Depois da chuva da tarde, havia um coração no meio do caminho. No meio do caminho havia um coração. O fazer artístico da natureza. O belo na simplicidade do acaso. Recorro ao Drummond para tentar falar da beleza da imagem... Falar torna-se desnecessário. O registro foi inevitável.
"Chuva que cai lentamente no rio
Soando baixinho um canto sutil
Chuva dos olhos plangentes da gente
Pingante da chuva cai de repente
Chuva das noites ou das madrugadas, dos lamentos, mágoas
Chuva das duas da tarde, lembranças suaves, saudades..."
(Trecho de "Chuva", de Nivaldo Fiuza de Mello)