Simplesmente Lu

Dezembro 29 2009
 



Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro (1902-1987) 
 
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
 
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens (mulheres) e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
 
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 22:53
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Dezembro 24 2009
O blog da jornalista Waleiska Fernandes, diretora de Comunicação Institucional da Secom, faz uma boa reflexão sobre os festejos natalinos - reproduzida logo abaixo. Apesar da expectaviva frustrada de tanta criança e dos adultos desiludidos com o papai noel, minha esperança reside no espírito de solidariedade que o período desperta em alguns. Pena que para a maioria termina antes de terminar o ano...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal?

Agradeço a todos os cartões natalinos recebidos (seja por e-mail ou de papel). É legal saber que se é lembrado. Mas deixa aqui eu me desculpar por não mandar cartão pra ninguém.

Eu não gosto de natal. Não embarco nessas felicitações, nem no tal "clima natalino".
Essa tal magia do natal sempre me faz pensar que o Papai Noel não vai aparecer pra um monte de crianças que acreditam e [ainda] têm esperança de que ele vai deixar um carrinho, uma bola, uma boneca. Me faz lembrar que um monte de famílias não terão aquela mesa farta tão propagada nessas épocas.

Pode parecer um papo de Madre Teresa, mas eu não consigo embarcar nessa onda de natal feliz.
As pessoas falam tanto em amor na época do natal, mas que atitude tomam para construir o amor, a paz, a felicidade e o bem tão palavreados nessa época?

Na boa, acho tudo isso muito deprimente.
Natal não me comove. Só me revolta.
Sorry!

 

 

Fonte: http://www.faloporquetenhoboca.blogspot.com/

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 05:22

Dezembro 20 2009

20/12/2009 13:33
Da Redação
Agência Pará

© Elcimar Neves/Ag Pa            Clique na imagem para ampliar 
Feira promovida pela Secretaria de Agricultura do Pará atraiu centenas de pessoas que cultivam plantas e flores em casa
 
© Elcimar Neves/Ag Pa            Clique na imagem para ampliar 
Anderson Serra, coordenador do programa Campo Cidadão, que estimula a agricultura familiar, apreciou a feira e aproveitou para levar flores para casa
 
 

Quem visitou os 16 estandes da Feira Flor Pará aprovou a iniciativa da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), que pretende estimular o trabalho de floricultores paraenses, ampliando e divulgando o mercado diversificado de espécies, como as tropicais e as medicinais. A primeira edição da feira ocorreu no sábado (19), das 9 às 17 horas, na praça Batista Campos, cujo trecho da praça foi fechado para o evento.

 

Incluir as flores na decoração natalina e fortalecer o hábito do paraense de enfeitar residências e outros ambientes foram os objetivos da feira, que reuniu aproximadamente 40 produtores de oito associações formadas em seis municípios.

 

Solange Sales visitou o local com o filho e dois netos e aproveitou para levar cinco arranjos para dar de presente. "Eu achei excelente porque eu adoro plantas e é uma opção interessante para escolher rosas e orquídeas. O ambiente é ventilado e aconchegante", comentou Solange, enquanto observava o trabalho do florista e decorador Onemo Moraes. Ele também orientava os visitantes sobre composição harmônica de arranjos, combinando espécies diferentes em embalagens com motivos natalinos.

 

Foram reservados ainda espaços para comercialização de alimentos orgânicos e artesanatos, todos provenientes da agricultura familiar, estimulada pelo Campo Cidadão. Anderson Serra, coordenador do programa, explicou que a agricultura familiar rural é um dos focos do Campo Cidadão, seguindo as prioridades da política do governo do Pará.

 

Produzidos em Barcarena, rúcula, espinafre, couve, salsa, cebolinha e outros alimentos orgânicos foram comercializados na feira. De Marituba, os produtores Waldelice Rocha e Laércio Fonseca, à frente da Cooperativa de Produtores Rurais e de Artesanato do Pará (Coprapa), levaram plantas ornamentais e medicinais, artesanatos feitos com reciclagem, sabonetes, xampus, cremes e até adubo orgânico. Muita gente se interessou pelas propriedades medicinais das plantas e ouviu as explicações da produtora. "Dá para cultivar em casa e preparar chá, remédios... Com as plantas medicinais, dá para fazer uma farmácia viva em casa".

 

Sucesso - A movimentação foi grande durante a realização da feira. Ailton Júnior, do Riacho Fundo de Belém, vendia cravinha, torrênia, vinca e outras pequenas flores ornamentais que chamaram a atenção das crianças. Luiz, de quatro anos, escolheu um vasinho junto com a mãe, Rita Azevedo. Maria Clara, de 10 anos, também comprou um e mostrou conhecimento no assunto, ao lembrar que a trepadeira tem que ser regada duas vezes por dia, e a marilis, planta de mesa, de dois em dois dias. Junto com a mãe, ela está montando um pequeno jardim na sua casa.

 

"A feira é interessante não só para mim como para todos os outros produtores, principalmente os que não têm ponto de venda", opinou José Pinheiro de Castanhal, que já comercializa três tipos de orquídeas (não-envasadas) para fora do estado, além dos pontos de venda que possui na capital. O retorno foi positivo: até o final da manhã, Pinheiro havia vendido cerca de 30% do que levou.

 

Mercado - O retorno imediato e a ampliação do mercado garantiram a continuidade da feira, proposta já aprovada pelo secretário Cássio Pereira, titular da Sagri. Ele sinalizou que, mesmo com a inauguração do Mercado de Flores, na BR-316 (em frente à AABB), marcada para maio do ano que vem, a ideia é manter, mensalmente, a Feira Flor Pará. Com investimento inicial de cerca de R$ 300 mil, o mercado reunirá 8 associações da Grande Belém, além dos municípios de Castanhal e Santa Izabel.

 

Ducimar Melo e Silva, gerente de Programa de Flores da Sagri, contou que a demanda de criação da feira partiu dos produtores nos encontros promovidos durante a realização da Flor Pará e do Frutal Amazônia, em junho deste ano, no Hangar, quando os segmentos movimentaram R$ 33 milhões em negócios e atraíram um público de 36 mil visitantes. A comercialização de flores tem crescido e conquistado o mercado externo, atraído especialmente pela beleza exótica de algumas espécies.

 

O deputado Airton Faleiro, líder do governo da Assembleia Legislativa, também visitou o lugar e sugeriu o desdobramento da feira, apostando em outros espaços públicos. A assessoria da Sagri informou que a próxima feira, com previsão para ocorrer em fevereiro do ano que vem, também deve abranger os produtores de alimentos orgânicos, nos mesmos moldes do que já ocorre com a feira anual de produtos orgânicos, apoiada pela Sagri, onde a floricultura já garantiu seu espaço.

 

Luciane Fiuza - Secom

 

Fotos: Elcimar Neves/Ag. Pará

 

Fonte:  http://200.164.100.137/exibe_noticias_new.asp?id_ver=56036

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 17:23

Dezembro 08 2009

[herbert+viana.bmp]

 

Fonte: http://ex-direitoeesquerdo.blogspot.com/2009/10/sr-herbert-viana.html

 

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 13:12

Dezembro 06 2009

Lei sancionada pela governadora Ana Júlia transforma em patrimônio cultural e artístico do Pará a dança do carimbó

Foto: Eunice Pinto - Agência Pará

 

A governadora Ana Júlia Carepa sancionou a Lei 7.345/2009, que declara como patrimônio cultural e artístico do Estado do Pará a "Dança Carimbó", representando as tradições e costumes paraenses. O objetivo da lei é preservar, conservar e proteger as formas de expressão, objetos, documentos, fantasias e músicas da referida dança. A lei também faculta apoio técnico, financeiro e cultural do Estado, por meio de seus órgãos afins, para firmar parceria com entidades civis de direito privado, sem finalidade lucrativa, através de celebração de convênios, contratos ou outro instrumento legal. Desta forma, o carimbó fica incluído nos calendários histórico, cultural, artístico e turístico anuais do Estado do Pará

 

Os paraenses organizam a campanha "Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro", cujo objetivo é transformar o ritmo paraense em patrimônio cultural e imaterial de todo o povo brasileiro. A iniciativa busca sensibilizar e mobilizar a sociedade a valorizar e reconhecer o carimbó e suas tradições como parte importante da cultura do país.

 

A campanha surgiu a partir das discussões promovidas pela Irmandade de São Benedito, no Festival de Carimbó de Santarém Novo a partir de 2005. Um processo se iniciou junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para registrar o Carimbó paraense como patrimônio cultural imaterial do Brasil. A campanha é conduzida atualmente por grupos, entidades e movimentos culturais de vários municípios paraenses, contando com o apoio do Ministério da Cultura, IPHAN e do Governo do Estado através da Secult, Rádio e TV Cultura, Fundação Curro Velho e outras instituições.

 

Sensualidade - Dança de ritmo contagiante, de passos sensuais, o carimbó identifica o Pará em qualquer lugar do planeta. Predominante na região nordeste, notadamente no município de Marapanim - que sedia um festival de carimbó -, e no Arquipélago do Marajó, a música e a dança revelam os traços da colonização na Amazônia, dominada por brancos, negros e índios. Homes e mulheres dançam juntos e separados, numa cadência envolvente. 

 

O nome se origina de dois vocábulos da língua Tupi: "curi", que significa pau oco, e mbó, que quer dizer furado, resultando na palavra korimbó, que com o tempo deu origem a curimbó, a qual denomina o tambor característico do ritmo, e carimbó, que remete à dança e à música.

 

Tocados com as mãos, os tambores são acompanhados por reco-reco, viola, ganzá, banjo e maracás. O carimbó é tão representativo da cultura paraense que o Estado é o berço de Mestre Verequete, considerado o rei do carimbó, falecido em 3 de novembro deste ano aos 93 anos, que deixou um dos maiores legados musicais do Pará.

 

Secom 

 

 

Carlos Sodré / Ag Pa            Clique na imagem para ampliar 
O curimbó, instrumento típico do carimbó, dá o ritmo à dança mais representativa da cultura paraense. Foto: Lucivaldo Sena - Ag. Pará
 
© LUCIVALDO SENA / AG. PARÁ            Clique na imagem para ampliar 

Contagiante e sensual, a dança do carimbó ganha o status de patrimônio cultural e artístico do Pará, pelo decreto assinado por Ana Júlia Carepa

Foto: Lucivaldo Sena - Ag. Pará

 

Fonte: http://www.pa.gov.br/noticia_interna.asp?id_ver=55276

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 21:06

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