatro W.H. uma comissão para receber o cadastramento dos artistas, que devem levar curriculum e comprovantes de cinco anos de atividade artística (bailarino, dançarino, musico, ator, sonoplasta, coreógrafo, professor de dança, iluminador etc) com recortes de jornal, programas,declarações e outros. A comissão vai analisar. No dia da eleição, o artista vai com a identidade e vota no seu candidato à direção do TWH. Será formada uma lista tríplice para apreciação do secretário e da governadora. Espero contar com seu apoio, e divulgação nesse primeiro momento que é o cadastramento, conscientizando o artista”.

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 12:07

Fevereiro 06 2007

Já que o assunto é política cultural, aproveito para avisar aos blogueiros que na próxima semana encaminharei ao secretário de Cultura do Estado, Edilson Moura, os textos sobre as desejáveis virtudes para a política cultural do PT no Estado. Apesar de o professor Fábio Castro – idealizador da campanha encabeçada por mim – ter pensado em 10 virtudes, talvez para equilibrar com os 10 pecados do governo do PSDB no Estado, escritos por ele, somente sete textos foram entregues. Aos blogueiros que não conseguiram entregar, principalmente por problema de falta de tempo, agradeço a participação e o apoio importante que deram a esta iniciativa, estendendo meus agradecimentos a todos que escreveram sobre as desejáveis virtudes.

 

O ator Hudson Andrade escreveu sete virtudes em uma; o texto pode ser conferido no blog dele, post Os Sete Selos. Posso dizer então que estamos apresentando 13 virtudes ao invés de sete. Desta forma, as virtudes superam os pecados... rsrsrr Um grande abraço aos meus amigos blogueiros que participaram da campanha escrevendo, comentando, criticando, enfim, participando ativamente deste processo democrático. Esta é a pequena contribuição que a blogosfera paraense dá ao novo governo, com votos de grandes melhorias, especialmente na área cultural.

Ps: Sobre o assunto, indico três leituras do blog do escritor, jornalista e teatrólogo Edyr Augusto Proença: Reis da Rouanet,  Reeducação   e O Teatro 

Ps: Os 10 pecados da política cultural do PSDB no Pará estão no marcador Política Cultural, do blog do professor Fábio Castro , do Departamento de Comunicação da UFPA.

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 11:55

Fevereiro 02 2007

LUCIANE.jpg

Hoje estou feliz, especialmente feliz. Curto cada segundo dessa felicidade e deixo-me acontecer nessa existência plena. Assisto de camarote cada tijolo cair, observando a senzala se desfazer. Mas isso é só o começo, o início do fim. E para os que não se alegram com a minha felicidade, ofereço a seguinte música:    

 

Pessoa Nefasta (Gilberto Gil)

 

Tu, pessoa nefasta
Vê se afasta teu mal
Teu astral que se arrasta tão baixo no chão
Tu, pessoa nefasta
Tens a aura da besta
Essa alma bissexta, essa cara de cão
Reza
Chama pelo teu guia
Ganha fé, sai a pé, vai até a Bahia
Cai aos pés do Senhor do Bonfim
Dobra
Teus joelhos cem vezes
Faz as pazes com os deuses
Carrega contigo uma figa de puro marfim
Pede
Que te façam propícia
Que retirem a cobiça, a preguiça, a malícia
A polícia de cima de ti
Basta
Ver-te em teu mundo interno
Pra sacar teu inferno
Teu inferno é aqui
Pessoa nefasta
Tu, pessoa nefasta
Gasta um dia da vida
Tratando a ferida do teu coração
Tu, pessoa nefasta
Faz o espírito obeso
Correr, perder peso, curar, ficar são
Solta
Com a alma no espaço
Vagarás, vagarás, te tornarás bagaço
Pedaço de tábua no mar
Dia
Após dia boiando
Acabarás perdendo a ansiedade, a saudade
A vontade de ser e de estar
Livre
Das dentadas do mundo
Já não terás, no fundo, desejo profundo
Por nada que não seja bom
Não mais
Que um pedaço de tábua
A boiar sobre as águas
Sem destino nenhum
Pessoa nefasta

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 15:28

mais sobre mim
Fevereiro 2007
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
19
20
21
22
23

27
28


pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO