Simplesmente Lu

Fevereiro 26 2009

Estou de ressaca do carnaval sem ter brincado um dia sequer. Na verdade, estava trabalhando e, apesar do cansaço, curtindo muito tudo o que vi e ouvi. Senti muito prazer cobrindo os dias de folia, principalmente porque ainda não tinha visto de perto a comemoração de alguns municípios do Estado.

 

Fiz reportagem em cinco cidades do nordeste paraense e conheci as peculiaridades destes carnavais. Em muitos destes locais, a cultura regional e a criatividade dos moradores imperam nos dias de folia, como em São Caetano de Odivelas, com o Arrastão do Boi de Máscaras comandando a festa e onde, às 5h30, uma banda centenária acorda a cidade ao som de marchinhas e outros ritmos, como o rock do Pink Floyd . Em Curuça, o famoso bloco dos Pretinhos do Mangue é um exemplo de carnaval ecológico e original. Vigia, então, é só alegria com o bloco das Virgienses, dos Cabrasurdos e das Gaiola das Loucas.  

 

Bandinhas de música percorrendo as ruas das cidades também são comuns, o que me surpreendeu, pois até nos trios elétricos, quando existiam, era possível ouvir apenas marchinhas ou ritmos da terra. A felicidade e a receptividade dos nativos com suas manifestações folclóricas e com a presença dos turistas prestigiando as festas também era de emocionar. Percebe-se que o parense tem orgulho de sua identidade cultural e sabe manter sua  cultura e história, bem como a beleza bucólica de suas localidades.

 

Carnaval paraense tem cheiro de patchoulli e som de curimbó. Quem quiser curtir as nuances do carnaval deste "país que se chama Pará" basta começar o trajeto por Marapanim, a terra do carimbó que, neste período, vira Carnarimbó. Postei, abaixo, as matérias que escrevi sobre o carnaval do nordeste parense para a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), via Agência Pará - leia mais sobre o assunto aqui. As fotos são de Lucivaldo Sena, que junto comigo e com o Daniel Vale, nosso motorista, ajudou a formar uma equipe nota 10!

 

Abraços a todos! Lu.

 

 

Carnarimbó faz a alegria de 80 mil foliões em Marapanim

  

  

 

Carnaval com charme brejeiro, alegria e espaço para muitos ritmos. Essa é fórmula do “Carnarimbó”, festa que atrai, há mais de 10 anos, cerca de 80 mil pessoas para Marapanim, município do nordeste paraense. “A Folia é Aqui!” é o tema deste ano, cuja programação inclui desfile de blocos de enredo, escolas de samba, trios elétricos e shows diários de carimbó, um ecletismo que valoriza manifestações folclóricas características do Pará.  Além da diversidade da programação, a beleza natural do município, com destaque para as praias do Crispim e Marudá, atrai turistas de várias regiões paraenses e de todo o Brasil.

 

Marapanim é uma ilha cercada de mangue, com regiões de água doce e salgada, distante mais de 170 km da capital, Belém. No período carnavalesco, já é tradição a cidade receber os visitantes com festa, no portal da sede municipal. Na manhã deste sábado (21), caixas de som com músicas carnavalescas dividiram espaço com dançarinos e músicos de carimbó, que mostraram a força da cultura local. Nem a forte chuva que caiu a manhã inteira desanimou os foliões durante a abertura oficial do evento, que contou ainda com um passeio ciclístico e desfile de trio elétrico com grupos de carimbó, como o Beija Flor Mirim e o Uirapuru. (...) Continua: leia aqui.

 

 

Carnaval tem colorido especial, cabeçudos e mascarados 

 

 

 

Muitas cores, marchinhas carnavalescas e cabeçudos e mascarados alegraram o carnaval de São Caetano de Odivelas, no nordeste paraense, a cerca de 100 quilômetros de Belém. Com o tema “O carnaval da alegria e da paz é o povo que faz”, a principal manifestação folclórica da cidade, o Boi de Máscara, é também a maior atração do período. No “Arrastão dos Bois”, vários blocos saem às ruas da cidade com seus foliões, numa brincadeira saudável que, na terça-feira de carnaval, transforma-se em competição, reunindo a população e os turistas na orla da cidade. (...) 

 

"É o melhor carnaval do Estado”, comentou o contador Fernando Lisboa, que veio com a esposa da Vila de Icoaraci, em Belém, para participar dos arrastões em Odivelas. No município, com cerca de 17 mil habitantes e fundado em 1895, o Boi de Máscara, junto com as quadrilhas, é apresentado em julho. Mas, no carnaval, as comemorações carnavalescas abriram espaço, há cerca de cinco anos, para os tradicionais bonecos mascarados (pierrots, cabeçudos e buchudos), que caracterizam a cultura local. (...) Continua: leia aqui.

 

 

Blocos de rua animam o carnaval na Vigia

       

 

Considerado um dos mais animados do Estado e reconhecido nacionalmente, o carnaval de Vigia, a 93 km de Belém (PA), atraiu cerca de 50 mil pessoas, entre moradores e turistas que foram às ruas, no domingo (22). A principal atração da folia no município são os blocos das Virgienses e dos Cabrasurdos, formados por homens fantasiados de mulheres e vice-versa, além do Gaiola das Loucas, onde drag queens dão um show à parte.

  

O desfile dos três blocos tomou as ruas da cidade na tarde da segunda-feira de carnaval, seguindo até a madrugada. As ruas estreitas da histórica Vigia viraram camarins a céu aberto, onde valia de tudo, desde a improvisação nas caracterizações até a brincadeiras dos foliões que chegavam em grupos, fantasiados tematicamente. Grupos de jovens também aproveitaram para dançar ao som de batidas eletrônicas. (...) Continua: leia aqui.

 

 

Pretinhos do Mangue fazem carnaval ecológico

em Curuçá

 

 

“Eles estão vestidos de mangue. Acho extraordinário!”. O comentário do empresário João Matos resume a essência do carnaval de Curuça, município do nordeste paraense, distante 130 quilômetros da capital, com mais de 40 mil habitantes. Matos refere-se ao ponto alto do carnaval de Curuçá, o bloco "Pretinhos do Mangue", que aproveita a brincadeira para levar uma mensagem ecológica às pessoas. O bloco desfilou na tarde deste domingo (22) e repetirá a dose na terça-feira (24) comemorando, este ano, 20 anos de criação.

 

A criatividade e alegria dos paresnses refletem-se nas peculiaridades das comemorações de cada municipío. Destacam-se desde a presença de elementos característicos do folclore local (como lendas e danças) até a referência às atividades econômicas dos municípios. (...)   Continua: leia aqui.  

 

 

Histórias de ETs atraem visitantes para Colares 

         

Os visitantes da Ilha de Colares, no nordeste paraense, a cerca de 60 quilômetros da capital, sentiam o clima carnavalesco já na entrada da cidade, quando os músicos da banda Maracajó, ligada à Escola de Música Treze de Maio, recepcionavam os brincantes dentro da balsa que dá acesso ao município. A banda tocou durante os quatro dias de folia.

 

Famosa pelas histórias de supostas aparições de ETs, num fenômeno que ficou conhecido como “chupa-chupa”, há décadas atrás, o tema ufológico está presente não só nas músicas dos blocos e das escolas de samba, como o Bloco do ET, mas também em outras situações. A campanha de carnaval da prefeitura municipal, por exemplo, usou o slogan “Em Colares, lixo é coisa de outro mundo”. (...) Continua: leia aqui.

 

 Textos: Luciane Fiuza - Secom

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 04:56

Fevereiro 18 2009

 

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 21:52
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Fevereiro 18 2009

 

Gostaria de registrar e dividir com vocês um comentário que achei na internet, o qual faz referência a uma carta que mandei, ano passado, para o Jornal Pessoal (JP), do Lúcio Flávio Pinto - leia abaixo.

 

José Cristian, de Belo Horizonte (MG), a frente do blog O Grisalho Vespertino, fala sobre o assunto no post Democracia: ocupação da mídia Já a carta publicada no JP pode ser vista logo abaixo ou clicando neste link

 

Sobre o assunto, também falei nos posts Reflexões I e II deste blog.

 

Depois de tudo, só me arrependi de não ter fografado ou filmado estas cenas do encontro. Fica o alerta para que da próxima vez eu esteja preparada. 

 

Lu.

Jornalistas

Cartas

Participei do VI Congresso Estadual dos Jornalistas, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor), no início de agosto, no Hangar - Centro de Feiras e Convenções da Amazônia (ver Jornal Pessoal nº 424). Deixo algumas reflexões sobre o evento e o que presenciei nele. O inusitado do encontro foi, sem dúvida, o que aconteceu no segundo dia: a aparição de cerca de 50 pessoas ligadas a diversos movimentos sociais, como a Via Campesina, Abraço, MST e Movimento Estudantil. Eles protestavam contra a imprensa, em especial contra a Rede Globo. O grupo entrou no auditório no início da palestra de Lúcia Leão, paraense que é editora-executiva do Jornal Hoje, da Rede Globo. Ao notar os primeiros cartazes sendo abertos, ela fez o seguinte comentário: “Que meigo!”. Em seguida, retirou-se do local [o presidente da Fenaj, Sérgio Murillo, também se retirou do auditório nesse momento. LFP] e, no seu lugar, representantes dos movimentos começaram a falar. Reclamaram exemplificando com algumas situações específicas da programação da Globo e de sua representante local, a TV Liberal, como o fato de passarem uma imagem “mentirosa” do Pará e dos movimentos sociais.

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LFP @ setembro 15, 2008

 

2 Comentários

  1. luizbranco outubro 14, 2008 @ 18:16

    Parabéns pelo seu texto, por sua justa indignação.
    Sou um simples operário-revisor-de-textos, não tenho pretensão de saber dos meandros, dos porões em que se meteram a profissão de jornalista e os jornais em geral. O que vejo aqui em Belém é a ausência de algo que possamos chamar de jornal. A padronização dos jornais retirou-lhes a alma. São jornais desalmados, sem vida, pois que não respeitam a notícia, criam suas próprias pautas segundo seus interesses. O repórter parece que não tem autonomia pra noticiar os fatos. Está na encruzilhada entre manter-se no mercado trabalhando, pagar suas contas e obedecer a um mecanismo que o exclui e o faz agir apenas como peça de uma engrenagem que tem outros objetivos que não sejam o de noticiar, informar, esclarecer, mas confundir, iludir e enganar.

     

  2. jose.cristian outubro 21, 2008 @ 15:22

    Ocupação de espaços da mídia. Um belo exemplo de democracia. Os jornais - em todos os meios - tentam criminalizar qualquer movimento de democratização da informação. A descrição do “choque” de alguns estudantes mostra que tipo de profissionais estão sendo formados nas universidades. Estudei numa Federal o curso de Comunicação Social e à época me assombrei com o nível despolitizado de alunos queixosos quanto a greves ou vestimentas de colegas de universidade. Importante lembrar que esse tipo de reclamação partia sempre de quem podia pagar por um curso em universidade particular, mas que ganhava vagas de universidades públicas.

FONTE:  Jornal Pessoal - A Agenda Amazônica de Lúcio Flávio Pinto:

                http://www.lucioflaviopinto.com.br/?p=359

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 04:51

Fevereiro 16 2009

 Djavan - Melodia Sentimental

Música de Villa-Lobos

 

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 03:41
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Fevereiro 15 2009

Uma vez vi o Renato Russo falando em uma entrevista que esta música, "Giz", era a sua preferida.

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 23:04
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Fevereiro 15 2009

Fórum Social Mundial (registros do meu celular): 

 

  

 

Cerca de 70 mil pessoas de várias etnias, credos e movimentos sociais foram às ruas de Belém do Pará pedir por um mundo melhor na caminhada de abertura do FSM,

no dia 27 de janeiro. Mais informações aqui. 

 

 

 

Momentos do Fórum de Autoridades Locais (FAL) e Fórum de Autoridades Locais da Amazônia (FALA), no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia: índio expõe em um dos stands e um detalhe que mostra quem já contribuiu com o programa

Um Bilhão de Árvortes para a Amazônia

 

 

Segurança reforçada para o FSM. Helicóptero pousando na Universidade Federal do Pará (UFPA), um dos territórios do FSM.

 

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 20:54

Fevereiro 12 2009

 Maria Rita - Minha alma

 

Sucesso do Rappa na voz de Maria Rita

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 19:29
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Fevereiro 12 2009

 

Para curtir e relaxar: clique aqui e ouça mantras e cânticos hindus,

que integram o site  da Grande Fraternidade Branca .

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 06:35

Fevereiro 12 2009

 

 

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

 

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

 

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
 
Cecília Meireles
 
publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 05:42

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