A sociedade se organiza para a Conferência Nacional de Comunicação. Acho este projeto da Secom de grande importância, especialmente para um estado com as dimensões do nosso. E ainda porque o acesso à informação é um meio de exercer, antes de mais nada, a cidadania:
Produzir para o rádio, fazer gravações em vídeo, elaborar um jornal impresso e grafitar, com o intuito de democratizar o acesso à informação. Com foco nesse objetivo, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) promoveu a 24ª edição das Oficinas de Comunicação para a Cidadania, em Soure, no Marajó.
O projeto teve a duração de 10 dias e contou com a participação de pelo menos 100 moradores do município. Os participantes aprenderam diversas técnicas do processo comunicacional. O resultado dos trabalhos foi apresentado no último sábado (21), na orla da cidade.
Franck de Castro e Max Frank Sarmento, responsáveis respectivamente pelas oficinas de Rádio e Grafitagem, comemoraram o sucesso do projeto. A qualidade das 11 telas expostas no local de encerramento, como resultado da grafitagem, foi alvo de elogios. Nas imagens, em meio ao traçado e ao colorido, mensagens de paz e contra o preconceito: “Sou negro, não nego!”
A performance dos alunos na Rádio Oficina FM 87,9, montada e apresentada pelos participantes da oficina também agradou. Eles receberam a orientação necessária para colocar uma rádio no ar: dos detalhes operacionais à transmissão de um programa. “Aqui aprendi muito sobre o trabalho do operador, que envolve mixagem e trilha musical”, comentou Cláudio Pamplona.
Entrevistas ao vivo foram feitas na ocasião, como a do prefeito de Soure, José Luis Melo, parceiro do projeto, que também participou da programação entregando simbolicamente os certificados aos alunos participantes. “A prefeitura tem todo o interesse nesta parceria. É uma forma da juventude expressar sua liberdade e todo o seu potencial”, opinou.
Durante dez dias, moradores de Soure receberam a 24ª edição das Oficinas de Comunicação, com aulas de rádio, vídeo, jornal impresso e grafitagem |
Resultados - O jornalista Luis Miranda, coordenador das oficinas e professor de impresso, informou que as oficinas já visitaram 15 municípios paraenses e a previsão é que cheguem a mais 45 cidades até o final deste ano, alcançando todos os municípios paraenses, até 2010. Ele não escondia a satisfação com a conclusão dos trabalhos, tanto pelos talentos revelados quanto pela qualidade apresentada nos quatro módulos.
O Jornal Sáurius (que significa jacaré e originou o nome do município), produzido pelos alunos de Miranda e distribuído no encerramento, reuniu 12 matérias produzidas e escritas pelos alunos, um recorde entre os jornais das oficinas anteriores. Os temas das pautas escolhidas quase sempre refletem a preocupação dos moradores com as problemáticas ou o resgate das potencialidades de cada localidade.
As oficinas de comunicação estimularam os jovens de Soure. “É uma possibilidade de criar nos jovens uma nova perspectiva de vida. Eu mesma passei a ter uma visão mais ampla da cidade”, comentou a acadêmica de Serviço Social, Andréa Moraes, aluna da oficina de vídeo.
Responsável por esta oficina, Francisco Conceição (o Bobó), enfatizou que a iniciativa da Secom é única no Brasil e tem despertado a atenção das pessoas de fora do Estado. “Um jornalista do Paraná se mostrou interessado pelo projeto e quis levar o formato para lá”, disse Bobó.
Além do resultado das oficinas, o público de Soure pode conferir no sábado apresentações de hip hop, carimbó e capoeira. A Associação de Capoeira Arte Popular mostrou o trabalho desenvolvido com 40 crianças e adolescentes do bairro de Tucumanduba. Crianças a partir de 3 anos e pessoas com deficiência fazem parte do grupo que tem, por essência, a inclusão social e a cidadania.
Por Luciane Fiuza / Secom (Agência Pará)
O ritmo já havia encantado os participantes do Fórum Social Mundial. Agora quem curtiu dança típica parense foi o Príncipe Charles, que tentou dançar carimbó durante a visita ao Pará, no sábado passado, dia 14. As fotos foram feitas na comunidade do Maguari, em Belterra, município que fica na Floresta Nacional do Tapajós, oeste paraense. No destaque, dançarina do grupo parafolclórico local ensina o charme dos movimentos do carimbó.
Foto: Tamará Saré - Agência Pará
Foto: David Alves - Agência Pará
Mais informações aqui: http://www.pa.gov.br/noticias/materia.asp?id_ver=41315
"Eu fujo e não te vejo então,
Finjo que não te desejo mais
Teu beijo teu mistério, teu sexo
O medo e tudo mais..."
Composição: Waldemar Henrique
Tamba-tajá, me faz feliz
Que meu amor me queira bem
Que meu amor seja só meu, de mais ninguém
Que seja meu, todinho meu, de mais ninguém
Tamba-tajá me faz feliz
Assim o índio carregou
Sua macuxy
Para o roçado, para a guerra, para a morte
Assim carregue o nosso amor à boa sorte
Tamba-tajá...
Que ninguém mais possa beijar o que beijei
Que ninguém mais escute aquilo que escutei
Nem possa olhar dentro dos olhos que olhei
Tamba-tajá...
A matéria abaixo foi reproduzida do jornal Beira do Rio, da UFPA - http://www.ufpa.br/beiradorio/rep3.html A leitura vale a pena, especialmente pelos posicionamentos da prof.ª Scarleth:
MULHER E MÍDIA
Anúncios reproduzem padrões estéticos que precisam ser repensados
Suzana Lopes
ACERVO PESSOAL |
Scarleth: publicidade nega a miscigenação brasileira e a diversidade regional |
Mulheres esbeltas, corpos perfeitos, cabelos sedosos e olhares sedutores. O contexto em que elas aparecem são propagandas, principalmente, de produtos ligados à beleza, a alimentos light e a bebidas alcoólicas. A partir da segunda metade do século XX, à medida que as mulheres rompiam padrões e ganhavam espaço na sociedade, a publicidade percebeu o poder de compra, decisão e influência que possuíam e passou a utilizar a imagem feminina para a venda de diversos produtos.
A mulher acumulou, ao longo do tempo, novas funções sociais, além daquela que lhe foi, historicamente, agregada, a de dona de casa. Assim, além de esposa e mãe, ela se tornou empresária, política, estudante, pesquisadora acadêmica, dentre outras profissões. “A ocupação de novos papéis sociais, devido à saída para o mercado de trabalho, acabou por criar, nos anos 80, o mito da supermulher”, afirma a professora Scarleth O’hara, pesquisadora de gênero e mídia da Faculdade de Comunicação Social da UFPA.
Nos anos 90, esse acúmulo de papéis provocou uma crise na imagem da supermulher, porque, além de trabalhar em casa e no emprego, ela tinha que estar sempre linda, bem vestida e sorridente. Foi a época em que se iniciava a valorização estética, acentuada no séc. XXI e que explica a imagem da femme fatale, predominante nas propagandas atuais.
ARQUÉTIPOS – Sal Randazzo, publicitário e psicólogo, desenvolveu uma teoria baseando-se nos arquétipos de Jung: a Grande Mãe, a Guerreira, a Donzela e a Tentadora/Prostituta. Ele concluiu que essas imagens arquetípicas se relacionam com determinados grupos de produtos e serviços. Assim, por exemplo, a Grande Mãe é vinculada a produtos e serviços para o lar e para a família. “Essa imagem teve seu auge de aparição na década de 60, mas ela nunca perdeu seu espaço e existe, em grande número, até nos dias atuais, mostrando que a ligação feminina com seus instintos maternos é independente de qualquer tendência de época”, explica Scarleth O’hara.
REPRODUÇÃO |
Imagens reproduzem estereótipos de mulheres magras, jovens e europeizadas |
Já o arquétipo da Guerreira é utilizado em anúncios que veiculam a imagem da mulher trabalhadora, independente, corajosa, lutadora e vitoriosa. Ele surgiu nos anos 70 e se fixou na década seguinte. “Apesar de ter sido um período de revoluções políticas e sociais com grande participação feminina, o uso dos elementos da Guerreira, nos anúncios, não era proporcional ao momento histórico”, acredita a professora. Ela atribui essa restrição à censura e ao fato de que, naquele momento, tal arquétipo não era uma imagem interessante para a publicidade. Outra justificativa é o fato de as conquistas femininas, nessa época, não estarem firmadas e os movimentos ainda serem vistos, por muitos, de forma negativa.
Por fim, existe a Donzela, que foi bastante utilizada na década de 60, mas logo foi substituída pela Tentadora/Prostituta, nos anos 70. “No decorrer do tempo, as imagens utilizadas passaram do arquétipo da Donzela, com mulheres etéreas e meigas, para o arquétipo da Tentadora ou Prostituta, com uma postura feminina mais agressiva e erótica”, afirma Scarleth. Para ela, a utilização desse arquétipo acompanhou a liberação sexual feminina e as mudanças na relação entre a mulher e o próprio corpo.
Sensualidade e sexualidade
A imagem da femme fatale não só permanece até hoje como predomina nas propagandas, adicionada de uma problemática. A Tentadora/Prostituta atual apresenta um padrão de beleza exigente: o corpo precisa ser magro, musculoso e cada vez mais à mostra. Além disso, multiplicam-se os anúncios de alimentos light, clínicas de beleza e profissionais de cirurgia plástica, que proclamam a perfeição estética como uma necessidade. “Há a banalização da imagem feminina. Em anúncios de cerveja, por exemplo, a contextualização do produto em torno da mulher acaba se tornando absolutamente sem contexto”, analisa a professora Scarleth.
Na internet, o mais novo e poderoso espaço da comunicação, não há diferenças em relação à forma como a mídia tradicional (principalmente TVs e revistas) aborda a imagem feminina. A publicidade on line reproduz os estereótipos de mulheres magras, jovens e europeizadas. Scarleth O’hara afirma que a repetitição desses valores gera atitudes obsessivas, ao negar a miscigenação brasileira e a diversidade regional. Essa conduta midiática impositiva deve ser combatida: “Certos tipos de publicidade reforçam o papel da mulher como ‘embelezadora de ambientes’, menosprezando suas habilidades intelectuais e estimulando um quadro de violência psicológica, indireta e gradativa, ao insinuar que devem alterar seus corpos para terem realização pessoal”. Para que o padrão de veiculação da imagem feminina respeite não só as conquistas das mulheres como também os próprios direitos humanos, são necessários debates e reflexões sobre essa problemática. Uma maneira é a conscientização dos profissionais da propaganda desde a formação acadêmica. Mas, por apresentar resultados a longo prazo, isso apenas não basta.
A professora Scarleth sugere a utilização da internet como espaço de discussão. Seriam sites, blogs e wikis que incentivassem a diversidade estética, divulgassem outros padrões, diminuíssem a expectativa pelo corpo perfeito e mudassem a opinião das pessoas sobre o sistema estético vigente.
Para saber mais sobre o assunto, acesse o programa "A mulher na propaganda", produzido pela TV Câmara.
Um exemplo de mulher e profissional, a super Clara Pandolfo, que dispensa apresentações, ao lado da filha, Lúcia Pandolfo, minha madrinha querida; a futura mamãe Ana e sua irmã, Carmelita Faria (faltou a Esther e a Val), amigas especiais; eu e a mamãe, comemorando algum Ano Novo; e a blogueira Mari, do Pedra de Alquimia, sempre bonita, elegante e de bem com a vida.
Lene Sancar, durante mise en scène na festa das crianças do centro que ela dirige, em Castanhal; a querida Milene Lima (última da direita) e seus amigos - a Lene e a Milene desenvolvem um belo trabalho social e espiritual no Bezerra de Menezes; modelo de superação, a minha amiga Fátima Silva, ao lado da Bibi e da Adria, curtindo o carnaval deste ano, em Belém; a bailarina paraense e queridíssima Martha Batista, arrasando nos palcos argentinos; e a passista Solange, cheia de gás, durante desfile da Grande Família, na Aldeia Cabana, no último carnaval.
Louise Fiuza, minha sobrinha linda fazendo pose; eu, nas noites de Belém; a Giovanna fofinha e a mamãe dela, Jeanete Barata, durante evento em Castanhal, no Quinta das Alamandas; e a jornalista, publicitária, filha da Margot, mulher do Corsa e, principalmente, mãe do super Miguel, Ana Paula Andrade.
A TODAS AS AMIGAS E MULHERES MARAVILHOSAS, SINTAM-SE REPRESENTADAS E HOMENAGEADAS POR ESTAS IMAGENS.
QUE TODOS OS DIAS SEJAM NOSSOS E PLENOS DE AMOR.
LU.