Simplesmente Lu

Julho 14 2009

Sábado, 9 de Dezembro de 2006

 INTERIORIZAÇÃO. Por Juvêncio de Arruda.

10 DESEJÁVEIS VIRTUDES PARA A POLÍTICA CULTURAL DO PT NO ESTADO
Segunda virtude: Interiorização.
Texto: Juvêncio de Arruda, economista, publicitário e cientista político.
 Link do Blog do Juvêncio, 5ª EMENDA
 

Waldemar Henrique_Paes Loureiro.jpg

 
Terça-feira, 16 de dezembro de 2007

PRÓLOGO: "Festa No Interior "

Fora de forma - deixou a secretaria de Cultura há 16 anos - o poster não se garante senão em simplesmente sugerir atenção ao Pará que poucos gestores públicos se interessam, mas onde vive 75% da população: todo e qualquer lugar fora de Nova Déli.
Juvêncio de Arruda sugere a "virtude" da distribuição, da igualdade.
O Pará, aquele do mapa no formato da galinha Knorr, está dançando.
Porque os governos, e os habitantes de Nova Déli, olham muito pro seu próprio umbigo.

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51 anos de idade, 44 andando pelo interior do Pará.
Há 20 dirigindo documentários e fazendo banco de imagens, em mais de 100 dos 143 municípios. Garanto pra voces que o estado, do ponto de vista da sua "cultura", mudou muito, mas muito.
Chegou muita gente, das mesmas regiões: Maranhão, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Minas e sul do Brasil. Esse povo trouxe novos temperos ao caldeirão.
Vi, ouvi e cheirei todos os espaços culturais, manifestações, grandes festas, pessoas que fazem ou fizeram a cultura deste estado neste período.
Waldemar Henrique, Isoca, Noé von Atzingen, Laurimar Leal, Verequete, Haroldo Maranhão, David Miguel, Dica Frazão, Augusto Morbach, Benedito Nunes, Luiz Braga,Gileno Chaves, Paes Loureiro, Vicente Sales, Edyres Proenças, Ruy Barata e mais um cesto além de um cento de gente tão...tão...magnífica.
Aqui ou alhures, autores ou operadores, todos propositalmente misturados, porque todos vivos ou "encantados".
Na minha cabeça todos estão juntos, são juntos.
Trabalhei na secretaria da Cultura, fui conselheiro da FUNTELPA, sou conselheiro de uma escola de samba, fiz planejamento e produção cultural - concebendo, captando recursos e organizando eventos, shows, exposições e seminários na área da cultura.
Aprendi, me diverti - muito mais o segundo do que o primeiro - e conheci toda essa constelação aí de cima.
Ufa! Tá bom?
Por tudo isso, berro: vamos sair para o interior!
Com os barcos e as carretas cheias. De lonas, equipamentos e gente.
Sobe rio e "corta trecho", dia e noite
Prá cá e prá lá, sem parar.
Construindo espaços culturais; museus da imagem e do som com núcleos de produção e distribuição em áudio e vídeo; financiando instrumentos e materiais de trabalho; bancando programas de treinamento e de bolsas de estudo e pesquisa; facilitando a interface dos projetos e ações culturais com os movimentos sociais - da pastoral carcerária aos sem terra, sem esquecer indígenas e quilombolas.
Numa palavra: espaços, registro, formação e articulação.
E festa, muita festa.
Ah! sim, e que a política cultural contemple todas as manifestações e setores da cultura, ainda que devagar.
É melhor andar devagar do que pensola.
Bate esse bumbo aê, Ana Júlia...rs
 
 

Ps: Ilustrando o artigo, um pedaço da conhecida "constelação" de Juvêncio Arruda. Da esquerda para a direita, o carnavalesco Luiz Guilherme Pereira, primo do maestro Waldemar Henrique; o próprio; o poeta João de Jesus Paes Loureiro; e a moça que não consegui identificar. A foto é do arquivo pessoal de Luiz Guilherme.

 

Ps2: Há alguns anos, em entrevista, Luiz Guilherme me falou da "veia popular" de Waldemar Henrique. Em 1974, Waldemar e Paes Loureiro escreveram o samba-enredo "Marajó, Ilhas e Maravilhas", defendido pela escola de samba belenense Quem São Eles. Segundo o primo do maestro, a intenção de um grupo de artistas da época era tentar vincular "o carnaval paraense a um sentido mais amazônico". Em sua época, Waldemar não foi tão popular pelo caráter erudito de certas canções, já que naquele tempo esse tipo de música não tinha tanta penetração nos meios de massa. Sobre o assunto, mês passado tive a agradável oportunidade de conversar com Paes Loureiro, durante um evento, e ele recordou o momento da foto, quando Waldemar recebia a letra do samba.
 

tags: política cultural


publicado por Luciane Fiuza de Mello às 03:40
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publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 01:11

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