Simplesmente Lu

Maio 02 2005

Esse texto, que nunca foi publicado, foi resultado da disciplina Estudo de Temas Amazônicos. Seguindo a linha papa-chibé, mais uma homenagem a Belém.

 

BELÉM DE OUTRORA

Por Luciane Fiuza de Mello

 

“Antigamente, quando eu era ainda criança, cantava com os meninos da vizinhança alegremente. ‘Senhora Dona Sancha, coberta d’ouro e prata, descubra seu rosto que
nós queremos ver’...” (Waldemar Henrique; Senhora Dona Sancha)”.

 

São 389 anos de encantamento. Cidade de ruas de inspiração. Belém dos artistas de outrora. Cidade cantada pelos artistas de agora. Belém já sem tantas mangueiras.
Sem tantas conversas de fim de tarde ao som de cantigas infantis. Belém de tradições.
Do papo gostoso na porta. Das novenas e das quermesses. “Do mais suave perfume”. Belém, capital do Pará. Metrópole da Amazônia.

São 389 anos de história. Belém da coragem cabana. Do áureo Ciclo da Borracha. Do
belo Palacete Pinho e do extinto Grande Hotel. Belém da Belle Epoque. Da arquitetura neoclássica. Do Theatro da Paz. Do Antônio Lemos. Belém do patrimônio da Cidade
Velha. Das praças: da República, do Relógio, Batista Campos. De Acyr, Benedito,
Jesus e Max. Belém dos bosques e bondes. Belém do Olympia. Cidade saudosa de Waldemar, Rui e Eneida. Belém de jovens poetas.

São 389 anos de vida. Belém do Landi de ontem. Belém de Chaves e Meiras de hoje. Belém do Edwaldo. Cidade de Magalhães Barata. Da Dira, Fafá e Leila. De Pinduca, Pedrinho, Nilson, Alcyr, Salomão e Pavulagem. Belém do Ver-o-Peso. Do Ver-o-Rio.
Belém do Paris N’Ámérica. Da Estação da Docas. Do tacacá e do taperebá. Do siriá
e do carimbó. Belém pai d’égua! Belém dos rios de ontem. Das ruas de hoje. Belém menina: “esse rio é minha rua”. “Olhando Belém enquanto uma canoa desce o rio”:
Belém madura.

Santa Maria de Belém do Grão Pará. Santa Maria na devoção dos portugueses.
Virgem de Nazaré na fé dos paraenses. Belém da força. Belém do Forte. Belém da saudade. Belém da esperança. Belém da poesia. São 389 anos: “Isso é Belém, isso
é Pará, isso é Brasil!”


 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 21:31

Oi Lu. Muito legal o seu texto. Parabens!!! Tenho certeza que estas muito feliz por estar fazendo aquilo que sempre vc gostou de fazer. Escrever e escrever. Logico que nao é aquilo ainda que tanto almejas, mas com certeza vc vai consegui. Acretido em vc.

beijos Linda!!!!
Rosana a 6 de Maio de 2005 às 03:55

Esse termo Belém de Outrora, bem que esconde o Belém do já teve, não é? Hoje em dia só Estação das Docas, Mangal das Garças, Feliz Lusitânia, São José Liberto... e por aí vai. Os poetas que cantaram tanto a Belém de Outrora, alguns que viveram nela, estão se mostrando, agora, inaptos - talvez entregues, alguns. Acabei de chegar no jornal, dei uma passada pela Padre Eutíquio da UFPA até o Iguatemi e depois desci pela Nazaré. Não restou muita coisa do que tu falas na poesia. Só é poesia porque não tem mais? Bj, desculpa pelos desencontros.
Thiago a 2 de Maio de 2005 às 21:36

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