Simplesmente Lu

Março 09 2007

Li o artigo  abaixo no site do Parsifal Pontes, a quem aproveito para agradecer pelo link que fez do meu blog. 

 

"Nestes tempos de individualismo, onde prepondera sobretudo a visão do 'se dar bem, não importa a que preço', um dos setores mais atingidos por uma onda ética e, sobretudo moral, é o jornalismo. Não que em algum momento as redações de todo o mundo fossem verdadeiras ilhas de desprendimento, ou que o ego dos jornalistas fossem suplantados por um conceito de tal forma altruísta, que, afinal, pudessem ser levados a Roma, para quem sabe tornarem-se santos, ou beatos.

Nada disso. Mas, o motor que fazia vibrar o ânimo de uma redação há 30 anos era outro. O perfil daqueles que se aventuravam por uma profissão, até então maldita, também era outro. Os objetivos eram outros.

Juca Kfouri, o notável jornalista esportivo, outro dia sentenciou que o verdadeiro jornalista tem que ter um compromisso claro com a mudança da sociedade. Ou seja, ele se sacrifica, sacrifica a sua vida pessoal, sacrifica a sua família, corre risco de vida, para informar ou interpretar fatos, que de alguma forma vão provocar uma reflexão nos leitores, ou expectadores, ou internautas, de forma que esta massa desinforme e heterogênea chamada opinião pública produza as transformações, que na essência, buscam um mundo mais justo, mais igual e mais feliz.

O surgimento de um novo Leviatã, chamado mercado, princípio inteligente do que o cientista italiano Toni Negri chama de império, criou como reação à postura histórica do jornalista, o chamado jornalismo de resultado. Ou seja, mais do que o respeito pela prática da profissão, importa ao profissional o que ele consegue com a divulgação de notícias ou fatos. E isso se reflete na conquista de bens materiais como carros, casas e apartamentos mirabolantes, freqüência em casas noturnas badaladas e roupas de grife. Nem de longe há qualquer preocupação com o resultado de sua atuação. (...)

 

Juca tem razão. Jornalistas têm o desprendimento de defender a verdade, de relatar e interpretar os fatos, de acordo com ela. Não se confundem com publicitários, lobistas ou empresários. Não protagonizam reality-shows, nem se consideram mais importantes que a notícia. Pena que hoje sejam tão poucos" (NUNZIO BIGUGLIO). 

 

PS: O título do post é o mesmo de uma matéria  publicada no Observatório da Imprensa, em julho de 2006, reproduzida do Jornal Pessoal, de Lúcio Flávio Pinto. Mais informações sobre o jornalista no Brazine Online

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 09:11

TATIANA: jornalista "de verdade" é raridade hoje em dia. Dá revolta mesmo... Abs! Lu.
Luciane Fiuza de Mello a 10 de Março de 2007 às 06:28

é uma pena que os jornalistas que prestam são poucos. quando leio os jornais penso em toda essa farsa. uma vergonha!!!!
Tatiana a 9 de Março de 2007 às 16:30

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