Estou de ressaca do carnaval sem ter brincado um dia sequer. Na verdade, estava trabalhando e, apesar do cansaço, curtindo muito tudo o que vi e ouvi. Senti muito prazer cobrindo os dias de folia, principalmente porque ainda não tinha visto de perto a comemoração de alguns municípios do Estado.
Fiz reportagem em cinco cidades do nordeste paraense e conheci as peculiaridades destes carnavais. Em muitos destes locais, a cultura regional e a criatividade dos moradores imperam nos dias de folia, como
Bandinhas de música percorrendo as ruas das cidades também são comuns, o que me surpreendeu, pois até nos trios elétricos, quando existiam, era possível ouvir apenas marchinhas ou ritmos da terra. A felicidade e a receptividade dos nativos com suas manifestações folclóricas e com a presença dos turistas prestigiando as festas também era de emocionar. Percebe-se que o parense tem orgulho de sua identidade cultural e sabe manter sua cultura e história, bem como a beleza bucólica de suas localidades.
Carnaval paraense tem cheiro de patchoulli e som de curimbó. Quem quiser curtir as nuances do carnaval deste "país que se chama Pará" basta começar o trajeto por Marapanim, a terra do carimbó que, neste período, vira Carnarimbó. Postei, abaixo, as matérias que escrevi sobre o carnaval do nordeste parense para a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), via Agência Pará - leia mais sobre o assunto aqui. As fotos são de Lucivaldo Sena, que junto comigo e com o Daniel Vale, nosso motorista, ajudou a formar uma equipe nota 10!
Abraços a todos! Lu.
Carnarimbó faz a alegria de 80 mil foliões em Marapanim
Marapanim é uma ilha cercada de mangue, com regiões de água doce e salgada, distante mais de
Carnaval tem colorido especial, cabeçudos e mascarados
Muitas cores, marchinhas carnavalescas e cabeçudos e mascarados alegraram o carnaval de São Caetano de Odivelas, no nordeste paraense, a cerca de
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Considerado um dos mais animados do Estado e reconhecido nacionalmente, o carnaval de Vigia, a
O desfile dos três blocos tomou as ruas da cidade na tarde da segunda-feira de carnaval, seguindo até a madrugada. As ruas estreitas da histórica Vigia viraram camarins a céu aberto, onde valia de tudo, desde a improvisação nas caracterizações até a brincadeiras dos foliões que chegavam em grupos, fantasiados tematicamente. Grupos de jovens também aproveitaram para dançar ao som de batidas eletrônicas. (...) Continua: leia aqui.
Pretinhos do Mangue fazem carnaval ecológico
em Curuçá
“Eles estão vestidos de mangue. Acho extraordinário!”. O comentário do empresário João Matos resume a essência do carnaval de Curuça, município do nordeste paraense, distante 130 quilômetros da capital, com mais de 40 mil habitantes. Matos refere-se ao ponto alto do carnaval de Curuçá, o bloco "Pretinhos do Mangue", que aproveita a brincadeira para levar uma mensagem ecológica às pessoas. O bloco desfilou na tarde deste domingo (22) e repetirá a dose na terça-feira (24) comemorando, este ano, 20 anos de criação.
A criatividade e alegria dos paresnses refletem-se nas peculiaridades das comemorações de cada municipío. Destacam-se desde a presença de elementos característicos do folclore local (como lendas e danças) até a referência às atividades econômicas dos municípios. (...) Continua: leia aqui.
Histórias de ETs atraem visitantes para Colares
Os visitantes da Ilha de Colares, no nordeste paraense, a cerca de
Famosa pelas histórias de supostas aparições de ETs, num fenômeno que ficou conhecido como “chupa-chupa”, há décadas atrás, o tema ufológico está presente não só nas músicas dos blocos e das escolas de samba, como o Bloco do ET, mas também em outras situações. A campanha de carnaval da prefeitura municipal, por exemplo, usou o slogan “Em Colares, lixo é coisa de outro mundo”. (...) Continua: leia aqui.
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Parabéns pelo seu texto, por sua justa indignação.
Sou um simples operário-revisor-de-textos, não tenho pretensão de saber dos meandros, dos porões em que se meteram a profissão de jornalista e os jornais em geral. O que vejo aqui em Belém é a ausência de algo que possamos chamar de jornal. A padronização dos jornais retirou-lhes a alma. São jornais desalmados, sem vida, pois que não respeitam a notícia, criam suas próprias pautas segundo seus interesses. O repórter parece que não tem autonomia pra noticiar os fatos. Está na encruzilhada entre manter-se no mercado trabalhando, pagar suas contas e obedecer a um mecanismo que o exclui e o faz agir apenas como peça de uma engrenagem que tem outros objetivos que não sejam o de noticiar, informar, esclarecer, mas confundir, iludir e enganar.
Ocupação de espaços da mídia. Um belo exemplo de democracia. Os jornais - em todos os meios - tentam criminalizar qualquer movimento de democratização da informação. A descrição do “choque” de alguns estudantes mostra que tipo de profissionais estão sendo formados nas universidades. Estudei numa Federal o curso de Comunicação Social e à época me assombrei com o nível despolitizado de alunos queixosos quanto a greves ou vestimentas de colegas de universidade. Importante lembrar que esse tipo de reclamação partia sempre de quem podia pagar por um curso em universidade particular, mas que ganhava vagas de universidades públicas.