23.11.08
No Seventy, edição de hoje de O Liberal.
Coordenador da campanha de Regina Feio à Reitoria da UFPA, o blogueiro Juvêncio Arruda foi afastado do cargo por decisão do atual reitor Alex Fiúza de Melo.
Na avaliação da campanha, o reitor entendeu que as balas usadas por Juvêncio na campanha eram de festim. Se é para atrapalhar, melhor Juvêncio ficar em casa, de onde nunca saiu para trabalhar.
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Juvêncio de Arruda é servidor público há quase trinta anos e não tem, em sua ficha funcional, nenhuma anotação que o desabone. Muito pelo contrário.Coleciona portarias de elogios e medalhas de reconhecimento pelo trabalho realizado. Com apenas 10 anos de serviço público, alcançou o enquadramento máximo da carreira funcional de técnico da Sepof.
Em várias ocasiões foi ordenador de despesa, ou autorizou compras e contratações de serviços. Todas sofreram as necessárias fiscalizações e auditorias. Nunca respondeu ou responde a qualquer tipo de inquérito. Parte de seu trabalho na UFPA, inclusive, durante anos foi veiculado na TV Liberal. Nada mais público.
Não pode dizer nada parecido o Seventy, que escreve em suas páginas, todo santo dia, uma história de perversão, como todos sabemos, e que dispenso-me de repeti-las. As mais recentes estão nos arquivos do Quinta Emenda.
Juvêncio de Arruda não coordena a campanha da candidata Regina Feio à sucessão na UFPA, e não atira balas, mas argumentos e fatos, todos indesmentidos.
Então por que o festim do IVCezal contra Juvêncio de Arruda?
A resposta já foi adiantada aqui, há seis dias, no post Cabroeira Ordinária: as pesquisas de opinião trazem péssimas notícias ao Seventy, que reage, a partir da nota caluniosa em epígrafe, tentando criar a idéia - muita atenção comunidade universitária! - de que há um clima de desorganização na campanha da candidata, num claro e desesperado recurso de influenciar a decisão do voto na UFPA, principalmente depois que começaram os debates eleitorais, derradeira esperança de furar a laje que desde janeiro deste ano impede o crescimento de certas candidaturas, segundo pesquisas destas candidaturas.
A dez dias das eleições, gasta suas últimas balas o degenerado jornal, nacionalmente conhecido por fraudar o IVC , e na esteira, seus anunciantes e leitores.
Nada indica que a patologia que acomete o Seventy tenha cura, e não volte a recair.
É difícil, muito difícil, livrar-se dos vícios de origem.
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Ao redator da nota caluniosa, mero executor das ordens da coluna, os meus cumprimentos. Está muito bem escrita. Conseguiu até convencer o candidato Ricardo Ishak que seria verdadeira, tanto que convidou-me, através de seu filho, amigo de minha filha, a coordenar o marketing de sua própria campanha. Agradeço sua atenção, prof. Ricardo, e desejo-lhe que prossiga em sua campanha até o último dia, preservando sua reputação acadêmica e pessoal.
Ai de quem não a tem, ou não consegue esconder que não a possui.
NA LINHA DE FRENTE
Os inimigos não mandam flores – é o título de uma famosa peça teatral de Ibsen. Os inimigos do jornalismo são os inimigos da verdade. A verdade não costuma interessar aos que exercem o poder. Eles não querem que seu ardis e manipulações se tornem públicos. Nem está em seus planos dividir o poder que têm, sujeitando-o a qualquer forma de controle social, que o legitimaria, mas o reduziria a um tamanho muito mais conveniente para todos(e não só para alguns), se a democracia que pregam em palanque fosse para valer na prática. O melhor jornalismo tem que fiscalizá-los e criticá-los para advertí-los sempre para a efemeridade do poder, que não pode crescer sem medidas. Por isso, os jornalistas não devem esperar flores dos inimigos da verdade. Se as recebem, é porque traíram seu compromisso.
O livro mostra a que riscos se expõe um jornalista que transforma sua profissão num ofício da verdade, medindo o que faz pelo critério que para cima da camada de turbulência a que os homens estão sujeitos em sua subjetividade e valores pessoais: o critério dos fatos. O jornalista precisa estar preparado para enfrentar não apenas o bom combate, mas as escaramuças mais sórdidas, iníquas, injustas. E estar em condições éticas e morais para superar todas elas, inclusive aquelas nas quais lama lhe é lançada – ou material ainda pior. Um jornalista digno e decente sempre conseguirá se livrar de toda e qualquer imundície. Basta que não traia seus princípios e não se desonre...um jornalista consciente da função que lhe cabe numa sociedade democrática, a de auditor do povo, raramente pode se sentir seguro. Os poderosos, contrariados, são capazes de inventar suas armas, reinventando todas as regras, as existentes e as que ainda vão criar, para atender suas conveniências. Frequentemente o jornalista independente é surpreendido por manobras rasteiras e golpes baixos. Sua arma de resistência, porém, é poderosa: ele não teme ser colocado diante dos fatos. Os fatos são seu oxigênio. Como na frase bíblica, repetida mais do que praticada, a verdade o salvará! Lúcio Flávio Pinto.
O Jornalismo na Linha de Tiro: (de grileiros, madeireiros, políticos, empresários, intelectuais & poderosos em geral). Lúcio Flávio Pinto – Edição Jornal Pessoal. Ed. Smith.2006.
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O R-70 adota a pior forma de jornalismo, como, de resto, o jornal inteiro, quando o que publica é efeito da ordem "de cima". Os fatos, ah, os fatos: não interessam. Palavras foram feitas para serem usadas como arma para faturar, consumar vingança, mandar recados, impor medo, sujeitar vassalagem. Esse paroxismo atingiu o limite da inconseqüência, como se o poder voltasse a ser dom divino. Por isso, inquestionável. O Liberal quer fazer o novo reitor, ponto. Quer mandar o atual reitor para o quinto dos infernos, ponto. Quer afastar do caminho as pedras, sem o menor humor drummondiano, ponto. São os éditos do trono. Todos têm que se curvar a eles. Só que as coisas mudaram e continuam a mudar, independentemente dos que se julgam donos das mudanças e, até, sem se poder assegurar que sejam mudanças para melhor. Se O Liberal ainda pudesse praticar jornalismo quando os temas envolvem os interesses dos "lá de cima", responderia à sua resposta com jornalismo. Teria que demonstrar o que, em magras linhas e rápidas palavras, insinuou no R-70. Assim surgiria uma salutar polêmica, mesmo que demarcada por uma regra elementar: quem for podre que se quebre. Mas dessa forma intolerante e covarde, de condenar sem processo, de impor uma "verdade" que não foi submetida à prova da demonstração, é condenar o jornal a nunca convencer sobre o que proclama o editorial dos 62 anos, no dia 15, assinado pelo reizinho apedeuta: de que possui credibilidade. Sem essa, dotô. Se não sair dessa bolha de fantasia e desfaçatez, o jornal vai chegar ao grau máximo de autismo, adquirido por vontade própria. A notinha infame, porque refratária ao contraditório e arrogante, revela o grau da irresponsabilidade do jornal. Chamá-lo de liberal virou esquizofrenia. Felizmente, ainda há quem considere que a missão da imprensa não é essa depravação, mas ser escrava dos fatos, missionária da verdade, pregoeira da decência, defensora da dignidade humana, mesmo quando não deixar de ser (nem poderia deixar) um negócio. Negócio de jornal, porém, não é quitanda. Todo louvor e respeito ao quitandeiro, que nos entrega alimentos. Mas cada um com seu cada qual, se assim consigo ser entendido lá pelos fundos do bosque (perdão, jardfim botânico edmilsoniano).
Um abraço do Lúcio Flávio Pinto
Mais uma vez, como tantas no passado e mais recentemente nas últimas semanas, o Jornal O Liberal tem divulgado notas contra o atual Reitor da UFPA absolutamente infundadas, desprovidas do mínimo critério de seriedade e de ética. Foi o caso, por exemplo, da nota caluniosa referente a um suposto favorecimento na seleção de candidatos ao Mestrado em Ciência Política da UFPA (Repórter 70, edição de 18/11/08) ou de outra nota sobre uma exoneração fictícia de um jornalista que estaria coordenando (o que não é verdade) a campanha da chapa da atual vice-reitora (Repórter 70, edição de 23/11/08). Portanto, o jornal se isenta de valores que deveriam alicerçar, como fundamento inegociável, todo jornalismo pretensamente profissional e de qualidade, que tenha por escopo o respeito da população, pela transparência da informação e da notícia, e não o temor dos leitores, pela opacidade da ameaça e da chantagem.
Diretamente interessado nos resultados eleitorais da UFPA, por vínculos sobejamente conhecidos e motivações suspeitas, o citado veículo de comunicação novamente não mede conseqüências em mentir e caluniar despudoradamente, veiculando inverdades com incomparável desfaçatez, num desrespeito não tanto à pessoa física do reitor e de seus colaboradores, mas à própria instituição universitária e à sua autonomia constitucional, matéria que, por desvio de caráter, parece definitivamente desconhecer e menosprezar.
O mínimo que se espera de um jornalismo de respeito é a fundamentação da notícia e o lastro, testado, da informação. Não é o caso. Há muito, infelizmente, O Liberal se afastou desse caminho e, não por menos, segue, notoriamente, um destino tortuoso e descendente. Pela mentira, macula o instituto democrático da liberdade de imprensa; pela irresponsabilidade, vilipendia os princípios mais nobres da cidadania e da república.
Ao que tudo indica, pela repetição sistemática das maledicências – desde que o processo eleitoral na UFPA foi deflagrado –, não será surpresa se, nos próximos dias, com o objetivo de iludir e confundir os seus leitores mais desavisados, novas investidas imorais contra a verdade dos fatos e a honra das pessoas envolvidas na campanha à reitoria ganharem destaque nas páginas fraudulentas desse jornal, já devidamente avaliado pelo IVC, numa reedição das velhas e obscurantistas táticas totalitárias e terroristas do passado, de sobrevivência obsoleta, revestida de mediocridade.
A disputa à reitoria de uma universidade pública exige, de seus pleiteantes, magnanimidade de espírito e retidão de propósitos. A utilização criminosa de veículos de comunicação para a disseminação da farsa apenas atesta a falta de estatura moral e política de seus arautos. A universidade, como instituição, é maior do que seus membros. Por isso deve ser respeitada e honrada, acima de tudo, pelos aspirantes à sua direção. Educação superior exige, de seus representantes, coerência de postura e referência ética. Não há magnificência possível fora dessa moldura.
Belém, 24 de novembro de 2008
Alex Fiúza de Mello
Reitor
Fonte: http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=2582
São assim ocos, rudes, os meus versos:
Do blog da Cris Moreno: http://morenocris.blogspot.com/
Música/filme
The Dreamers (The Spy - The Doors)
Do filme Os Sonhadores, de Bernardo Bertolucci