Simplesmente Lu

Junho 30 2013

Leila Márcia Elias e os debatedores do painel. Foto: CSEAR 2013 - Divulgação

 

“Turismo e gerenciamento de resíduos sólidos: uma análise a partir da perspectiva dos prestadores de serviço da Praia do Atalaia-PA” e “Pode um instrumento da dominação capitalista se converter em ferramenta emancipatória? Reflexões sobre as funções sociais da Contabilidade” foram dois dos vários temas debatidos em palestras, painéis e workshops durante a III Conferência Sul-Americana de Contabilidade Socioambiental, a CSEAR SouthAmerica 2013, realizada em Belém, capital do Pará.

 

Com o tema “Patrimônio Natural: a Contabilidade e o Controle Social”, os dois dias de conferência reuniram no Campus Básico da Universidade Federal do Pará (UFPA) pesquisadores, profissionais e estudantes da área.

 

No painel “Políticas Públicas e Sustentabilidade na Amazônia”, os professores Célia Sacramenta, da UFPA, vice-prefeita de Salvador (BA) e membro do CSEAR SouthAmerica de Salvador, e Josept Vidal, pesquisador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea/UFPA), e Mário Vasconcelos, pesquisador do Núcleo de Meio Ambiente (Numa/UFPA), ressaltaram a necessidade de políticas públicas elaboradas de acordo com as carências de cada Estado.

 

Célia Sacramenta (foto ao lado) citou os problemas relacionados ao fornecimento de água potável para comunidades ribeirinhas, situadas no entorno da capital paraense. “A participação da sociedade na formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas, em alguns casos, é assegurada pela lei. É a Constituição que diz que nós temos o direito de ir e vir, e de falar”, frisou ela.

 

Segundo Josept Vidal (foto ao lado), a comunicação interna e entre as três esferas governamentais deveria se dar “a partir da compreensão dos mesmos códigos”, de como essas mensagens são enviadas e transferidas de um nível para outro. O pesquisador disse que o desafio das políticas públicas, nesse momento, é compreender essa complexidade e “pensar modelos a partir da complexidade desse mundo”, além de priorizar medidas mais urgentes.

 

Márcio Vasconcelos analisou o processo histórico de desenvolvimento da Amazônia e de seus projetos produtivos e de infraestrutura, instalados na região há várias décadas, para extração de seus recursos naturais. Segundo ele, ao mesmo tempo em que se pensava em grandes projetos de produção, como os do setor agropecuário, se preparava as bases para um projeto mais acelerado, como a construção da Hidrelétrica de Tucuruí. “Projetos públicos e privados se instalaram na Amazônia a partir de uma política pública de incentivos fiscais para empreendimentos privados”, ressaltou.

 

                      

Josept Vidal, Célia Sacramenta e Márcio Vasconcelos. Foto: CSEAR 2013 - Divulgação

 

 

Indicadores - Kelly Farias (FOTO), professora da Faculdade de Ciências Contábeis (Facicon) da UFPA e integrante da comissão científica da conferência, abordou os “Indicadores de Sustentabilidade”.

 Dois trabalhos foram apresentados na sessão temática em que foi Kelly Farias atuou como mediadora: “Comparação do Desempenho dos Indicadores de Sustentabilidade do Sistema de Abastecimento de Água em Belém do Pará” e “Divulgação de Indicadores de Desempenho GRI: Evidências do Desempenho de Sustentabilidade de Organizações Financeiras Latino-Americanas” - este apresentado por Leila Márcia Elias, pesquisadora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA, membro do CSEAR SouthAmerica e coordenadora da conferência em Belém.

 

Leila Elias representou os demais autores do trabalho: Ynis Cristina Ferreira, da Faculdade Metropolitana da Amazônia (Famaz), José Roberto Kassai e Adylles Manhaes, ambos da Universidade de São Paulo (USP).

 

Sobre este tema, Kelly Farias destacou a Contabilidade lida com “reports” - formas de divulgar as informações econômicas e financeiras. “Passamos muito tempo focados no aspecto financeiro, econômico, principalmente mostrando o lucro, uma variável que a Contabilidade traz que é muito palatável para as pessoas, é muito fácil de se identificar. Só que surgiu essa questão ambiental e a gente começou a focar também nessa área de divulgação ambiental ou ‘report’ ambiental. E, depois, para o ‘report’ social”, explicou.

 

Segundo ela, surgiu um movimento para unificar todas essas vertentes, sendo a Contabilidade responsável por informar a sociedade, por meio de relatórios. “Então, qual a importância desse tipo de ‘report’, que a gente chama de integrado, para o fortalecimento da Contabilidade e para aumentar sua relação com a sociedade? É que, agora, a gente já não olha mais o evento ou os fatos econômicos só de um ponto de vista, só da lógica financeira e econômica, mas também pelas lógicas social e ambiental, dentro de um mesmo relatório”, reiterou Kelly Farias.

 

Em sua palestra, Leila Márcia Elias (FOTO) mostrou sobre como deve ser utilizado pelas empresas, nas próximas décadas, o relatório integrado (One Report). Entre as soluções propostas, estavam “mostrar o montante de riquezas gerado pela empresa (reciclagem, economia de recursos renováveis e outros aspectos), deduzindo as consequências negativas (poluição, água não tratada etc); apresentar o saldo para a economia verde, fazendo o total de problemas menos as soluções realizadas, e mensurar os dados não financeiros, por meio de questionários e opiniões e, a partir disso transformá-los em bases numéricas, com índices pré-criados por setor de atividade”.

 

A realização do evento foi da CSEAR SouthAmerica e da Faculdade de Ciências Contábeis (Facicon) da UFPA, com apoio do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da universidade e patrocínio da Faculdade Maurício de Nassau, Editora Saraiva, Conselho Regional de Contabilidade (CRC-PA), Banco da Amazônia e Editora Atlas.

 

Ascom/CSEAR 2013


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publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 17:11

Maio 30 2013

Joias e artesanato do Pará serão expostos em Portugal

 O anel “Desabrochar”, com gema vegetal de açaí e prata, uma criação de Ivam Pereira, estará na exposição.
FOTO Ocione Garçon

Joias, moda e artesanato do Polo Joalheiro do Pará poderão ser vistos na exposição “Cultura e Natureza: o Luxo do Design, Moda e Manualidades Amazônicas”, que faz parte da ampla e variada programação artística do “Encontro Luso-Brasileiro de Territórios Criativos”, evento que debaterá cultura, criatividade e desenvolvimento territorial, marcando o encerramento do Ano do Brasil em Portugal.

A exposição acontece de 7 a 09 de junho deste ano, no Espaço Brasil, em Lisboa (Portugal), situado no LX Factory, local em que a Funarte (Fundação Nacional das Artes) concentra a programação do encontro - uma iniciativa do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Economia Criativa (SEC/MinC).

Já a exposição é uma realização da Secretaria da Economia Criativa, em parceria com o governo do Pará, por meio da Secretaria Especial de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção (Sedip), Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama).

Conferências e palestras integram a programação do encontro, que mostrará cases de territórios criativos do Brasil e de Portugal. Entre as experiências brasileiras, além do Espaço São José Liberto (Polo Joalheiro), representando o Pará e a Amazônia brasileira, Minas Gerais será representada pelo Polo Criativo da Zona da Mata Mineira.

Além da exposição, a experiência desenvolvida pelo Polo Joalheiro do Pará será apresentada por Rosa Helena Neves, diretora executiva do Espaço São José Liberto, e Airton Fernandes Lisboa, diretor de Desenvolvimento de Comércio e Serviço da Seicom. Eles falarão sobre o tema “Programa Polo Joalheiro do Pará/Espaço São José Liberto: o simbólico e o material da cultura – uma experiência de território criativo na Amazônia”.

O Espaço São José Liberto é reconhecido como um território criativo, que reúne um grupo de designers, mestres artesãos, ourives, fornecedores de matéria prima local e microempresários paraenses, sendo considerado referência na área de economia criativa pelo MinC. O espaço, desde 2002, ano de sua inauguração, desenvolve atividades que integram setores criativos, como artesanato, joalheria, moda, design, gastronomia, música, teatro, literatura e patrimônio cultural.

 

Bolsa "Cuia de Cupuaçu", criação de Argemiro Münoz e produção da empresa Joia Artemiro. 
Bolsa "Batuque", criada por Mizael Lima e produzida por Simonni Assunção. FOTOS: João Ramid


Sentido da cultura - Sobre a participação do Polo Joalheiro do Pará no encontro, Cláudia Leitão, secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura (SEC/MinC), informou que é preocupação da SEC formular políticas para os territórios e arranjos produtivos, entendendo e ampliando o sentido da cultura para as criações funcionais, que incluem setores criativos que o Espaço São José Liberto trabalha. Setores que, segundo ela, estão diretamente ligados à Secretaria de Economia Criativa, que coordena quatro setoriais no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC): artesanato, arquitetura, design e moda.

“Conhecer o trabalho do São José Liberto, para nós, foi uma surpresa e satisfação. Uma surpresa porque não se imaginava, de certa forma, que já tivesse chegado a tal qualidade, a tal perfeição o trabalho que é realizado, hoje, por essa instituição tão importante para o Brasil. E dar visibilidade para isso é minha tarefa. É uma responsabilidade nossa divulgar e promover encontros de possíveis promoções de negócios, feiras, enfim, de apresentarmos, em Portugal esse território criativo paraense, que tem qualidade para estar presente em qualquer loja de exposição e vitrine do mundo”, destacou Cláudia Leitão.

O “Encontro Luso-Brasileiro de Territórios Criativos” integra a programação de encerramento das atividades do “Ano do Brasil em Portugal/Ano de Portugal no Brasil”, que tem como comissários gerais Antônio Grassi, presidente da Funarte (Brasil), e Miguel Horta, presidente da Fundação Luso-Brasileira (Portugal).

Cláudia Leitão e Rosa Helena Neves. FOTO: Manoel Pantoja - Ascom Igama Divulgação


Airton Fernandes Lisboa explicou que a palestra abordará as iniciativas do governo do Pará voltadas à economia criativa, às políticas de economia solidária e os planos para inserção econômica das populações de baixa renda. É uma oportunidade, segundo ele, de divulgação da diversidade de recursos naturais da Amazônia, hoje, “quando tanto se fala em sustentabilidade, preservação de recursos naturais e na própria cultural local”.

“Vamos aproveitar a oportunidade para mostrar um pouco do ambiente do Pará: nossas potencialidades com a diversidade e a abundância de recursos naturais, sua exploração, sua verticalização, o esforço do governo do Estado em atrair novos investimentos para agregação de valor e, assim, gerar emprego e renda. O que queremos passar para o outro continente é o que temos de bom aqui para ser explorado e a boa vontade do governo de aceitar quem vem para aqui se estabelecer”, explicou Airton, ressaltando que a Seicom foi criada para receber investidores, ordenar e fortalecer a produção local, envolvendo, inclusive, ações de apoio às políticas da economia solidária e criativa, representadas pelo Polo Joalheiro.

Anel e bracelete "Cortadoras", uma criação da designer Rosa Castro. FOTO: Ocione Garçon
 
 

Inovação – Serão expostas 40 peças, dentre bolsas, brincos, anéis, gargantilhas, maxi colares, braceletes, pingentes, terços, prendedores de gravata, broches e peças de artesanato de tipologias diversas. Os expositores fazem parte dos setores criativos do design, da joalheria, manualidades, moda e artesanato, que integram o Polo Joalheiro do Pará.

Rosa Helena Neves disse que o acervo de joias e acessórios de moda da mostra é uma coletânea que agrega peças de diversas coleções lançadas pelo Espaço São José Liberto, que tiveram consultoria da jornalista e consultora de Moda e Estilo Cristina Franco, da designer Regina Machado, consultora de Estilo do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), e de Rosângela Gouvêa Pinto, coordenadora do curso de Design da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

“Coube aos designers e mestres artesãos a complexa tarefa de criar e produzir verdadeiras obras de arte atemporais, que harmonizam a cultura, a natureza e o homem para a difusão da beleza”, frisou Rosa Helena Neves, que assina a curadoria da exposição juntamente com Clarisse Fonseca, curadora do Igama.

As obras que serão expostas agregam técnicas inovadoras, como a incrustação paraense (técnica especial de ourivesaria também chamada de “incrustação a frio”, desenvolvida pelo ourives Joelson Leão) e a utilização de gemas vegetais associadas às gemas minerais. Rosa Helena falará, no encontro, sobre estas e outras técnicas e experimentações desenvolvidas por profissionais que integram o Polo Joalheiro.

Ela destacou o aproveitamento de lentes de óculos CR19, inovação da designer Lídia Abrahim e da empresária Ana Maria Oliveira, que têm aprimorado o processo de reciclagem, que alia a beleza dos metais ao colorido das lentes. Já as gemas vegetais, criadas pelo artesão, pesquisador e mestre ourives Paulo Tavares, são uma nova possibilidade de agregar valor às joias.

 

Coleção Metamorfose Preciosa da Amazônia: pingente "Fada Rosa", com lentes CR19, uma criação da designer Lídia Abrahim, com produção de Hanna Mariah. FOTO: Ocione Garçon

 

As gemas vegetais são criadas a partir de matéria prima natural, como cascas, folhas, flores, frutos e raízes, por meio de um processo que prima pela sustentabilidade, com aproveitamento de resíduos descartados pela natureza ou pelo homem. Cada vez mais incorporadas ao trabalho de designers, artesãos e universitários paraenses, elas têm chamado a atenção também de pesquisadores e designers do fora do Estado e do exterior.

“As gemas vegetais, que são uma novidade no mercado, nascem de produtos extraídos das árvores e têm a proposta de gerar emprego e renda para pessoas de comunidades do interior do Estado, pois é nesses locais que se encontra essa matéria prima. Com isso, estamos buscando sustentabilidade econômica, social e ambiental”, disse Tavares.

Além das gemas vegetais e das lentes, os materiais utilizados para confeccionar as joias, acessórios de moda e manualidades da exposição foram metais nobres (ouro e prata), gemas minerais naturais e orgânicas, azulejos, porcelanas e matérias primas orgânicas, como ouriço de castanha, chifre de búfalo, casca de árvore, casca de cupuaçu, madrepérola de rio, escamas de peixe e madeiras, como coração de negro, angelim pedra, pupunheira e sucupira, além de fibra de tururi e outras fibras da Amazônia.

A exposição do Polo Joalheiro do Pará conta, ainda, com apresentação de João Jesus de Paes Loureiro, paraense de Abaetetuba, escritor, poeta, professor universitário mestre em Teoria da Literatura e Semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC)/Universidade de Campinas (Unicamp)/São Paulo e doutor em Sociologia da Cultura pela Sorbonne (França).

Confira, abaixo, a programação completa do encontro:

 

 Ascom/Igama


Leia também na Agência Pará de Notícias

 

FONTE: Blog do Espaço São José Liberto

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 00:48

Maio 24 2013

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 15:30
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Maio 04 2013
"Memória Afetiva", colar criado pela designer Celeste Heitmann. 
FOTO: Rodolfo Oliveira/Agência Pará

 

Um olhar contemporâneo sobre uma época áurea na história da capital paraense é o que o público encontra na coleção de joias que celebra o mês alusivo às mães, criada e confeccionada por profissionais do Polo Joalheiro do Pará. O modo de ser e viver na Belle Époque, em Belém, inspirou os designers e permitiu uma bela homenagem à cidade na exposição da Coleção de Joias do Dia das Mães, aberta nesta sexta-feira (3), às 18 horas, no Espaço São José Liberto.

Designers, ourives, cravadores, lapidários, produtores e demais profissionais que integram o Programa Polo Joalheiro, mantido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e gerenciado pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), oferecem ao público 30 joias na nova coleção, que se destacam pela riqueza de detalhes e composição, e remetem ao período em que Belém era a porta de entrada da Europa no Brasil.

A coleção tem brincos, colares, anéis e pulseiras feitas em metais nobres, como prata e ouro branco e amarelo, e que ganham o brilho das gemas minerais, como diamante, coral, pérola, rubi, granada, quartzo black, ônix e ametista.

 
 

 
Paris N’América - A ametista realça a criação do designer Felipe Braun. Em forma de rosa, o coral dá o tom romântico e luxuoso às joias criadas pela designer Lídia Abrahim. Já a esmeralda dá um toque especial às peças criadas pela designer Helena Bezerra, intituladas “Musa de Belém”. Helena conta que a inspiração nasceu da observação dos detalhes do teto de gesso da loja de tecidos Paris N’América, fundada em 1870, quando funcionava como ponto de encontro da sociedade paraense.

“É uma viagem ao passado da ‘francesinha do Norte’, como Belém era conhecida na época. É o início do ‘glamour’ e, até hoje, é um dos prédios que mais preservam a arquitetura do período”, ressalta Helena, explicando que o verde da gema é um elo com a questão ambiental, e a tendência de motivos florais da época em que Belém vivenciou o Ciclo da Borracha.

Além das gemas e metais, que dão cor e forma às joias, materiais inusitados ajudam a compor algumas peças da coleção, como as louças portuguesas, herança do pai da designer Celeste Heitmann, que usou os fragmentos para compor o colar em prata com gemas minerais, denominado “Memória afetiva”.

Ela explica que a joia foi inspirada na elegância, no estilo refinado e, sobretudo, no modo de viver da sociedade da época, no que diz respeito à arte decorativa. Segundo a designer, o colar tem estilo jovem, e valoriza artisticamente, por meio de uma herança, as joias contemporâneas, “dando condição de uso a peças antigas, resultando em algo novo e original”.

 

 
Brincos "Elegance", criação da designer Joseli Limão 
 

Inspiração – Azulejos, gradis, objetos decorativos em fachadas de prédios e formas inspiradas no Art Noveau, ainda presente no cenário de Belém, serviram de fonte de informação e inspiração para os designers, durante o Workshop de Geração de Produtos: “Viagens pela Belle Époque: Olhares sobre o cotidiano e o urbanismo da Belém no início do século XX”, promovido pelo Espaço São José Liberto em 2012. O workshop foi coordenado pela consultora Regina Machado, arquiteta, designer de joias, mestre em Comunicação dos Sistemas Simbólicos e doutora em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ).

Rosa Helena Neves, diretora do Espaço São José Liberto, ressalta que o lançamento da coleção no período de celebração do Dia das Mães motiva a escolha de um belo presente. “É uma joia com conteúdo, beleza, sofisticação e romance, que inspira desejo e celebra uma forma de viver que se eternizou na memória do paraense. E na perspectiva do consumo, a coleção tem um perfil acessível, que agrega bom preço à qualidade”, enfatiza a diretora.

Inovações - A lapidação diferenciada, técnica desenvolvida pela lapidária paraense Leila Salame, é outro destaque da exposição. Resultado de experimentações e técnicas que inovam o processo de criação e confecção das joias artesanais do Pará, Leila utiliza grafismos marajoaras para criar uma simetria nas gemas. A lapidação diferenciada, segundo ela, surgiu da vontade de criar além do tradicional, e, ao mesmo tempo, homenagear a cultura paraense.

A lapidação diferenciada pode ser vista nas criações das designers Marcilene Rodrigues e Joseli Limão, que trabalharam, respectivamente, com o quartzo fumê e o quartzo hialino. O anel “Glamour”, criado por Joseli Limão, realça esse tipo de lapidação e foi inspirado nos arabescos da Igreja de Santo Alexandre. A designer também criou o brinco “Elegance”, a partir de detalhes do gradil do Mercado de Ferro, contendo rubis e diamantes.

 
 A lapidação diferenciada se destaca anel e no pingente "Outono", criação da designer Marcilene Rodrigues. FOTO: Rodolfo Oliveira/Agência Pará de Notícias


Criatividade é o que não falta na nova coleção. Até “as folhas ao vento” serviram de inspiração para a designer Marcilene Rodrigues criar anéis, brincos e pingente. As joias, denominadas “Outono”, segundo ela retratam, de forma contemporânea, os caminhos sinuosos característicos da época, quando era comum retratar na arquitetura formas orgânicas de plantas. ”No dia que estávamos no Comércio (durante o workshop) olhando prédios, as praças, deu uma ventania forte, que eu associei a esse paisagismo pitoresco: os bosques, os parques da Belle Époque”, conta Marcilene.

Fazem parte da exposição as seguintes empresas e designers: HS Criações (Helena Bezerra), Danatureza (Joseli Limão), Sila Brasila (Marcilene Rodrigues e Rosáurea Simões), Hanna Mariah (Lídia Abrahim), Ourogema (Felipe Braun), Amazon Art (Lídia Abrahim), Bel Roque (B. Roque), Celeste Heitmann (C. Heitmann) e o produtor Joelson Leão (Fares Farage).

A exposição de joias do Dia das Mães pode ser visitada até 26 de maio, no espaço de exposições do Coliseu das Artes, no Polo Joalheiro do Pará/Espaço São José Liberto. A entrada é franca.

Serviço: Exposição de Joias do Dia das Mães no Polo Joalheiro do Pará. De 3 a 26 de maio, no horário de funcionamento do Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, bairro Jurunas), das 09 às 19 h (de 3ª a sábado) e das 10 às 18 h (aos domingos e feriados). Entrada Franca.

Leia também na Agência Pará de Notícias

Fotos: Rodolfo Oliveira/Agência Pará de Notícias

Ascom/Igama


FONTE: http://blog.saojoseliberto.com.br/2013/05/belle-epoque-inspira-colecao-de-joias.html

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 00:19

Abril 20 2013

Prefeitura Municipal de Tucuruí incentiva a arte da dança ao promover o "Didan 2013"


O município de Tucuruí, no sudeste do Pará, conhecido por sua imponenteusina hidrelétrica, a maior do país em termos de potência instalada, tem também grandes companhias de dança. Não é de hoje que o município aparece como vencedor de festivais dentro e fora do Pará, que são referências na área. Com esse intuito a Prefeitura Municipal de Tucuruí realiza, de 24 a 28 de abril, no Ginásio Poliesportivo e no Centro de Convenções do município, a segunda edição do Dia Internacional da Dança, o “Didan 2013”. 


Por conta de todo esse conteúdo e com o intuito de incentivar e relevar talentos, a administração pública local tem realizado ações que fomentem cada vez mais esta área artística. São festivais, capacitações, palestras, cursos, informações e eventos promovidos e apoiados com verbas públicas direcionadas à dança.


Para o “Didan 2013”, a Prefeitura de Tucuruí, através da Secretaria de Educação e Cultura, preparou uma agenda especial, alusiva à data comemorativa tão esperada por bailarinos, coreógrafos, professores e demais admiradores desta arte envolvente e encantadora.


Por meio de uma parceria firmada com o Instituto de Artes do Pará (IAP) será promovida capacitação em maquiagem artística para os artistas da cena, sejam eles da dança ou do teatro. Além das aulas de diversas técnicas de dança, durante o evento, os participantes também poderão assistir a filmes temáticos, visitar a exposição, aprender a preparar um “book bailarina” (álbum de fotos), aulas de coque, entre outras atividades.


Muita informação será disponibilizada não só para quem é da área, mas também para todos os que admiram e trabalham envolvidos pela arte de da dança. E o que é melhor, o “II Didan” é um evento em que todas as ações são gratuitas.


Para isso, a Prefeitura Municipal de Tucurui, além do IAP, conta com o apoio de Flávio Cosméticos - revendedor dos produtos Natura; Casa da Bailarina (Espaço Camarim); Tucuruí Shopping Center e Sistema Floresta de Comunicação.


  Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT) é referência do município. Foto: Raymonds Santos


CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO “DIDAN 2013”:


24.04 (Quarta) – Sala de Dança do Ginásio Poliesportivo, 09 às 11h e de 15h às 17h: Cine Ballet; Book Bailarina (o); Aula de coque e maquiagem. Aberto ao público em geral.


25.04 (Quinta) – Sala de Dança do Ginásio Poliesportivo, de 09 às 11h: mesma programação, sendo que somente para as turmas baby class do Ginásio Poliesportivo.


26.04 (Sexta) – Centro de Convenções, das 08h às 12h e 14h às 18h: Curso de maquiagem artística, direcionado ao público artístico.


27.04 (Sábado) – Centro de Convenções, das 08h às 12h e 17h às 21h: Curso de maquiagem artística, sendo que a partir das 19h, na praça de alimentação do Tucuruí Shopping, a Exposição Viva mostrará o resultado da oficina.


28.04 (Domingo) – Centro de Convenções, às 19h, sessão Dança Contemporânea.  Aberta ao público em geral.

 

Da Redação do Sistema Floresta de Comunicação, com colaboração de Rose Monteiro


Fotos (créditos):


Cartaz Didan 2013: a criação do  cartaz do “DIDAN” é de Jascy Escobar; e a versão 2013 é criação de Guto Silva.

FOTO: Prefeitura Municipal de Tucuruí/Divulgação


Foto da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT):  Raymonds Santos

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 19:36
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Abril 17 2013

Colar "Matinta", da Coleção "Manualidades:

Lapidando Tendências" - criação da designer Nilma Arraes.

FOTO: João Hamid

O trabalho de fomento ao setor produtivo de gemas, joias e artesanato, desenvolvido no Espaço São José Liberto será destaque no “Encontro Luso-Brasileiro de Economia Criativa para o Desenvolvimento Territorial”, que acontecerá em Lisboa (Portugal), nos dias 7 e 8 de junho de 2013, no Espaço Brasil, administrado pela Funarte (Fundação Nacional de Artes). O evento é uma realização do Ministério da Cultura (Minc), por meio da Secretaria de Economia Criativa.

O encontro faz parte da programação de encerramento das atividades do “Ano do Brasil em Portugal/Ano de Portugal no Brasil”, que tem como comissários gerais Antônio Grassi, presidente da Funarte, e Miguel Horta, presidente da Fundação Luso-Brasileira.

Apenas duas experiências brasileiras e duas portuguesas serão apresentadas durante o evento, cuja programação inclui apresentações e intercâmbios de experiências de economia criativa e desenvolvimento territorial. Do Brasil, foram convidados dois Estados: Pará e Minas Gerais.

 

O trabalho de fomento ao setor produtivo de gemas, joias e artesanato, desenvolvido no Espaço São José Liberto será destaque no “Encontro Luso-Brasileiro de Economia Criativa para o Desenvolvimento Territorial”, que acontecerá em Lisboa (Portugal), nos dias 7 e 8 de junho de 2013, no Espaço Brasil, administrado pela Funarte (Fundação Nacional de Artes). O evento é uma realização do Ministério da Cultura (Minc), por meio da Secretaria de Economia Criativa.

O encontro faz parte da programação de encerramento das atividades do “Ano do Brasil em Portugal/Ano de Portugal no Brasil”, que tem como comissários gerais Antônio Grassi, presidente da Funarte, e Miguel Horta, presidente da Fundação Luso-Brasileira.

Apenas duas experiências brasileiras e duas portuguesas serão apresentadas durante o evento, cuja programação inclui apresentações e intercâmbios de experiências de economia criativa e desenvolvimento territorial. Do Brasil, foram convidados dois Estados: Pará e Minas Gerais.

O Estado do Pará será representado no encontro pelo Programa Polo Joalheiro do Pará, desenvolvido no Espaço São José Liberto, que se tornou referência de política pública e projeto de economia criativa. A outra experiência brasileira é o Polo Criativo Zona da Mata Mineira.

Acessórios de Moda: Carteira "Floresta" - 

criação da designer Rosa Castro. FOTO: João Hamid


EXPOSIÇÃO - O Pará também foi convidado para participar da exposição “Cultura e Natureza: Design, Moda e Manualidades Amazônicas”, que ocorrerá de 7 a 10 de junho, também no Espaço Brasil, em Lisboa. Na ocasião, serão expostos acessórios de moda, joias e manualidades criadas e confeccionadas por profissionais vinculados ao Espaço São José Liberto.

Além da experiência do Polo Joalheiro, o governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), divulgará o Projeto Plataforma Criativa, coordenado pela Diretoria de Comércio e Serviço da Seicom.

Para o governo do Estado, o convite feito pelo Ministério da Cultura é um reconhecimento ao trabalho artístico, produtivo, social e cultural desenvolvido no Espaço São José Liberto. “Esse trabalho é resultado de uma perfeita integração entre o governo do Estado, a Organização Social (que gerencia o espaço), empreendedores, empresas e organizações empresariais que, ao longo do tempo, transformaram o Espaço São José Liberto e o Programa Polo Joalheiro em referência nacional e internacional de espaço e projeto de capacitação e inclusão econômica, como gerador de emprego e renda e, agora, ainda mais fortalecido com o movimento da economia criativa”, ressaltou Airton Fernandes Lisboa, diretor de Desenvolvimento do Comércio e de Serviço da Seicom.

 

Bracelete "Equilíbrio Amazônico I", criação da designer Rosaurea Simões. FOTO: João Hamid 


CULTURA – O fomento à economia criativa, que considera a cultura como eixo estratégico de desenvolvimento, está na agenda de desenvolvimento econômico de vários países. Atividades de setores criativos desenvolvidas geograficamente próximas são chamadas de cidades criativas ou territórios criativos - espaços onde a economia criativa se mostra intensa ou com capacidade de desenvolvimento.

No Brasil, em uma iniciativa do Minc, o Plano Brasil Criativo (PBC) visa desenvolver e fortalecer os setores criativos, para incentivar o crescimento da economia nacional. O Plano está pautado na valorização do potencial humano, respeitando as diferenças e a diversidade de setores criativos de cada região do Brasil.

No Pará, o Espaço São José Liberto é considerado um território criativo desde sua criação, em 2002. De acordo com Rosa Helena Neves, diretora executiva da instituição, o local desenvolve suas ações tendo como eixos estratégicos a diversidade cultural amazônica, a inclusão social produtiva, a sustentabilidade e a inovação, a partir de materiais extraídos da floresta. A referência é a dimensão cultural material e imaterial da Amazônia.

Colar "Sonoro", criado pelo designer Misael Lima.

FOTO: João Hamid


 

“Joias, acessórios de moda e manualidades são criados com um design universal, em que a cultura, a natureza e o homem se harmonizam na geração da riqueza cultural e econômica”, ressaltou a diretora, acrescentando que, neste território (material e imaterial) foram organizadas cadeias produtivas de setores criativos, como as de joalheria, moda, culinária (representada nos licores, doces e bombons regionais comercializados na Casa do Artesão), artesanato e arquitetura.

“É a criação, produção, distribuição e mercado em sintonia com uma proposta inovadora de revelar talentos, gerar trabalho e renda para microempreendedores”, reiterou Rosa Helena Neves.

Ascom/Igama (Com informações da Secretaria de Economia Criativa do Minc)

 

LEIA TAMBÉM AQUI E AQUI:  São José Liberto é exemplo de Economia Criativa

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 16:04

Março 07 2013
Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 03/03/2013 às 16:07

Jardim da Liberdade do Espaço São José Liberto. FOTO CLÁUDIO SANTOS AG. PARÁ



Um crescimento de 30% nas vendas realizadas em 2012 e de 10% no número de visitantes, em relação ao ano anterior, além de profissionais selecionados em concursos internacionais de joias e bijuterias, são alguns resultados das ações desenvolvidas no Espaço São José Liberto, onde funcionam o Museu de Gemas do Pará, o Polo Joalheiro e a Casa do Artesão.

 

Referência cultural, artística, arquitetônica e de comercialização de joias e artesanato do Pará, o São José Liberto é administrado pela Organização Social Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), que investe em ações destinadas a estimular o crescimento de vendas e da visitação, e ampliar a participação do Polo Joalheiro em eventos comerciais nacionais e internacionais.

 

Com a parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), o Igama firmou parcerias com a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), a Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e com a Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav).

 

O resultado desse trabalho em conjunto está no crescimento das vendas no espaço, que totalizaram no ano passado R$ 1.652.672,55. Desse total, a loja UNA – administrada pelo Igama e que reúne os trabalhos de 40 pequenos empreendedores - foi responsável por R$ 918.574,23. O número de visitantes chegou a 288.015, uma média de 24 mil pessoas por mês, o equivalente a 10% a mais que o número registrado em 2011.

 

SURPRESAS - As amigas Érika Neves e Renata Erler (FOTO), que visitaram pela primeira vez o São José Liberto na manhã do último sábado (2), se disseram “encantadas” com o espaço e os produtos. “Todos têm de vir aqui. É surpreendente! Muito lindo mesmo!. Nunca imaginei que existia um trabalho desses aqui. Já comprei uma joia que retrata muito bem o meu Estado. Já vou trazer duas outras amigas em outubro”, declarou Érika, que é paraense mas está fora de Belém há 18 anos.

 

Renata, natural de Vitória, no Espírito Santo, também afirmou ter ficado “extasiada” com o local e as joias. “Isso aqui é maravilhoso. É muito bom ver essa transformação de um prédio que era um presídio, que lembra violência, em um local de coisas lindas como estas joias e artesanato. A gente se surpreende com este local”, ressaltou.

 

No São José Liberto funcionam seis lojas de venda de joias, ocupadas por várias pequenas empresas. Uma delas, a Belém da Saudade, comercializa joias antigas. A proprietária, Conceição Souza, informou que o movimento é grande na loja. “A receptividade é muito boa. São joias que fazem as pessoas recordar o passado, pois são difíceis de encontrar. As pessoas vêm aqui comprar essas joias porque gostam, e ainda há aqueles que compram para dizer que são joias de família, que pertenciam aos bisavós”, contou.

 

Conceição Souza, proprietária da Loja Belém da Saudade. FOTO CLÁUDIO SANTOS AG. PARÁ

 

PREMIAÇÕES – O reconhecimento ao trabalho desenvolvido no Polo Joalheiro se reflete, também, na projeção que os profissionais vinculados ao espaço vêm angariando, dentro e fora do país, nos segmentos joalheiro e artesanal.

 

Em 2012, quatro designers vinculados ao Polo foram selecionados no concurso internacional Bijoux d’Autore 2012, realizado na Itália. Entre as quatro selecionadas, Nilma Arraes ficou entre as 10 primeiras colocadas. As demais selecionadas foram Bárbara Muller, Mônica Matos e Marcilene Rodrigues.

 

No maior concurso internacional de joias em ouro, o AngloGold Ashanti AuDITIONS, promovido pela mineradora AngloGold Ashanti, da África do Sul, a designer paraense Selma Montenegro, natural de Afuá, no Arquipélago do Marajó, ficou entre as 18 finalistas, com o colar denominado “Açaí” . Em agosto, o Espaço São José Liberto receberá a exposição das joias vencedoras do concurso.

 

Na área de artesanato, a peça “Bufalo Montado”, do mestre Darlindo Oliveira Pinto, natural de Monte Alegre, no oeste paraense, foi agraciada com o certificado da terceira edição do “Reconhecimento de Excelência da Unesco para os produtos artesanais do Mercosul+”. Darlindo Oliveira é um dos mestres balateiros – profissionais que fazem miniaturas com a balata, uma goma elástica semelhante à seiva da seringueira -, que comercializam suas peças na Casa do Artesão.

 

Joias e artesanato do Espaço São José Liberto receberam premiações em 2012.

FOTO CLÁUDIO SANTOS AG. PARÁ

 

EIXOS - Rosa Helena Neves (FOTO), diretora executiva do Igama, ressaltou que o reconhecimento desse trabalho é fruto de três eixos de atuação. “Capacitação e inovação tecnológica, promoção de ações dentro e fora do espaço e a preservação do espaço. As joias produzidas aqui já têm uma identidade. Elas são culturais e históricas. O designer imprime nas joias os símbolos e ícones da região amazônica, numa perspectiva contemporânea, enfatizando a sustentabilidade, que é um tema atual. A joia paraense tem uma tradução de tudo o que somos na Amazônia. Ela mostra para o mundo a universalização da região”, explicou a diretora.

 

Segundo ela, 50% dos visitantes do espaço compram joia ou artesanato, ou peças dos dois segmentos. No São José Liberto também são comercializados acessórios de moda, setor incentivado pela parceria com instituições de ensino superior, como a Universidade do Estado do Pará (Uepa), a Universidade da Amazônia (Unama), a Faculdade do Pará/Estácio (FAP) e o Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (Iesam), visando a formação de novos profissionais.

 


Texto:
Antenor Filho - Secom
Fone: (91) 3202-0912 /  (91) 8122-5456
Email: antenorfilho@agenciapara.com.br

 

Secretaria de Estado de Comunicação
Rodovia Augusto Montenegro, km 09 - Coqueiro - Belém - PA CEP.: 66823-010
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Site: www.agenciapara.com.br Email: gabinete@secom.pa.gov.br

FONTE: Agência Pará de Notícias
publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 13:27

Janeiro 25 2013

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 19:11
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Janeiro 25 2013

Show lúdico e artístico, o “MagicAct 6” promete levar magia, arte e muita alegria ao Espaço São José Liberto no próximo domingo (27). Com uma uma vasta programação que incluirá brincadeiras e apresentações inusitadas de mágica com música, o espetáculo é uma parceria entre o Círculo Mágico da Itália e o Círculo Mágico Mago Sales, de Belém, formado por oito artistas. O espetáculo contará com a participação especial do cantor italiano Guido Oddenino. A programação acontecerá no anfiteatro do Coliseu das Artes, das 17 às 19 horas, com entrada franca.

O “MagicAct” já se tornou tradição na cidade, sendo prestigiado por crianças, jovens e adultos, que também se divertem e apreciam o evento. Criado pelo mágico e ventríloquo italiano Rafael Voltan, o espetáculo homenageia o Dia Mundial do Mágico, comemorado no dia 31 de janeiro, data da morte de São João Bosco (em 1888), considerado o padroeiro dos mágicos.

O Espaço São José Liberto, que tem como mantenedora a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), sendo gerenciado pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), sedia o “MagicAct” desde a sua primeira edição. “Esse evento vem se consolidando ao longo do tempo em nossa Belém, tanto pelo público que comparece tradicionalmente, como pelo trabalho feito com excelência por cada membro do Círculo Mágico”, comemora o historiador e mágico Paulo Carvalho, um dos coordenadores do grupo, junto com Rafael Voltan, que mora na Itália, berço de grandes mestres da mágica.

O coordenador explica que, a cada ano, novas brincadeiras e números internacionais de mágica são incorporados ao espetáculo. Ele também adianta que Rafael Voltan fará, da Itália, uma parcicipação especial no espetáculo, numa interação virtual entre o mágico e o público.

O elenco do Círculo Mágico Mago Sales, além de Rafael Voltan e Paulo Carvalho, é formado por Romeu Lins, Allan Leite, Maycon Yuri, Natan Corrêa, Danton Felipe e Luiz Pardal. Quase todos os mágicos desenvolvem a função paralelamente a outros ofícios, como é o caso do instrumentista, compositor e arranjador Luiz Pardal, músico paraense reconhecido internacionalmente.

Fazer mágica, para os participantes do Círculo Mágico Mago Sales, é um enorme prazer, como enfatiza Dalton Felipe. “Ela (a mágica) pode fazer com que coisas pequenas e simples tornem-se grandes, trazendo, assim, alegria para as pessoas”.

 

Crianças interagem com os mágicos. FOTO: Igama/Divulgação


INTERATIVIDADE – O fascínio da mágica envolve crianças do mundo inteiro. Com olhos curiosos e envolvidos pela magia da arte, os pequenos acompanham cada movimento feito pelo mágico. E espetáculos de qualidade internacional, como o “MagicAct”, observa Paulo Carvalho, seguem tendências universais ao incorporar programação diversificada às apresentações.

Paulo Carvalho explica que, nesta edição, o show será dividido em duas partes, sendo que cinco mágicos se apresentarão no palco e seis na área denominada “Close-up”, que significa mágica de proximidade, um estilo que “impressiona o público com números inéditos e impactantes”.

Na primeira parte do espetáculo serão mostrados números de música no palco montado no Coliseu das Artes do Espaço São José Liberto. Ao mesmo tempo, mágicos circularão pelo ambiente interagindo com o público. O cantor italiano Guido Oddenino participará desse momento do show, interpretando canções em italiano. Já para a segunda parte do espetáculo estão reservadas cinco apresentações da conhecida “mágica de palco”.

Paulo Carvalho, que é especialista em ilusionismo, diz que a intenção do grupo é, a cada ano, surpreender cada vez mais o público: “Números impressionantes acontecerão, como levitações, aparições e desaparições de objetos, mágicas com fogo e efeitos de luz. Enfim, muita mágica e música; tudo envolto em um clima, ao mesmo tempo, misterioso e lúdico”.

 

Público sempre prestigia o MagicAct no Coliseu das Artes. FOTO: Igama/Divulgação 



HISTÓRIA – O Círculo Mágico Mago Sales, atualmente, realiza suas reuniões e ensaios no Parque da Residência (Bairro de São Brás), sede da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult/PA). Antes, os ensaios eram realizados na Escola Salesiana do Trabalho (Pedreira), onde, em 2007, Rafael Vontan fundou a primeira Escola de Mágica do Norte do Brasil, com o apoio do salesiano Antonio Stefani.

A mágica surgiu cedo na vida de Voltan. Apesar de ser brasileiro, ele foi adotado por um casal italiano, indo morar naquele país com apenas 2 anos de idade. Aos 16 anos, na cidade de Givoletto, em Turim (Itália), ele aprendeu as primeiras técnicas de mágica e micromágica na escola de Dário Moda.

Turim, considerada um centro de formação de mágicos, abriga o Círculo Amigos da Mágica, do qual Rafael Voltan fez parte e onde conheceu o padre salesiano Mago Sales, seu mestre em técnicas de mágica e brincadeiras lúdicas.

 

A Itália, considerada berço mundial da mágica, sediará, em julho de 2015, a próxima edição do FISM (World Championship of Magic), o maior evento de mágica do Universo, que acontece de três em três anos - o último aconteceu na Inglaterra, em 2012.

Foi em Turim, na biblioteca do Mago Sales, que abriga mais de 5 mil exemplares do gênero, que Rafael Voltan aprendeu a arte das sombras chinesas, do orígamo e das esculturas em balões, além do ventriloquismo.

Sempre em busca de aperfeiçoamento, o mágico frequentou a Escola de Teatro Físico de Philip Radice, onde estudou a arte da pantomima, do uso da máscara, da acrobacia, do malabarismo, entre outras.

O trabalho desenvolvido na Fundação Mago Sales foi o que motivou, em 2007, a vinda do mágico Rafael Voltan para a capital paraense. Com o domínio das técnicas de mágica e a experiência adquirida organizando espetáculos e eventos sociais, Voltan, atualmente com 31 anos, tem como preocupação levar a arte e o riso para todas as platéias, principalmente para crianças que não têm como custear eventos do gênero.

 

Fazer com que a mágica seja um elemento transformador de realidades, ajudando a retirar crianças e jovens carentes das ruas também é uma estratégia adotada pela Escola de Mágica, que, além de oficinas de iniciação a esta arte, também realiza apresentações filantrópicas em diversos locais da capital, especialmente em hospitais, como o Barros Barreto e o Ophir Loyola.

 

Serviço: “MagicAct 6”, programação em homenagem ao Dia Mundial do Mágico. Domingo (27), de 17 as 19h, no Coliseu das Artes, Espaço São José Liberto (Pç. Amazonas, s/n, Jurunas). Entrada franca. Realização: Círculo Mágico Mago Sales e Círculo Mágico da Itália.

Contatos: (91) 8223-3946 e 8155-5845 – Paulo Carvalho.

 

           Primeira foto: Círculo Mágico Mago Sales/Divulgação

 

                                                   Ascom/Igama

 

                   FONTE: http://blog.saojoseliberto.com.br/2013/01/sao-jose-liberto-recebera-sexta-edicao.html

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 18:51
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