É com o maior prazer que escrevo esse post falando do novo espetáculo do Raul Franco, meu amigo de longas datas. Ele é paraense, mas está radicado no Rio de Janeiro há mais de dez anos, onde anda arrebentando com suas produções, dentro e fora dos palcos. Além dos espetáculos, ele tem participado de programas televisivos, como A Diarista e A Turma do Didi. Não é de hoje que conheço o talento do Raul, que simultaneamente atua e dirige muitos de seus espetáculos. De sua nova criação, Fanfarrões, escolhi um vídeo no YouTube para mostrar aqui no blog. Confiram ainda o vídeo com a participação dele na minissérie Amazônia. E para quem quiser conhecer a vertente de escritor e poeta desse artista múltiplo, basta dar uma passada no blog dele: http://www.cronicasdavidamoderna.blogger.com.br/
A nova companhia carioca, OS FANFARRÕES, apresenta Fanfarrões, a peça, uma comédia inspirada nos famosos entreatos, onde os comediantes tinham que entreter a platéia, entre um ato e outro, com seus números cômicos, dança e palhaçadas. Então, nesse espetáculo desfilam tipos cômicos, como a Cirley, uma mulher arretada que fala da dor de ser abandonada por seu homem e, por isso, convida a platéia a gritar o nome dele, Rogério, como forma de exorcizá-lo; o Batman e Robin no nado sincronizado; o anão político que reclama da falta de visibilidade do seu partido; Manolo Passos, professor de dança das estrelas que está abrindo um curso especial para casais; o pastor Nicolau de Almeida Santana, que fala do malefício da fama a qualquer preço, além da Pantomima do Trabalho, uma hilária brincadeira em cima da vida de uma dona de casa, e a Pantomima do Claudinho e Bochecha, uma livre-interpretação da canção Fico Assim Sem Você.
Os Fanfarrões levam pra cena uma comédia popular no melhor sentido, pois bucaram inspiração nos grandes comediantes brasileiros, como Oscarito, Grande Otelo e Mazzaropi, e no humor inocente de Buster Keaton e Charles Chaplin. Estruturado no formato de quadros de humor, o espetáculo faz uso de vários recursos e linguagens, como pantomima, dança, rádio-novela e dublagens escrachadas, como a dos cornos sertanejos, cantando a dor de levar um chifre, e a do Júnior, da dupla Sandy e Júnior, querendo ser mulher como a irmã.
O espetáculo foi escrito, dirigido e interpretado por Raul Franco, que também escreveu e dirigiu Fama Zero e atuou nos espetáculos Tubo de Ensaio e Casal Consumo, e Luiz Sander, o Mineirinho de Maceió, que é professor de dança solta e comediante dos bons. Contando ainda com a supervisão geral de Wendell Bendelack, do espetáculo SURTO.
FANFARRÕES, A PEÇA. Texto e direção: Raul Franco e Mineirinho de Maceió. Com a Cia Os Fanfarrões. Teatro Candido Mendes, rua Joana Angélica, 63 – Ipanema – 22677295. Quinta-feira, 21h. R$ 25 reais. 60 minutos. Censura: 12 anos