Simplesmente Lu

Setembro 17 2014

Da Tribu prepara lançamento da sua nova coleção, "Pontear"

 

 

 

É com a flexibilidade do látex, pontuada por cores, nós e movimentos criativos desenrolados pelas mãos da artesã Kátia Fagundes que está nascendo a “Pontear”, nova coleção de adornos e adereços da empresa “Da Tribu – Acessórios”. A coleção comemora os cinco anos de existência da marca firmando seu conceito baseado em produção coletiva e participativa.

 

Ao ver o contexto além do produto, os acessórios da “Tribu” nascem de mentes férteis ligadas por pontes de afetos e laços fortalecidos por uma cadeia colaborativa aberta a novas conexões.

 

Com lançamento previsto para novembro próximo, durante o Amazônia Fashion Wek, o conceito da nova coleção foi apresentado na manhã do último sábado (13), na Gourmeteria Villa Toscana.

 

O evento foi destinado a jornalistas, assessores de imprensa, empresários, artesãos e amigos da marca, convidados a participar da programação que promoveu troca de ideias e atividades lúdicas para estimular criatividade de cada participante. Propostas que vão fazer parte do processo criativo das novas peças.  

 

O trabalho envolve toda a família da artesã, que junto com sua filha, Tainah Fagundes, abriu a programação falando sobre a temática da nova criação, ponteada pela sociabilidade, coletivos produtivos e novas formas de organização. A ideia é criar mais do que laços: é estabelecer conexões baseadas em parcerias, nas novas formas de relações contemporâneas, em especial de quem dialoga com o trabalho da “Tribu”.

 

Conexões como a roda que Moahra Fagundes coordenou carregando no colo, afetuosamente, o pequeno Manih. Canções ciganas entoaram algumas coreografias da Roda de Dança Circular, da qual participaram todos os convidados, encaminhados, na sequencia, para a sala onde aconteceu a palestra “Design Participativo: Ponteando sentimentos”, com a designer Sâmia Batista.

 

“Na dança circular todos se integraram; a intenção era essa. Acho que por meio dessas redes a gente pode criar coisas novas”, frisou Tainah Fagundes, ao apresentar a palestrante, lembrando que o discurso da “Tribu” também é o de colaboração com a expressão das escolhas de cada indivíduo. “A intenção é abastecer a Kátia, que já tem esse caminho de inspiração. Agora ela quer refletir vocês na coleção, e a gente vai equipá-la com mais referências”, completou, referindo-se ao momento lúdico da programação, quando os convidados criaram painéis em cartolinas brancas utilizando retalhos de tecidos, lápis de cor e de cera, miçangas, lã e outros.

 

Ao final, os participantes assistiram a apresentação de voz e violão de Lucas Guimarães.

 

A designer Sâmia Batista falou sobre parcerias, mapas tipográficos e outros temas

 

Ponteando sentimentos – Durante a palestra, Sâmia Batista questionou se cada pessoa é o agente de mudança que desejaria ser. Ela falou sobre atitudes que podem fazer a diferença, especialmente quando as pessoas se unem em torno de um objetivo em comum. A designer citou um trabalho de reutilização de móveis e encontros com pessoas interessadas em trocar receitas e experiências sobre gastronomia.

 

“A gente sabe que a cena de Belém é forte, é profusa, mas a gente não se organiza”, identificou, destacando a importância das parcerias na utilização, por exemplo, de espaços virtuais para a divulgação de trabalhos afins com compartilhamento de despesas por meio de uma estrutura colaborativa.

Ao mostrar uma criação da designer gráfica e pintora Paula Scher, também reconhecida por seus “mapas tipográficos” - de desenhos feitos com palavras a partir de mapas reais - Sâmia falou mais sobre a parte prática do encontro, que gerou mapas visuais coletivos.

 

“Eu quis trazer essa imagem (mapa) para tentar mostrar para vocês o que a gente está visualizando. De todos estes conceitos falados foram geradas muitas palavras e a gente usou essas palavras para a comunicação quando chamou ‘pontear afetos’, ‘pontear amizades’... Queremos trazer estas palavras e estes conceitos com mais força para nos inspirar visualmente”, explicou. 

 

 A nova coleção unirá novas e antigas referências do trabalho desenvolvido pela empresa

 

Pontear - O símbolo deste novo caminho da marca “Da Tribu” tem na plasticidade do látex, matéria-prima amazônica de múltiplas utilidades que encanta tribos diversas, a síntese de sua trajetória: caminhos ponteados pela criação e recriação de objetos que comunicam cuidado com a natureza e o homem amazônida no modo de fazer e no manejo sustentável dos insumos da floresta.

 

A partir de referências anteriores e novas inspirações, a coleção “Pontear” dá seguimento ao trabalho artesanal desenvolvido pela “Tribu” ao longo destes anos. As formas geométricas envelhecidas resultantes do papel reciclado com sementes da floresta e o trabalho de chochê que revela “antigos saberes, ancestralidade e pertencimento” de mãos criativas e parceiras, características da última coleção, a Sumos Solares, também pontearam as novas criações. 

 

Com a chegada da coleção “Pontear” também serão fortalecidas parcerias de mais de dois anos entre a marca e mãos criativas da comunidade extrativista do Assentamento Paulo Fonteles, com suas tecnologias inovadoras. Para o novo ciclo, a cadeia afetiva da “Tribu” ganha novos parceiros, entre eles os artistas visuais Starlone Souza, Carla Beltrão e Encauchados da Amazônia.

 

Como no movimento de uma dança circular, do yin yang ou das mandalas coloridas, a coleção “Pontear” é a representação de um círculo flexível e dinâmico de afetos ponteados pelo látex em acessórios que expressam  individualidades e marcam o ponto de partida para infinitas descobertas.

 

Serviço: Os produtos da “Tribo” podem ser encontrados na Casa do Artesão do Espaço São José Liberto e na loja “Da Tribo – Acessórios”, situada na Rua Antônio Barreto, 810. Fátima. Contatos: (91) 8327-6779 e 8032-0415.

 

Texto e fotos: Luciane Fiuza

 

Veja mais fotos no álbum do meu Face ou AQUI - FANPAGE "DA TRIBU"

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 18:24

Maio 30 2013

Joias e artesanato do Pará serão expostos em Portugal

 O anel “Desabrochar”, com gema vegetal de açaí e prata, uma criação de Ivam Pereira, estará na exposição.
FOTO Ocione Garçon

Joias, moda e artesanato do Polo Joalheiro do Pará poderão ser vistos na exposição “Cultura e Natureza: o Luxo do Design, Moda e Manualidades Amazônicas”, que faz parte da ampla e variada programação artística do “Encontro Luso-Brasileiro de Territórios Criativos”, evento que debaterá cultura, criatividade e desenvolvimento territorial, marcando o encerramento do Ano do Brasil em Portugal.

A exposição acontece de 7 a 09 de junho deste ano, no Espaço Brasil, em Lisboa (Portugal), situado no LX Factory, local em que a Funarte (Fundação Nacional das Artes) concentra a programação do encontro - uma iniciativa do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Economia Criativa (SEC/MinC).

Já a exposição é uma realização da Secretaria da Economia Criativa, em parceria com o governo do Pará, por meio da Secretaria Especial de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção (Sedip), Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama).

Conferências e palestras integram a programação do encontro, que mostrará cases de territórios criativos do Brasil e de Portugal. Entre as experiências brasileiras, além do Espaço São José Liberto (Polo Joalheiro), representando o Pará e a Amazônia brasileira, Minas Gerais será representada pelo Polo Criativo da Zona da Mata Mineira.

Além da exposição, a experiência desenvolvida pelo Polo Joalheiro do Pará será apresentada por Rosa Helena Neves, diretora executiva do Espaço São José Liberto, e Airton Fernandes Lisboa, diretor de Desenvolvimento de Comércio e Serviço da Seicom. Eles falarão sobre o tema “Programa Polo Joalheiro do Pará/Espaço São José Liberto: o simbólico e o material da cultura – uma experiência de território criativo na Amazônia”.

O Espaço São José Liberto é reconhecido como um território criativo, que reúne um grupo de designers, mestres artesãos, ourives, fornecedores de matéria prima local e microempresários paraenses, sendo considerado referência na área de economia criativa pelo MinC. O espaço, desde 2002, ano de sua inauguração, desenvolve atividades que integram setores criativos, como artesanato, joalheria, moda, design, gastronomia, música, teatro, literatura e patrimônio cultural.

 

Bolsa "Cuia de Cupuaçu", criação de Argemiro Münoz e produção da empresa Joia Artemiro. 
Bolsa "Batuque", criada por Mizael Lima e produzida por Simonni Assunção. FOTOS: João Ramid


Sentido da cultura - Sobre a participação do Polo Joalheiro do Pará no encontro, Cláudia Leitão, secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura (SEC/MinC), informou que é preocupação da SEC formular políticas para os territórios e arranjos produtivos, entendendo e ampliando o sentido da cultura para as criações funcionais, que incluem setores criativos que o Espaço São José Liberto trabalha. Setores que, segundo ela, estão diretamente ligados à Secretaria de Economia Criativa, que coordena quatro setoriais no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC): artesanato, arquitetura, design e moda.

“Conhecer o trabalho do São José Liberto, para nós, foi uma surpresa e satisfação. Uma surpresa porque não se imaginava, de certa forma, que já tivesse chegado a tal qualidade, a tal perfeição o trabalho que é realizado, hoje, por essa instituição tão importante para o Brasil. E dar visibilidade para isso é minha tarefa. É uma responsabilidade nossa divulgar e promover encontros de possíveis promoções de negócios, feiras, enfim, de apresentarmos, em Portugal esse território criativo paraense, que tem qualidade para estar presente em qualquer loja de exposição e vitrine do mundo”, destacou Cláudia Leitão.

O “Encontro Luso-Brasileiro de Territórios Criativos” integra a programação de encerramento das atividades do “Ano do Brasil em Portugal/Ano de Portugal no Brasil”, que tem como comissários gerais Antônio Grassi, presidente da Funarte (Brasil), e Miguel Horta, presidente da Fundação Luso-Brasileira (Portugal).

Cláudia Leitão e Rosa Helena Neves. FOTO: Manoel Pantoja - Ascom Igama Divulgação


Airton Fernandes Lisboa explicou que a palestra abordará as iniciativas do governo do Pará voltadas à economia criativa, às políticas de economia solidária e os planos para inserção econômica das populações de baixa renda. É uma oportunidade, segundo ele, de divulgação da diversidade de recursos naturais da Amazônia, hoje, “quando tanto se fala em sustentabilidade, preservação de recursos naturais e na própria cultural local”.

“Vamos aproveitar a oportunidade para mostrar um pouco do ambiente do Pará: nossas potencialidades com a diversidade e a abundância de recursos naturais, sua exploração, sua verticalização, o esforço do governo do Estado em atrair novos investimentos para agregação de valor e, assim, gerar emprego e renda. O que queremos passar para o outro continente é o que temos de bom aqui para ser explorado e a boa vontade do governo de aceitar quem vem para aqui se estabelecer”, explicou Airton, ressaltando que a Seicom foi criada para receber investidores, ordenar e fortalecer a produção local, envolvendo, inclusive, ações de apoio às políticas da economia solidária e criativa, representadas pelo Polo Joalheiro.

Anel e bracelete "Cortadoras", uma criação da designer Rosa Castro. FOTO: Ocione Garçon
 
 

Inovação – Serão expostas 40 peças, dentre bolsas, brincos, anéis, gargantilhas, maxi colares, braceletes, pingentes, terços, prendedores de gravata, broches e peças de artesanato de tipologias diversas. Os expositores fazem parte dos setores criativos do design, da joalheria, manualidades, moda e artesanato, que integram o Polo Joalheiro do Pará.

Rosa Helena Neves disse que o acervo de joias e acessórios de moda da mostra é uma coletânea que agrega peças de diversas coleções lançadas pelo Espaço São José Liberto, que tiveram consultoria da jornalista e consultora de Moda e Estilo Cristina Franco, da designer Regina Machado, consultora de Estilo do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), e de Rosângela Gouvêa Pinto, coordenadora do curso de Design da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

“Coube aos designers e mestres artesãos a complexa tarefa de criar e produzir verdadeiras obras de arte atemporais, que harmonizam a cultura, a natureza e o homem para a difusão da beleza”, frisou Rosa Helena Neves, que assina a curadoria da exposição juntamente com Clarisse Fonseca, curadora do Igama.

As obras que serão expostas agregam técnicas inovadoras, como a incrustação paraense (técnica especial de ourivesaria também chamada de “incrustação a frio”, desenvolvida pelo ourives Joelson Leão) e a utilização de gemas vegetais associadas às gemas minerais. Rosa Helena falará, no encontro, sobre estas e outras técnicas e experimentações desenvolvidas por profissionais que integram o Polo Joalheiro.

Ela destacou o aproveitamento de lentes de óculos CR19, inovação da designer Lídia Abrahim e da empresária Ana Maria Oliveira, que têm aprimorado o processo de reciclagem, que alia a beleza dos metais ao colorido das lentes. Já as gemas vegetais, criadas pelo artesão, pesquisador e mestre ourives Paulo Tavares, são uma nova possibilidade de agregar valor às joias.

 

Coleção Metamorfose Preciosa da Amazônia: pingente "Fada Rosa", com lentes CR19, uma criação da designer Lídia Abrahim, com produção de Hanna Mariah. FOTO: Ocione Garçon

 

As gemas vegetais são criadas a partir de matéria prima natural, como cascas, folhas, flores, frutos e raízes, por meio de um processo que prima pela sustentabilidade, com aproveitamento de resíduos descartados pela natureza ou pelo homem. Cada vez mais incorporadas ao trabalho de designers, artesãos e universitários paraenses, elas têm chamado a atenção também de pesquisadores e designers do fora do Estado e do exterior.

“As gemas vegetais, que são uma novidade no mercado, nascem de produtos extraídos das árvores e têm a proposta de gerar emprego e renda para pessoas de comunidades do interior do Estado, pois é nesses locais que se encontra essa matéria prima. Com isso, estamos buscando sustentabilidade econômica, social e ambiental”, disse Tavares.

Além das gemas vegetais e das lentes, os materiais utilizados para confeccionar as joias, acessórios de moda e manualidades da exposição foram metais nobres (ouro e prata), gemas minerais naturais e orgânicas, azulejos, porcelanas e matérias primas orgânicas, como ouriço de castanha, chifre de búfalo, casca de árvore, casca de cupuaçu, madrepérola de rio, escamas de peixe e madeiras, como coração de negro, angelim pedra, pupunheira e sucupira, além de fibra de tururi e outras fibras da Amazônia.

A exposição do Polo Joalheiro do Pará conta, ainda, com apresentação de João Jesus de Paes Loureiro, paraense de Abaetetuba, escritor, poeta, professor universitário mestre em Teoria da Literatura e Semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC)/Universidade de Campinas (Unicamp)/São Paulo e doutor em Sociologia da Cultura pela Sorbonne (França).

Confira, abaixo, a programação completa do encontro:

 

 Ascom/Igama


Leia também na Agência Pará de Notícias

 

FONTE: Blog do Espaço São José Liberto

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 00:48

Janeiro 25 2013

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 19:11
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Janeiro 25 2013

Show lúdico e artístico, o “MagicAct 6” promete levar magia, arte e muita alegria ao Espaço São José Liberto no próximo domingo (27). Com uma uma vasta programação que incluirá brincadeiras e apresentações inusitadas de mágica com música, o espetáculo é uma parceria entre o Círculo Mágico da Itália e o Círculo Mágico Mago Sales, de Belém, formado por oito artistas. O espetáculo contará com a participação especial do cantor italiano Guido Oddenino. A programação acontecerá no anfiteatro do Coliseu das Artes, das 17 às 19 horas, com entrada franca.

O “MagicAct” já se tornou tradição na cidade, sendo prestigiado por crianças, jovens e adultos, que também se divertem e apreciam o evento. Criado pelo mágico e ventríloquo italiano Rafael Voltan, o espetáculo homenageia o Dia Mundial do Mágico, comemorado no dia 31 de janeiro, data da morte de São João Bosco (em 1888), considerado o padroeiro dos mágicos.

O Espaço São José Liberto, que tem como mantenedora a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), sendo gerenciado pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), sedia o “MagicAct” desde a sua primeira edição. “Esse evento vem se consolidando ao longo do tempo em nossa Belém, tanto pelo público que comparece tradicionalmente, como pelo trabalho feito com excelência por cada membro do Círculo Mágico”, comemora o historiador e mágico Paulo Carvalho, um dos coordenadores do grupo, junto com Rafael Voltan, que mora na Itália, berço de grandes mestres da mágica.

O coordenador explica que, a cada ano, novas brincadeiras e números internacionais de mágica são incorporados ao espetáculo. Ele também adianta que Rafael Voltan fará, da Itália, uma parcicipação especial no espetáculo, numa interação virtual entre o mágico e o público.

O elenco do Círculo Mágico Mago Sales, além de Rafael Voltan e Paulo Carvalho, é formado por Romeu Lins, Allan Leite, Maycon Yuri, Natan Corrêa, Danton Felipe e Luiz Pardal. Quase todos os mágicos desenvolvem a função paralelamente a outros ofícios, como é o caso do instrumentista, compositor e arranjador Luiz Pardal, músico paraense reconhecido internacionalmente.

Fazer mágica, para os participantes do Círculo Mágico Mago Sales, é um enorme prazer, como enfatiza Dalton Felipe. “Ela (a mágica) pode fazer com que coisas pequenas e simples tornem-se grandes, trazendo, assim, alegria para as pessoas”.

 

Crianças interagem com os mágicos. FOTO: Igama/Divulgação


INTERATIVIDADE – O fascínio da mágica envolve crianças do mundo inteiro. Com olhos curiosos e envolvidos pela magia da arte, os pequenos acompanham cada movimento feito pelo mágico. E espetáculos de qualidade internacional, como o “MagicAct”, observa Paulo Carvalho, seguem tendências universais ao incorporar programação diversificada às apresentações.

Paulo Carvalho explica que, nesta edição, o show será dividido em duas partes, sendo que cinco mágicos se apresentarão no palco e seis na área denominada “Close-up”, que significa mágica de proximidade, um estilo que “impressiona o público com números inéditos e impactantes”.

Na primeira parte do espetáculo serão mostrados números de música no palco montado no Coliseu das Artes do Espaço São José Liberto. Ao mesmo tempo, mágicos circularão pelo ambiente interagindo com o público. O cantor italiano Guido Oddenino participará desse momento do show, interpretando canções em italiano. Já para a segunda parte do espetáculo estão reservadas cinco apresentações da conhecida “mágica de palco”.

Paulo Carvalho, que é especialista em ilusionismo, diz que a intenção do grupo é, a cada ano, surpreender cada vez mais o público: “Números impressionantes acontecerão, como levitações, aparições e desaparições de objetos, mágicas com fogo e efeitos de luz. Enfim, muita mágica e música; tudo envolto em um clima, ao mesmo tempo, misterioso e lúdico”.

 

Público sempre prestigia o MagicAct no Coliseu das Artes. FOTO: Igama/Divulgação 



HISTÓRIA – O Círculo Mágico Mago Sales, atualmente, realiza suas reuniões e ensaios no Parque da Residência (Bairro de São Brás), sede da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult/PA). Antes, os ensaios eram realizados na Escola Salesiana do Trabalho (Pedreira), onde, em 2007, Rafael Vontan fundou a primeira Escola de Mágica do Norte do Brasil, com o apoio do salesiano Antonio Stefani.

A mágica surgiu cedo na vida de Voltan. Apesar de ser brasileiro, ele foi adotado por um casal italiano, indo morar naquele país com apenas 2 anos de idade. Aos 16 anos, na cidade de Givoletto, em Turim (Itália), ele aprendeu as primeiras técnicas de mágica e micromágica na escola de Dário Moda.

Turim, considerada um centro de formação de mágicos, abriga o Círculo Amigos da Mágica, do qual Rafael Voltan fez parte e onde conheceu o padre salesiano Mago Sales, seu mestre em técnicas de mágica e brincadeiras lúdicas.

 

A Itália, considerada berço mundial da mágica, sediará, em julho de 2015, a próxima edição do FISM (World Championship of Magic), o maior evento de mágica do Universo, que acontece de três em três anos - o último aconteceu na Inglaterra, em 2012.

Foi em Turim, na biblioteca do Mago Sales, que abriga mais de 5 mil exemplares do gênero, que Rafael Voltan aprendeu a arte das sombras chinesas, do orígamo e das esculturas em balões, além do ventriloquismo.

Sempre em busca de aperfeiçoamento, o mágico frequentou a Escola de Teatro Físico de Philip Radice, onde estudou a arte da pantomima, do uso da máscara, da acrobacia, do malabarismo, entre outras.

O trabalho desenvolvido na Fundação Mago Sales foi o que motivou, em 2007, a vinda do mágico Rafael Voltan para a capital paraense. Com o domínio das técnicas de mágica e a experiência adquirida organizando espetáculos e eventos sociais, Voltan, atualmente com 31 anos, tem como preocupação levar a arte e o riso para todas as platéias, principalmente para crianças que não têm como custear eventos do gênero.

 

Fazer com que a mágica seja um elemento transformador de realidades, ajudando a retirar crianças e jovens carentes das ruas também é uma estratégia adotada pela Escola de Mágica, que, além de oficinas de iniciação a esta arte, também realiza apresentações filantrópicas em diversos locais da capital, especialmente em hospitais, como o Barros Barreto e o Ophir Loyola.

 

Serviço: “MagicAct 6”, programação em homenagem ao Dia Mundial do Mágico. Domingo (27), de 17 as 19h, no Coliseu das Artes, Espaço São José Liberto (Pç. Amazonas, s/n, Jurunas). Entrada franca. Realização: Círculo Mágico Mago Sales e Círculo Mágico da Itália.

Contatos: (91) 8223-3946 e 8155-5845 – Paulo Carvalho.

 

           Primeira foto: Círculo Mágico Mago Sales/Divulgação

 

                                                   Ascom/Igama

 

                   FONTE: http://blog.saojoseliberto.com.br/2013/01/sao-jose-liberto-recebera-sexta-edicao.html

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 18:51
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Novembro 13 2012

Colar Vita Opressa, criação de Bárbara Müller. FOTO: divulgação Bijoux D'Autor

 

Quatro designers vinculadas ao Polo Joalheiro do Pará estão entre os 45 artistas selecionados no concurso internacional “Bijoux d’Autore 2012”, realizado na Itália. Bárbara Müller, Marcilene Rodrigues, Mônica Matos e Nilma Arraes terão seus trabalhos, com temática e matéria prima da Amazônia, expostos em Roma, neste mês de novembro, e em fevereiro de 2013 no Museo del Bijou di Casalmaggiore, cidade da Província de Cremona, no norte da Itália.

 

As profissionais paraenses foram selecionadas entre 90 inscritos, por dois júris – um técnico científico e outro de observadores, formados por 14 jurados. Os vencedores serão anunciados entre 22 e 25 deste mês, período em que as peças participarão da exposição na capital italiana.

 

Sob a coordenação de Norma De Lucia, o concurso é promovido pela Associação Incontri e Eventi, sediada em Roma, responsável por concursos e exposições de artesanato e obras de arte. Segundo os organizadores, o “Bijoux d’Autore” valoriza os aspectos criativo, artístico e artesanal das peças inscritas.

 

O objetivo é estimular a confecção de peças com design e baseada em pesquisa de materiais, além de revitalizar estilos e materiais utilizados nas bijuterias, que são ornamentos antigos, mas sempre se renovam de acordo com as tendências e descobertas do mercado da moda.


A gema vegetal de açaí, criação de Paulo Tavares, é destaque do pingente Curuatá. FOTO: divulgação Bijoux D'Autore

 

LIBERDADE - Segundo Mônica Matos, participar do concurso foi a possibilidade de fazer uma peça com tema livre, usando materiais não preciosos – um dos critérios do concurso. Ela é autora do pingente “Curuatá”, nome do invólucro que protege os frutos das palmeiras e também serve de recipiente para índios e ribeirinhos, que colocam dentro dele os frutos coletados na floresta.

 

Na peça – que traz ainda cobre e fibra de miriti, tingida com pigmento extraído do mogno -, o fruto principal é o açaí, representado por uma gema vegetal feita do pigmento natural extraído do fruto. As gemas vegetais resultam de pesquisa e experimentos feitos pelo ourives Paulo Tavares, também vinculado ao Polo Joalheiro do Pará.

 

Para Mônica Matos, a seleção no concurso internacional “é muito significativa, pelo fato de 14 jurados italianos terem considerado as nossas peças merecedoras dessa seleção, principalmente diante do alto nível das peças que participaram”. Colar Beira de Rio, da designer Marcilene Rodrigues. FOTO: divulgação Bijoux D'Autore.

 

A designer Marcilene Rodrigues, natural de Itaituba (oeste do Pará), viu no concurso um desafio e uma oportunidade para divulgar seu trabalho e a cultura paraense. Para ela, o estímulo para participar está em todas as etapas do processo, “desde a inspiração da obra até a escolha da matéria prima , das cores e da própria confecção”.

Colar Beira de Rio, da designer Marcilene Rodrigues. FOTO: divulgação Bijoux D'Autore


CRIATIVIDADE E OUSADIA - Marcilene assina o colar “Beira de rio”, inspirado nas margens de rios e lagos do Arquipélago do Marajó, onde a mata ciliar convive de forma harmônica com o homem e animais, principalmente os búfalos. E o chifre de búfalo, verdadeiro símbolo dos campos marajoaras, é um dos elementos usados no colar, junto com a fibra de tururi (também encontrada no Marajó), tingida em tons terrosos, verde e azul.

 

“Esse reconhecimento é importante. O Brasil é diversidade pura, de uma riqueza cultural fantástica, e o Pará é um dos Estados mais genuínos. Somos ousados e criativos. Mostramos o quanto estamos nos aprimorando, ganhando um olhar de respeito sobre o nosso trabalho e a nossa cultura”, ressalta Marcilene Rodrigues.

 

Com samambaia seca, fibra de buriti, semente de paxiubão e tela de arame, a designer Bárbara Muller criou o colar “Vida Oprimida”. Segundo ela, o concurso valoriza as peças não apenas como joias ou adornos, mas como objetos de arte. Bárbara acredita que a matéria prima diferenciada e a inspiração no cenário amazônico contribuíram para destacar os trabalhos das designers paraenses.

 

Ousadia também não falta ao trabalho de Nilma Arraes, uma das veteranas do Polo Joalheiro do Pará. Nilma, que retira da biodiversidade da Amazônia a inspiração e os materiais que utiliza em suas peças, utilizou fibra de curauá e escama do peixe pirapema (espécie abundante no norte e nordeste do Brasil) na confecção de um maxicolar, denominado “Piracema”.

 Colar Escamas, de Nilma Arraes. FOTO: divulgação Bijoux D'Autore

 

“Trabalhei com a tendência dos maxicolares, visando também o local onde o concurso seria realizado. Com isso selecionei o material com os quais gosto de trabalhar, e optei pelas escamas”, conta Nilma, para quem participar de um concurso internacional é “muito representativo, pois mostra resultados de trabalhos que vêm sendo realizados pelo Programa de Gemas e Joias do Estado do Pará”.

 

O concurso internacional “Bijoux d’Autore” não oferece premiação em dinheiro. Os vencedores ganham a divulgação de seus trabalhos para o público europeu, por meio das exposições das peças, além de entrevistas concedidas a um crítico e historiador da arte, escolhido entre os membros do júri. Nesta primeira edição internacional, o concurso selecionou trabalhos enviados de vários pontos da Itália, como Milão, Firenze, Gênova e Torino, e de outros países, como Brasil e Venezuela.

 

As peças selecionadas já estão disponíveis no site dos promotores do concurso - http://www.incontrieventi.it/bijoux-dautore.html

 

Ascom/Igama

 

FONTE: http://blog.saojoseliberto.com.br/2012/11/designers-do-polo-joalheiro-sao.html

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 17:01

Setembro 29 2012

 https://1.bp.blogspot.com/-HiCy8gDRnfI/UGXpJQAmu3I/AAAAAAAABSw/txvAek8EOow/s1600/Cole%C3%A7%C3%A3o+Manualidades+-+lapidando+tend%C3%AAncias_Mangas+Mangueira_da+designer+Camilla+Amarall_FOTO+JO%C3%83O+HAMID.bmpColar Mangas Mangueira, de Camilla Amarall, utiliza a técnica da incrustação paraense.

Coleção "Manualidades - lapidando tendências". FOTO JOÃO RAMID

 

Experimentações, debates teóricos, trabalhos acadêmicos e as técnicas que inovam o processo de criação e confecção das joias artesanais do Pará estão relatados no livro “Joias do Pará: Design, Experimentações e Inovação Tecnológica nos Modos de Fazer”, que será lançado neste sábado (29), às 17h, no Ponto do Autor, na XVI Feira Pan-Amazônica do Livro, que acontece no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, até domingo (30).

O livro resulta de uma iniciativa do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), instituição que gerencia o Espaço São José Liberto e o Polo Joalheiro do Pará, em pareceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapespa) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae), com apoio da Secretaria Especial de Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável e Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).

A iniciativa foi selecionada pelo Edital nº 019/2008 – MPE, dentro do Programa de Difusão tecnológica às Micro e Pequenas Empresas Inseridas no Arranjo Produtivo do Estado do Pará.


A organização do livro ficou a cargo de Rosa Helena Nascimento Neves, diretora executiva do Igama; Rosângela da Silva Quintela, professora da Faculdade de Estudos Avançados do Pará (Feapa) e da Faculdade de Belém (Fabel); Rosângela Gouvêa Pinto, coordenadora do curso de Design, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), e Anna Cristina Resque Meirelles, diretora do Museu de Gemas do Pará, que compõe o Espaço São José Liberto.

 https://1.bp.blogspot.com/-zN9j1S9ZT1M/UGXqKRgAhpI/AAAAAAAABTA/pdLuQ2c2RXE/s1600/Cole%25C3%25A7%25C3%25A3o+Manualidades+-+lapidando+tend%25C3%25AAncias_Bracelete+Encanto+Marajoara_cria%25C3%25A7%25C3%25A3o+da+designer+Helena+Bezerra_FOTO+JO%25C3%2583O+RAMID.bmp

Coleção Manualidades: Braceletes Encanto Marajoara, da designer Helena Bezerra.

FOTO: JOÃO RAMID


CONTEÚDO - Em 10 artigos, a obra retrata a importância dos projetos de joias como base para um processo criativo consciente; a identidade, a história e o mercado para o desenvolvimento do design de joia no Pará; os símbolos e imagens da cultura material e imaterial na criação da joia amazônica; um estudo científico sobre os muiraquitãs, os amuletos das lendárias índias Amazonas; pesquisas sobre o setor joalheiro desenvolvidas no âmbito do Curso de Design, vinculado ao Centro de Ciências Naturais e Tecnológicas da Uepa; o processo de fabricação das gemas orgânicas da floresta, a partir de resinas vegetais; o design diferenciado das joias artesanais paraenses; a técnica inovadora de lapidação de gemas, desenvolvida pela lapidária Leila Salame, e a incrustação paraense, um modo de fazer criado e aperfeiçoado na joalheria local.

No prefácio, Regina Machado, designer de joias, professora universitária no Rio de Janeiro e consultora do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), afirma que “os relatos contidos neste livro, assim como as joias geradas pelos modos de fazer e de pensar, testemunham um jeito de se estar no mundo, a relação entre objetos e sujeitos. Ambos narram as aspirações de um tempo e um lugar. Ao futuro chegarão como produtos representativos do pensamento das primeiras décadas do século XXI, quando o design buscou reunir novamente o encantamento estético à racionalidade do pensamento tecnológico”.

 

Lapidação diferenciada de Leila Salame. FOTO: WALDA MARQUES


POLO JOALHEIRO - O registro do trabalho desenvolvido para criar uma Escola de Joalheria do Pará, voltada à valorização da joia artesanal e da cultura da Amazônia, sintetiza a trajetória do Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas e Metais Preciosos do Pará, lançado em 1998 pelo Governo do Estado, e gerenciado no Espaço São José Liberto desde outubro de 2002.

A organização do setor joalheiro, a capacitação dos diversos profissionais envolvidos na cadeia produtiva; o surgimento e fortalecimento do design de joias no Estado, notadamente nos cursos de formação superior criados para esta área; o aprimoramento das peças; a divulgação desse trabalho em feiras e outros eventos, dentro e fora do Brasil; o aumento do número de profissionais vinculados ao Polo Joalheiro; as novas técnicas desenvolvidas dentro do programa e o reconhecimento da joia artesanal do Pará como um produto de qualidade e diferenciado, são resultados dos investimentos feitos pelo Estado ao longo de mais de uma década.

Segundo as organizadoras da obra, “são apresentados, neste livro, as experimentações e debates teóricos vivenciados na execução desse projeto por meio de artigos técnico-científicos, ensaios e memoriais, e suas respectivas mudanças qualitativas no processo de criação e produção das Joias do Pará. Constam desta forma recortes de algumas ações desenvolvidas, destacando os workshops internacionais, o registro das técnicas utilizadas e os debates conceituais sobre a joia”.

 

Publicado pela editora Paka-Tatu, o livro traz textos assinados pelo designer Stefano Ricci – “A Cultura de Projeto para uma Criatividade Consciente, Livre e Poética”; o mestre ourives Claudio Franchi – “Manifesto da Escola de Joalheria do Pará” e “Sociologia, Identidade, Senso da História e Mercado para o Desenvolvimento do Design da Joia no Pará”; o professor e poeta João de Jesus Paes Loureiro – “Símbolos e Imagens da Cultura Material e Imaterial no Processo de Criação da Joia Amazônica”;                                                                                                                                                                  

a gemóloga Anna Cristina Resque Meirelles e o professor da Universidade Federal do Pará Marcondes Lima da Costa – “Muiraquitãs do Museu de Gemas do Pará”; a professora Rosângela Gouvêa Pinto – “Joia Paraense: Pesquisas Desenvolvidas pelo Curso de Design do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia da Universidade do Estado do Pará – Uepa”; a professora Rosângela Quintela – “A Fabricação de Gemas Orgânicas da Floresta” e “Um Design Inovador nas Joias do Pará”; a professora Raimunda Figueiredo Silva Mais e Anna Cristina Meirelles – “A arte, o encanto e a trajetória de uma lapidária”, e a jornalista Socorro Costa – “Incrustação Paraense: Inovação no Aproveitamento da gema Orgânica na Joalheria Artesanal”.

Durante o lançamento cada convidado receberá um exemplar do livro, que, posteriormente, será doado aos autores e distribuído para universidades, faculdades e centros superiores de ensino que possuam cursos em áreas afins ao Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas e Metais Preciosos do Estado do Pará, como os de Design, Artes Visuais, Arquitetura e Turismo. O livro também será doado para bibliotecas, bem como para entidades parceiras do Espaço São José Liberto/Igama.

SERVIÇO: Lançamento do livro “Joias do Pará: Design, Experimentações e Inovação Tecnológica nos Modos de Fazer”. Sábado (29), às 17h, no Ponto do Autor, na XVI Feira Pan-Amazônica do Livro, no Hangar. Entrada franca. Realização: Igama, e Governo do Estado/Secti e Fapespa, e Sebrae-PA.

Ascom/Igama

 

 
 


publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 14:24

Agosto 23 2012
Designers visitam o Mercado Bolonha sob a orientação da consultora Regina Machado


Elementos e detalhes que se confundem no cenário rotineiro da cidade, mas que um olhar mais atento remete a um período em que Belém, a calorosa capital do Pará, era a porta de entrada da Europa no Brasil. Azulejos, gradis, objetos decorativos em fachadas de prédios e formas inspiradas no Art Noveau foram observados com mais apuro pelos profissionais do Polo Joalheiro, que se preparam para criar a coleção de joias a ser lançada na IX Pará Expojoia – Amazônia Design, a feira do setor joalheiro que acontecerá em dezembro, no Espaço São José Liberto.

 

Sob a orientação da consultora Regina Machado, do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), o “Workshop de Geração de Produtos Coleção Expojoia 2012” começou na terça-feira (21) com um ciclo de palestras sobre a Belle Époque, o período de riquezas proporcionado pelo comércio da borracha, e continuou na quarta-feira (22) com uma visita monitorada a vários pontos de Belém, como o Mercado Francisco Bolonha, no Ver-o-Peso, a Praça do Relógio, o Theatro da Paz e o centro comercial.


O workshop é voltado à criação e confecção das joias para a IX Pará Expojoia – Amazônia Design, que ocorrerá de 4 a 8 de dezembro, promovida pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), instituição gerenciadora do Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro, em parceria com o Governo do Pará, via Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).


O workshop é direcionado aos designers de joias e profissionais da área de Design vinculados ao Programa de Desenvolvimento do Setor de Joias e Metais Preciosos do Pará, gerenciado pelo Igama.

Fachada da Loja Paris N'América
“Viagem” - A visitação partiu do Complexo Ver-o-Peso, passando por construções como a Loja Paris N’América, cujas escadarias chamam a atenção pela beleza, e terminou no Theatro da Paz, uma das relíquias arquitetônicas do Ciclo da Borracha.

“Viagens pela Belle Époque: Olhares sobre o cotidiano e o urbanismo da Belém no início do século XX” foi o tema do ciclo de palestras, no qual Regina Machado, arquiteta, designer de joias, mestre em Comunicação dos Sistemas Simbólicos e doutora em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ), iniciou o trabalho de concepção da nova coleção.

Regina, que também é pesquisadora de tendências para o IBGM e consultora criativa para o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), contou na visitação aos prédios históricos com a participação de Thiago Vianna, historiador e gestor de Patrimônio Histórico e Cultural. 
Poste da Praça do Relógio

Inspirações - O grupo de alunos e técnicos do Polo Joalheiro começou a visita pela Praça do Relógio, localizada no centro comercial, onde foram registrados desde os detalhes dos postes que contornam a praça, com “seus capitéis (coroas das colunas) coríntios, bem Art Nouveau (Arte Nova), ao estilo Belle Époque”, observou Regina Machado. 

Thiago Vianna também apontou as estátuas em destaque na parte superior de algumas construções, elementos decorativos fabricados por uma empresa de Portugal, que serviam para enfeitar casas e lojas comerciais, representando as Letras, o Comércio, a Lei e outras formas de demonstrar o status de seus proprietários. 


Durante a visitação, tudo poderia servir como fonte de informação e inspiração para os designers, como os detalhes das formas das grades e até das pequenas argolas colocadas no alto das fachadas de alguns prédios que, de acordo com o historiador, serviam para a locomoção de móveis maiores que não poderiam ser levados para os andares superiores pelas escadas estreitas.


Estrutura metálica do Mercado Bolonha

 

Detalhe da arquitetura do Mercado Bolonha

Ao apontar uma grade que lembra a forma das asas de um pavão, Regina Machado informou que, dentro do amplo tema que envolve a Belle Époque, a serralheria pode ser uma grande fonte de criação, por destacar formas românticas, como um coração em forma de flecha de cupido, que faz parte da estrutura do Mercado Bolonha (mais conhecido como mercado de carne). “A grade fala muito do feminino e tem a facilidade e a diferenciação dos metais que a gente trabalha na joalheria, o ouro e a prata. Vamos tentar um olhar abduzido, como um ser de outro planeta que se encanta ao olhar o mundo pela primeira vez”, ressaltou a consultora.

 

 

Fachada da 6ª Seccional Urbana de Polícia, na Praça das Mercês

Azulejos encontrados, por exemplo, na entrada do Mercado Bolonha, são outra fonte rica de inspiração, bem como as fachadas de prédios, como o que abriga a 6ª Seccional Urbana de Polícia, em frente à Praça das Mercês, onde se vê a mistura de colunas de estilo Coríntio, da Escola Greco Romana (e suas formas em arabescos), com elementos neoclássicos (horizontais) da própria estrutura do prédio. Regina Machado lembrou que o período romântico é saudosista, misturando elementos de vários estilos. “O espírito da Belle Époque se encanta nos pequenos detalhes: é fantasioso e teatralmente eclético”, reiterou.

 

Belle Époque amazônica - Os participantes também conferiram a harmonia de desenhos, formas, cores e estilos característicos da riqueza do período na chegada à Loja Paris N’América, fundada em 1870 e localizada na Rua Santo Antônio, no centro comercial. Nela funciona uma loja de tecidos, e já foi um ponto de encontro da sociedade paraense. A arquitetura é a própria representação do que Belém vivenciou no Ciclo da Borracha, quando a cidade ficou conhecida como Paris N'América ou como Belle Époque Amazônica.


O grupo acompanhou atentamente as explicações e fotografou o piso, o lustre e as colunas da loja, onde a sofisticação do corrimão de ferro da escadaria central foi realçada, além da pintura. A consultora explicou que era comum no período algumas pinturas e esculturas retratarem a “europeização da figura humana”, como representar índios com o tipo físico do europeu.


Thiago Vianna e Regina Machado (centro), na escadaria da Paris N'América 
Detalhe de painel de azulejo da Fan Pacheco

História - Na Biblioteca Fran Pacheco, na sede social do Grêmio Literário e Recreativo Português, os visitantes viram logo na entrada grandes painéis em azulejos, retratando fatos históricos. Segundo Thiago Vianna, o local, que abriga especialmente exemplares das Literaturas Portuguesa, Francesa e Espanhola, servia como espaço para realização de cursos e como uma pequena escola de alfabetização para os portugueses que chegavam à cidade.

 

Seguindo o roteiro, o grupo visitou a sede da Fundação Yamada, casarão localizado na Travessa Frutuoso Guimarães, que está sendo restaurado para ser um espaço cultural. Regina Machado apontou, na entrada do prédio, a coluna em estilo Jônico com elementos marajoaras, ressaltando a estilização e a mistura características do período. 

 

A designer Rosa Leal destacou a beleza da pintura feita à mão nas paredes de cada ambiente da entrada, que remetem ao colorido da chita, tecido estampado de cores fortes, geralmente florais. Rosa também ressaltou a geometria dos tacos de madeira do piso, diferenciada em cada sala.

Sede social do Grêmio Literário Português abriga a Biblioteca Fan Pacheco

 

Aprovação – “Qualquer atividade para a criação de projetos demanda muita pesquisa, que serve de lastro para a criação. Este workshop está muito rico, tanto pelas visitas, quanto pelas quatro palestras, todas muito completas e informativas”, disse o designer Fares Farage, formado pelo Curso de Design da Universidade do Estado do Pará (Uepa), com habilitação em Projeto de Produtos, e vinculado ao Polo Joalheiro.  

 

O grupo ainda percorreu a Avenida Presidente Vargas e a Praça da República, completando o roteiro em frente ao Theatro da Paz. Regina Machado falou sobre o paisagismo característico do período, representado pelo conjunto urbano composto pela arquitetura e pelas alamedas de mangueiras centenárias. Ela frisou, ainda, que a Belle Époque retrata muito a figura feminina, as musas, sendo a cidade de Belém a grande musa inspiradora para cada joia que será criada e mostrada na próxima Pará Expojoia.

 

Belém da Belle Époque é a musa inspiradora da Expojoia 2012

TEXTO: SOCORRO COSTA E LUCIANE BARROS/ASCOM/IGAMA
FOTOS: THIAGO PINOTTI E CLARISSE FONSECA/IGAMA  
Ascom/Igama
FONTE: http://blog.saojoseliberto.com.br/2012/08/designers-visitam-belem-da-belle-epoque.html
publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 22:56

Junho 15 2012

 Design e manualidades destacam coleção de joias e modas do Pará na Rio+20

 

Colar Guaraná, inspirado na riqueza e na lenda do guaraná. Criação: Izaías Lopes. Produção: Rosa Leal.
 

 

Colar Déco Amazônico, inspirado na lenda das índias amazônicas e nas tramas de cestarias indígenas. Design: Marcilene Rodrigues. Produção: Sila Brasila.

 

 

 
Colar Guaraná, inspirado na riqueza e na lenda do guaraná. Criação: Izaías Lopes. Produção: Rosa Leal.

 

Colar Piracema, inspirado na desova dos peixes e feito com escamas de pirarucu. Design e produção: Nilma Arraes.

 

Escamas de pirarucu, minicestas de palha de arumã, azulejos, fibra de tururi, madeira, alumínio, cuia, chifre e couro de búfalo, e até coador de café reciclado. Materiais que poderiam ser descartados e degradados no meio ambiente, ganham formas, cores e, aliados ao ouro, à prata e às gemas minerais, agregam valor à coleção de joias e acessórios de moda que o Polo Joalheiro do Pará mostra, desde terça-feira (12) na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece oficialmente de 13 a 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). A coleção, denominada “Manualidades e Design – Rio+20”, está sendo comercializada na loja Signature, no Copacabana Palace, tradicional hotel da capital carioca.
A coleção é resultado de um workshop de criação de produtos coordenado pela jornalista e consultora de Moda e Estilo, Cristina Franco, responsável também pela coleção “Manualidades – Lapidando Tendências”, lançada em 2011 na primeira edição da Casa Cor Pará, em Belém.
O público da Rio+20 verá mais de 40 peças inéditas, além de outras da coleção anterior de joias e acessórios de moda. Os trabalhos expostos – bolsas, colares, anéis, brincos, broches, fivelas, pingentes, braceletes e pulseiras – foram criados e confeccionados pelos profissionais Rosa Leal, Izaías Lopes, Ivete Negrão, Edinaldo Pereira, Leila Salame, Tarcisio, Ivam Silva, Clara Amorim, Júlia Mendes, João Amorim, Celeste Heitmann, Rai Oliveira, Fábio Monteiro, Roseli Matias, Joseli Limão, Eli Cascaes, Nilma Arraes, Circe Silva, Erivaldo Júnior, Marcilene Rodrigues, Selma Montenegro, Mônica Matos, Paulo Tavares e Bárbara Müller.
Criada especialmente para a Rio+20, a coleção expressa os conceitos de design e sustentabilidade, referências no trabalho desenvolvido há mais de uma década pelo Programa de Desenvolvimento do Setor de Gemas, Joias e Metais Preciosos, mantido pelo Governo do Estado e gerenciado, desde 2007, pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), no Espaço São José Liberto.
Tendências - Segundo Cristina Franco, o trabalho realizado no Espaço São José Liberto está em plena harmonia com as tendências atuais do mercado. O artesanal, a matéria prima regional, a identidade cultural e a exclusividade são critérios que o mercado contemporâneo adota para definição de um artigo de luxo.
Na produção da coleção para a Rio+20, Cristina trabalhou com os designers e demais profissionais paraenses o conhecimento e a sabedoria popular, extraindo de casa produtos com conceitos e histórias próprias. Um dos exemplos dessa originalidade é o colar em prata, com gema vegetal de açaí e fio de seda com tingimento natural de café, criado por Mônica Matos, e com trabalho em ourivesaria de Paulo Tavares.
“A joalheria e moda são mercados que caminham lado a lado, que se complementam e se enriquecem. A Joia do Pará, como um produto plenamente conectado a essa contemporaneidade, que investe e valoriza o caráter sustentável em seus processos de criação e produção, não poderia ficar de fora de um evento com a temática da Rio+20”, ressalta Rosa Helena Neves, diretora executiva do Polo Joalheiro do Pará.
Carteira Floresta, inspirada na forma orgânica da floresta. Design e produção: Rosa Leal.

Bolsa Xingu, inspirada em tecidos crus pintados pelospindios Assurini, que vivem às margens do Rio Xingu. Design e produção: Erivaldo Júnior.
Fotos: João Ramid
Ascom/Igama
FONTE: http://blog.saojoseliberto.com.br/2012/06/design-e-manualidades-destacam-colecao.html
publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 19:45

Dezembro 31 2010

 

Latitude Urgente

 

É preciso mexer no mecanismo dos ventos,

Incendiar o medo,

Colocar um rock frevo no toca-discos

Compor uma atmosfera nova.

Sabotar o tempo, parir

Temperatura leve, aquecida.

Diminuir a pressão em todas as altitudes,

Diminui a pressão em todas as atitudes

Mas sobretudo é preciso soltar a fúria de um novo amor!

 

Mário Pirata

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 17:11
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