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que integram o site da Grande Fraternidade Branca .
O título do post faz referência ao nome de uma poesia da paraense Eneida de Moraes (Mangueiras Bailarinas) e também a um parente dela, que, pesquisando sua árvore genealógica, descobriu seu grau de parentesco com a poetisa, surpreendendo-se com a riqueza do acervo dela. Falo de Silvio Costa, que descobriu o meu meu blog pelo post Mangueiras Bailarinas e me escreveu o seguinte:
Lu,
Cheguei ao seu blog de 2005 pesquisando sobre Eneida de Moraes. Nascida em Belém, filha de Guilherme da Costa. O irmão de Guilherme, Silvério Joaquim da Costa teve 2 filhos: Marcelino e Sabino, ambos nascidos em Santarém e que cedo foram morar em Belém, na casa de Guilherme e trabalharam na Amazon River até sua nacionalização na década de 30.
Sabino continuou como comandante na SNAPP e sempre viveu e morreu na casa da Alcino Cacela. Marcelino preferiu aventurar-se na Madeira Mamoré, onde casou-se com minha mãe. Resumindo: meu pai era primo de Eneida e conviveu com ela na sua adolescência na casa dela em Belém.
Sou o 7º de 10 filhos. Meus 3 irmãos mais velhos estudaram em Belém, na casa do tio Sabino. João, meu irmão mais velho, conhecia toda a história de Belém, seus edifícios, igrejas e fortificações! Com ele aprendi a apreciar essa cidade. É a única que tem música, sabores, culinária e sotaque genuinamente originais e únicos. E maravilhosos!
Meu irmão João me presenteou com Aruanda e Banho de Cheiro, ainda na década de 70: não os li, praticamente, e se perderam nas mudanças de casa e de casamentos. Até que minha neta Maria Clara, de 10 anos, precisou montar sua árvore genealógica e eu me dei conta de que, da parte do meu pai, minhas informações param no nome de meu avô. Não sei nem mesmo o nome de minha avó, sei apenas que era portuguesa. E não tenho a quem perguntar. Passei inúmeras vezes por Belém, até 1977... Todos os que conheci e que poderiam dar informações já se foram.
Tive que procurar na Internet. Não vou poder preencher adequadamente as lacunas da árvore, mas vou dar um jeito de encaixar o nome e as referências que encontrei sobre Eneida. O Mangueiras Bailarinas fará parte do acervo!
Obrigado.
Sílvio Costa
Perdemos na segunda-feira passada (9) o poeta paraense Max Martins, que deixa um belo legado para os seus conterrâneos, bem como para o mundo todo. Traços de um trabalho singular, autodidata, de causar impacto pela singeleza, podem ser conferidos nos dois momentos abaixo: minha pequena homenagem ao grande Max. As fotos e os textos foram retirados do site http://www.culturapara.art.br/maxmartins/
Num bar abaixo do Equador às cinco da manhã escrevo
meu último poema Arrisco-o
ao azar do sangue sobre a mesa mapa
de crises cicatrizes moscas
Gravo-o
fala de mim demão e nódoa
nós e tábua deste barco-bar
que arrumo e rimo:
verso-trapézio osso
troço de ser
escada onde
lunar oscilo
solitário
quando
vieram uns anjos
de gravata e me disseram: Fora!
Mar-ahu
Não
é a ilha
Não
é a praia
E o mar
(de nos fazermos ao)
é só um nome
sem
a outra margem
Recebi e publico, com um certo atraso e com novos pedidos de desculpas, o (ainda atual) artigo do jornalista Davis Sena Filho, que, gentilmente, me escreveu. O e-mail e o texto estão reproduzidos abaixo. Boa leitura a todos! Lu.
Prezada (Simplesmente) Lu,
Você não me conhece, mas generosamente publicou texto de minha autoria cujo título é "O Partido da Imprensa" - o artigo está no post Sobre jornais...
Solicito, se não for pedir muito, que publique em seu blog o artigo "Barack Obama, o Brasil, o neoliberalismo e a nova ordem internacional".
Desde já agradeço-lhe ao tempo em que envio-lhe um forte abraço.
Davis Sena Filho
*Por Davis Sena Filho
Barack Hussein Obama II, advogado de 47 anos, senador da República e recém-eleito presidente dos Estados Unidos da América — a Nação mais rica do mundo e a maior potência militar da história da humanidade. Esta apresentação poderia ser para qualquer homem eleito presidente nos Estados Unidos, se não fosse uma realidade, que até pouco tempo jamais pensaríamos que fosse acontecer: Barack Obama é um homem negro, em um país que há um pouco mais de 30 anos era, irremediavelmente, dividido entre raças, de forma institucional e rotineira, o que fazia da nação mais poderosa do mundo um lugar de desassossego, violência e vergonha moral e espiritual.
Lembro-me quando pequeno, na década de 1960, e adolescente e jovem, nas décadas de 1970 e 1980, que os Estados Unidos, extra-oficial e oficialmente, experimentava uma grande convulsão social, no que concerne ao direitos civis para a população negra daquela terra. Descendentes de escravos, os negros não tinham acesso, de forma plena, aos serviços públicos e ao direito de, por exemplo, estudar. Seus empregos eram os piores, os mais perigosos e mal pagos.
O absurdo era tanto que, em plena década de 1970 e início da de 1980, os estados sulistas e outros, não tanto ao sul daquele país, não permitiam que os negros entrassem em certos restaurantes, não usassem o elevador social, fossem proibidos de sentar em bancos dianteiros dos veículos coletivos ou simplesmente não pudessem usar o mesmo banheiro, destinado aos brancos. Era concretamente um país dividido, que, por razões econômicas, políticas e raciais foi testemunha do assassinato de duas das maiores lideranças negras até hoje existentes nos Estados Unidos, personificadas no líder dos direitos civis, Martin Luther King, e do revolucionário Malcolm X, que, radical, pregava a luta armada e, com o tempo, passou a propor o diálogo e a negociação para resolver os problemas e as condições que a comunidade negra norte-americana queria discutir e modificar.
A vitória de Barak Obama é emblemática, por ele ser multirracial. Seu pai, negro, do Quênia, sua mãe, branca, do estado do Kansas, deram-lhe a possibilidade de o presidente eleito conhecer as contradições, os conflitos e os diferentes pensamentos no que é relativo à realidade estadunidense e as diferentes etnias que compõem o tecido social dos Estados Unidos...
(Leia o texto na íntegra no Blog do Val Mutran)
*Davis Sena Filho é jornalista (davisflash@gmail.com ou davisfla81@gmail.com).