Simplesmente Lu

Julho 23 2013

O profissional de Contabilidade é considerado um verdadeiro arquivo de informações e um agente essencial para informar a sociedade sobre a situação de uma empresa, por meio da análise e divulgação de informações patrimoniais, financeiras, econômicas, sociais e ambientais. Essa nova postura do contador no mundo atual é uma das questões abordadas na Revista Amazônia, Organizações e Sustentabilidade (AOS), publicação da Editora Unama, da Universidade da Amazônia, voltada à divulgação de conhecimento científico.

 

Os pesquisadores paraenses Leila Márcia Elias, mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional, e Narciso Feitosa de Oliveira, com foramção em Letras e graduando em Ciências Contábeis assinam um dos seis artigos da terceira edição da revista, intitulado “Análise da Sustentabilidade Organizacional das Empresas do Setor Mineral do Estado do Pará”.

 

O artigo está relacionado a uma das temáticas abordadas nesta edição da revista - Gestão Social e Ambiental. Os outros temas são Gestão Pública e Finanças e Gestão da Ciência, Informação e Tecnologia.

 

Na análise da sustentabilidade organizacional das empresas paraenses do setor mineral, feita entre 2004 e 2012, os autores selecionaram empresas do setor industrial de transformação mineral que possuem a certificação de qualidade ISO 14001. A sustentabilidade organizacional  foi analisada com base nos registros publicados das informações contábeis de natureza socioambiental.

 

Já a pesquisa bibliográfica e documental incluiu o levantamento de páginas na internet e análise de relatórios institucionais, que demonstram as ações desempenhadas pelas empresas no setor ambiental e sua comprovação contábil.

 

Os autores concluíram que a avaliação da sustentabilidade organizacional das empresas analisadas foi impossibilitada “pela ausência de divulgação de informações contábeis, de natureza ambiental, de forma segregada e quantitativa nas demonstrações contábeis obrigatórias”.

 

O artigo mostra a importância da publicação científica, ao divulgar para a sociedade o resultado desse tipo de pesquisa. A Revista Amazônia, Organizações e Sustentabilidade é uma publicação semestral, que entra no seu segundo ano de existência apresentando trabalhos de pesquisadores de diversas partes do Brasil, e contribuindo para o avanço de teorias e práticas na área de administração.

 

Mais informações sobre a Revista AOS podem ser obtidas no seguinte endereço: www.unama.br/seer/index.php/aos

 

Luciane Fiuza

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 16:42

Maio 30 2013

Joias e artesanato do Pará serão expostos em Portugal

 O anel “Desabrochar”, com gema vegetal de açaí e prata, uma criação de Ivam Pereira, estará na exposição.
FOTO Ocione Garçon

Joias, moda e artesanato do Polo Joalheiro do Pará poderão ser vistos na exposição “Cultura e Natureza: o Luxo do Design, Moda e Manualidades Amazônicas”, que faz parte da ampla e variada programação artística do “Encontro Luso-Brasileiro de Territórios Criativos”, evento que debaterá cultura, criatividade e desenvolvimento territorial, marcando o encerramento do Ano do Brasil em Portugal.

A exposição acontece de 7 a 09 de junho deste ano, no Espaço Brasil, em Lisboa (Portugal), situado no LX Factory, local em que a Funarte (Fundação Nacional das Artes) concentra a programação do encontro - uma iniciativa do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Economia Criativa (SEC/MinC).

Já a exposição é uma realização da Secretaria da Economia Criativa, em parceria com o governo do Pará, por meio da Secretaria Especial de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção (Sedip), Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama).

Conferências e palestras integram a programação do encontro, que mostrará cases de territórios criativos do Brasil e de Portugal. Entre as experiências brasileiras, além do Espaço São José Liberto (Polo Joalheiro), representando o Pará e a Amazônia brasileira, Minas Gerais será representada pelo Polo Criativo da Zona da Mata Mineira.

Além da exposição, a experiência desenvolvida pelo Polo Joalheiro do Pará será apresentada por Rosa Helena Neves, diretora executiva do Espaço São José Liberto, e Airton Fernandes Lisboa, diretor de Desenvolvimento de Comércio e Serviço da Seicom. Eles falarão sobre o tema “Programa Polo Joalheiro do Pará/Espaço São José Liberto: o simbólico e o material da cultura – uma experiência de território criativo na Amazônia”.

O Espaço São José Liberto é reconhecido como um território criativo, que reúne um grupo de designers, mestres artesãos, ourives, fornecedores de matéria prima local e microempresários paraenses, sendo considerado referência na área de economia criativa pelo MinC. O espaço, desde 2002, ano de sua inauguração, desenvolve atividades que integram setores criativos, como artesanato, joalheria, moda, design, gastronomia, música, teatro, literatura e patrimônio cultural.

 

Bolsa "Cuia de Cupuaçu", criação de Argemiro Münoz e produção da empresa Joia Artemiro. 
Bolsa "Batuque", criada por Mizael Lima e produzida por Simonni Assunção. FOTOS: João Ramid


Sentido da cultura - Sobre a participação do Polo Joalheiro do Pará no encontro, Cláudia Leitão, secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura (SEC/MinC), informou que é preocupação da SEC formular políticas para os territórios e arranjos produtivos, entendendo e ampliando o sentido da cultura para as criações funcionais, que incluem setores criativos que o Espaço São José Liberto trabalha. Setores que, segundo ela, estão diretamente ligados à Secretaria de Economia Criativa, que coordena quatro setoriais no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC): artesanato, arquitetura, design e moda.

“Conhecer o trabalho do São José Liberto, para nós, foi uma surpresa e satisfação. Uma surpresa porque não se imaginava, de certa forma, que já tivesse chegado a tal qualidade, a tal perfeição o trabalho que é realizado, hoje, por essa instituição tão importante para o Brasil. E dar visibilidade para isso é minha tarefa. É uma responsabilidade nossa divulgar e promover encontros de possíveis promoções de negócios, feiras, enfim, de apresentarmos, em Portugal esse território criativo paraense, que tem qualidade para estar presente em qualquer loja de exposição e vitrine do mundo”, destacou Cláudia Leitão.

O “Encontro Luso-Brasileiro de Territórios Criativos” integra a programação de encerramento das atividades do “Ano do Brasil em Portugal/Ano de Portugal no Brasil”, que tem como comissários gerais Antônio Grassi, presidente da Funarte (Brasil), e Miguel Horta, presidente da Fundação Luso-Brasileira (Portugal).

Cláudia Leitão e Rosa Helena Neves. FOTO: Manoel Pantoja - Ascom Igama Divulgação


Airton Fernandes Lisboa explicou que a palestra abordará as iniciativas do governo do Pará voltadas à economia criativa, às políticas de economia solidária e os planos para inserção econômica das populações de baixa renda. É uma oportunidade, segundo ele, de divulgação da diversidade de recursos naturais da Amazônia, hoje, “quando tanto se fala em sustentabilidade, preservação de recursos naturais e na própria cultural local”.

“Vamos aproveitar a oportunidade para mostrar um pouco do ambiente do Pará: nossas potencialidades com a diversidade e a abundância de recursos naturais, sua exploração, sua verticalização, o esforço do governo do Estado em atrair novos investimentos para agregação de valor e, assim, gerar emprego e renda. O que queremos passar para o outro continente é o que temos de bom aqui para ser explorado e a boa vontade do governo de aceitar quem vem para aqui se estabelecer”, explicou Airton, ressaltando que a Seicom foi criada para receber investidores, ordenar e fortalecer a produção local, envolvendo, inclusive, ações de apoio às políticas da economia solidária e criativa, representadas pelo Polo Joalheiro.

Anel e bracelete "Cortadoras", uma criação da designer Rosa Castro. FOTO: Ocione Garçon
 
 

Inovação – Serão expostas 40 peças, dentre bolsas, brincos, anéis, gargantilhas, maxi colares, braceletes, pingentes, terços, prendedores de gravata, broches e peças de artesanato de tipologias diversas. Os expositores fazem parte dos setores criativos do design, da joalheria, manualidades, moda e artesanato, que integram o Polo Joalheiro do Pará.

Rosa Helena Neves disse que o acervo de joias e acessórios de moda da mostra é uma coletânea que agrega peças de diversas coleções lançadas pelo Espaço São José Liberto, que tiveram consultoria da jornalista e consultora de Moda e Estilo Cristina Franco, da designer Regina Machado, consultora de Estilo do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), e de Rosângela Gouvêa Pinto, coordenadora do curso de Design da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

“Coube aos designers e mestres artesãos a complexa tarefa de criar e produzir verdadeiras obras de arte atemporais, que harmonizam a cultura, a natureza e o homem para a difusão da beleza”, frisou Rosa Helena Neves, que assina a curadoria da exposição juntamente com Clarisse Fonseca, curadora do Igama.

As obras que serão expostas agregam técnicas inovadoras, como a incrustação paraense (técnica especial de ourivesaria também chamada de “incrustação a frio”, desenvolvida pelo ourives Joelson Leão) e a utilização de gemas vegetais associadas às gemas minerais. Rosa Helena falará, no encontro, sobre estas e outras técnicas e experimentações desenvolvidas por profissionais que integram o Polo Joalheiro.

Ela destacou o aproveitamento de lentes de óculos CR19, inovação da designer Lídia Abrahim e da empresária Ana Maria Oliveira, que têm aprimorado o processo de reciclagem, que alia a beleza dos metais ao colorido das lentes. Já as gemas vegetais, criadas pelo artesão, pesquisador e mestre ourives Paulo Tavares, são uma nova possibilidade de agregar valor às joias.

 

Coleção Metamorfose Preciosa da Amazônia: pingente "Fada Rosa", com lentes CR19, uma criação da designer Lídia Abrahim, com produção de Hanna Mariah. FOTO: Ocione Garçon

 

As gemas vegetais são criadas a partir de matéria prima natural, como cascas, folhas, flores, frutos e raízes, por meio de um processo que prima pela sustentabilidade, com aproveitamento de resíduos descartados pela natureza ou pelo homem. Cada vez mais incorporadas ao trabalho de designers, artesãos e universitários paraenses, elas têm chamado a atenção também de pesquisadores e designers do fora do Estado e do exterior.

“As gemas vegetais, que são uma novidade no mercado, nascem de produtos extraídos das árvores e têm a proposta de gerar emprego e renda para pessoas de comunidades do interior do Estado, pois é nesses locais que se encontra essa matéria prima. Com isso, estamos buscando sustentabilidade econômica, social e ambiental”, disse Tavares.

Além das gemas vegetais e das lentes, os materiais utilizados para confeccionar as joias, acessórios de moda e manualidades da exposição foram metais nobres (ouro e prata), gemas minerais naturais e orgânicas, azulejos, porcelanas e matérias primas orgânicas, como ouriço de castanha, chifre de búfalo, casca de árvore, casca de cupuaçu, madrepérola de rio, escamas de peixe e madeiras, como coração de negro, angelim pedra, pupunheira e sucupira, além de fibra de tururi e outras fibras da Amazônia.

A exposição do Polo Joalheiro do Pará conta, ainda, com apresentação de João Jesus de Paes Loureiro, paraense de Abaetetuba, escritor, poeta, professor universitário mestre em Teoria da Literatura e Semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC)/Universidade de Campinas (Unicamp)/São Paulo e doutor em Sociologia da Cultura pela Sorbonne (França).

Confira, abaixo, a programação completa do encontro:

 

 Ascom/Igama


Leia também na Agência Pará de Notícias

 

FONTE: Blog do Espaço São José Liberto

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 00:48

Maio 04 2013
"Memória Afetiva", colar criado pela designer Celeste Heitmann. 
FOTO: Rodolfo Oliveira/Agência Pará

 

Um olhar contemporâneo sobre uma época áurea na história da capital paraense é o que o público encontra na coleção de joias que celebra o mês alusivo às mães, criada e confeccionada por profissionais do Polo Joalheiro do Pará. O modo de ser e viver na Belle Époque, em Belém, inspirou os designers e permitiu uma bela homenagem à cidade na exposição da Coleção de Joias do Dia das Mães, aberta nesta sexta-feira (3), às 18 horas, no Espaço São José Liberto.

Designers, ourives, cravadores, lapidários, produtores e demais profissionais que integram o Programa Polo Joalheiro, mantido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e gerenciado pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), oferecem ao público 30 joias na nova coleção, que se destacam pela riqueza de detalhes e composição, e remetem ao período em que Belém era a porta de entrada da Europa no Brasil.

A coleção tem brincos, colares, anéis e pulseiras feitas em metais nobres, como prata e ouro branco e amarelo, e que ganham o brilho das gemas minerais, como diamante, coral, pérola, rubi, granada, quartzo black, ônix e ametista.

 
 

 
Paris N’América - A ametista realça a criação do designer Felipe Braun. Em forma de rosa, o coral dá o tom romântico e luxuoso às joias criadas pela designer Lídia Abrahim. Já a esmeralda dá um toque especial às peças criadas pela designer Helena Bezerra, intituladas “Musa de Belém”. Helena conta que a inspiração nasceu da observação dos detalhes do teto de gesso da loja de tecidos Paris N’América, fundada em 1870, quando funcionava como ponto de encontro da sociedade paraense.

“É uma viagem ao passado da ‘francesinha do Norte’, como Belém era conhecida na época. É o início do ‘glamour’ e, até hoje, é um dos prédios que mais preservam a arquitetura do período”, ressalta Helena, explicando que o verde da gema é um elo com a questão ambiental, e a tendência de motivos florais da época em que Belém vivenciou o Ciclo da Borracha.

Além das gemas e metais, que dão cor e forma às joias, materiais inusitados ajudam a compor algumas peças da coleção, como as louças portuguesas, herança do pai da designer Celeste Heitmann, que usou os fragmentos para compor o colar em prata com gemas minerais, denominado “Memória afetiva”.

Ela explica que a joia foi inspirada na elegância, no estilo refinado e, sobretudo, no modo de viver da sociedade da época, no que diz respeito à arte decorativa. Segundo a designer, o colar tem estilo jovem, e valoriza artisticamente, por meio de uma herança, as joias contemporâneas, “dando condição de uso a peças antigas, resultando em algo novo e original”.

 

 
Brincos "Elegance", criação da designer Joseli Limão 
 

Inspiração – Azulejos, gradis, objetos decorativos em fachadas de prédios e formas inspiradas no Art Noveau, ainda presente no cenário de Belém, serviram de fonte de informação e inspiração para os designers, durante o Workshop de Geração de Produtos: “Viagens pela Belle Époque: Olhares sobre o cotidiano e o urbanismo da Belém no início do século XX”, promovido pelo Espaço São José Liberto em 2012. O workshop foi coordenado pela consultora Regina Machado, arquiteta, designer de joias, mestre em Comunicação dos Sistemas Simbólicos e doutora em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ).

Rosa Helena Neves, diretora do Espaço São José Liberto, ressalta que o lançamento da coleção no período de celebração do Dia das Mães motiva a escolha de um belo presente. “É uma joia com conteúdo, beleza, sofisticação e romance, que inspira desejo e celebra uma forma de viver que se eternizou na memória do paraense. E na perspectiva do consumo, a coleção tem um perfil acessível, que agrega bom preço à qualidade”, enfatiza a diretora.

Inovações - A lapidação diferenciada, técnica desenvolvida pela lapidária paraense Leila Salame, é outro destaque da exposição. Resultado de experimentações e técnicas que inovam o processo de criação e confecção das joias artesanais do Pará, Leila utiliza grafismos marajoaras para criar uma simetria nas gemas. A lapidação diferenciada, segundo ela, surgiu da vontade de criar além do tradicional, e, ao mesmo tempo, homenagear a cultura paraense.

A lapidação diferenciada pode ser vista nas criações das designers Marcilene Rodrigues e Joseli Limão, que trabalharam, respectivamente, com o quartzo fumê e o quartzo hialino. O anel “Glamour”, criado por Joseli Limão, realça esse tipo de lapidação e foi inspirado nos arabescos da Igreja de Santo Alexandre. A designer também criou o brinco “Elegance”, a partir de detalhes do gradil do Mercado de Ferro, contendo rubis e diamantes.

 
 A lapidação diferenciada se destaca anel e no pingente "Outono", criação da designer Marcilene Rodrigues. FOTO: Rodolfo Oliveira/Agência Pará de Notícias


Criatividade é o que não falta na nova coleção. Até “as folhas ao vento” serviram de inspiração para a designer Marcilene Rodrigues criar anéis, brincos e pingente. As joias, denominadas “Outono”, segundo ela retratam, de forma contemporânea, os caminhos sinuosos característicos da época, quando era comum retratar na arquitetura formas orgânicas de plantas. ”No dia que estávamos no Comércio (durante o workshop) olhando prédios, as praças, deu uma ventania forte, que eu associei a esse paisagismo pitoresco: os bosques, os parques da Belle Époque”, conta Marcilene.

Fazem parte da exposição as seguintes empresas e designers: HS Criações (Helena Bezerra), Danatureza (Joseli Limão), Sila Brasila (Marcilene Rodrigues e Rosáurea Simões), Hanna Mariah (Lídia Abrahim), Ourogema (Felipe Braun), Amazon Art (Lídia Abrahim), Bel Roque (B. Roque), Celeste Heitmann (C. Heitmann) e o produtor Joelson Leão (Fares Farage).

A exposição de joias do Dia das Mães pode ser visitada até 26 de maio, no espaço de exposições do Coliseu das Artes, no Polo Joalheiro do Pará/Espaço São José Liberto. A entrada é franca.

Serviço: Exposição de Joias do Dia das Mães no Polo Joalheiro do Pará. De 3 a 26 de maio, no horário de funcionamento do Espaço São José Liberto (Praça Amazonas, s/n, bairro Jurunas), das 09 às 19 h (de 3ª a sábado) e das 10 às 18 h (aos domingos e feriados). Entrada Franca.

Leia também na Agência Pará de Notícias

Fotos: Rodolfo Oliveira/Agência Pará de Notícias

Ascom/Igama


FONTE: http://blog.saojoseliberto.com.br/2013/05/belle-epoque-inspira-colecao-de-joias.html

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 00:19

Abril 17 2013

Colar "Matinta", da Coleção "Manualidades:

Lapidando Tendências" - criação da designer Nilma Arraes.

FOTO: João Hamid

O trabalho de fomento ao setor produtivo de gemas, joias e artesanato, desenvolvido no Espaço São José Liberto será destaque no “Encontro Luso-Brasileiro de Economia Criativa para o Desenvolvimento Territorial”, que acontecerá em Lisboa (Portugal), nos dias 7 e 8 de junho de 2013, no Espaço Brasil, administrado pela Funarte (Fundação Nacional de Artes). O evento é uma realização do Ministério da Cultura (Minc), por meio da Secretaria de Economia Criativa.

O encontro faz parte da programação de encerramento das atividades do “Ano do Brasil em Portugal/Ano de Portugal no Brasil”, que tem como comissários gerais Antônio Grassi, presidente da Funarte, e Miguel Horta, presidente da Fundação Luso-Brasileira.

Apenas duas experiências brasileiras e duas portuguesas serão apresentadas durante o evento, cuja programação inclui apresentações e intercâmbios de experiências de economia criativa e desenvolvimento territorial. Do Brasil, foram convidados dois Estados: Pará e Minas Gerais.

 

O trabalho de fomento ao setor produtivo de gemas, joias e artesanato, desenvolvido no Espaço São José Liberto será destaque no “Encontro Luso-Brasileiro de Economia Criativa para o Desenvolvimento Territorial”, que acontecerá em Lisboa (Portugal), nos dias 7 e 8 de junho de 2013, no Espaço Brasil, administrado pela Funarte (Fundação Nacional de Artes). O evento é uma realização do Ministério da Cultura (Minc), por meio da Secretaria de Economia Criativa.

O encontro faz parte da programação de encerramento das atividades do “Ano do Brasil em Portugal/Ano de Portugal no Brasil”, que tem como comissários gerais Antônio Grassi, presidente da Funarte, e Miguel Horta, presidente da Fundação Luso-Brasileira.

Apenas duas experiências brasileiras e duas portuguesas serão apresentadas durante o evento, cuja programação inclui apresentações e intercâmbios de experiências de economia criativa e desenvolvimento territorial. Do Brasil, foram convidados dois Estados: Pará e Minas Gerais.

O Estado do Pará será representado no encontro pelo Programa Polo Joalheiro do Pará, desenvolvido no Espaço São José Liberto, que se tornou referência de política pública e projeto de economia criativa. A outra experiência brasileira é o Polo Criativo Zona da Mata Mineira.

Acessórios de Moda: Carteira "Floresta" - 

criação da designer Rosa Castro. FOTO: João Hamid


EXPOSIÇÃO - O Pará também foi convidado para participar da exposição “Cultura e Natureza: Design, Moda e Manualidades Amazônicas”, que ocorrerá de 7 a 10 de junho, também no Espaço Brasil, em Lisboa. Na ocasião, serão expostos acessórios de moda, joias e manualidades criadas e confeccionadas por profissionais vinculados ao Espaço São José Liberto.

Além da experiência do Polo Joalheiro, o governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), divulgará o Projeto Plataforma Criativa, coordenado pela Diretoria de Comércio e Serviço da Seicom.

Para o governo do Estado, o convite feito pelo Ministério da Cultura é um reconhecimento ao trabalho artístico, produtivo, social e cultural desenvolvido no Espaço São José Liberto. “Esse trabalho é resultado de uma perfeita integração entre o governo do Estado, a Organização Social (que gerencia o espaço), empreendedores, empresas e organizações empresariais que, ao longo do tempo, transformaram o Espaço São José Liberto e o Programa Polo Joalheiro em referência nacional e internacional de espaço e projeto de capacitação e inclusão econômica, como gerador de emprego e renda e, agora, ainda mais fortalecido com o movimento da economia criativa”, ressaltou Airton Fernandes Lisboa, diretor de Desenvolvimento do Comércio e de Serviço da Seicom.

 

Bracelete "Equilíbrio Amazônico I", criação da designer Rosaurea Simões. FOTO: João Hamid 


CULTURA – O fomento à economia criativa, que considera a cultura como eixo estratégico de desenvolvimento, está na agenda de desenvolvimento econômico de vários países. Atividades de setores criativos desenvolvidas geograficamente próximas são chamadas de cidades criativas ou territórios criativos - espaços onde a economia criativa se mostra intensa ou com capacidade de desenvolvimento.

No Brasil, em uma iniciativa do Minc, o Plano Brasil Criativo (PBC) visa desenvolver e fortalecer os setores criativos, para incentivar o crescimento da economia nacional. O Plano está pautado na valorização do potencial humano, respeitando as diferenças e a diversidade de setores criativos de cada região do Brasil.

No Pará, o Espaço São José Liberto é considerado um território criativo desde sua criação, em 2002. De acordo com Rosa Helena Neves, diretora executiva da instituição, o local desenvolve suas ações tendo como eixos estratégicos a diversidade cultural amazônica, a inclusão social produtiva, a sustentabilidade e a inovação, a partir de materiais extraídos da floresta. A referência é a dimensão cultural material e imaterial da Amazônia.

Colar "Sonoro", criado pelo designer Misael Lima.

FOTO: João Hamid


 

“Joias, acessórios de moda e manualidades são criados com um design universal, em que a cultura, a natureza e o homem se harmonizam na geração da riqueza cultural e econômica”, ressaltou a diretora, acrescentando que, neste território (material e imaterial) foram organizadas cadeias produtivas de setores criativos, como as de joalheria, moda, culinária (representada nos licores, doces e bombons regionais comercializados na Casa do Artesão), artesanato e arquitetura.

“É a criação, produção, distribuição e mercado em sintonia com uma proposta inovadora de revelar talentos, gerar trabalho e renda para microempreendedores”, reiterou Rosa Helena Neves.

Ascom/Igama (Com informações da Secretaria de Economia Criativa do Minc)

 

LEIA TAMBÉM AQUI E AQUI:  São José Liberto é exemplo de Economia Criativa

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 16:04

Agosto 23 2012
Designers visitam o Mercado Bolonha sob a orientação da consultora Regina Machado


Elementos e detalhes que se confundem no cenário rotineiro da cidade, mas que um olhar mais atento remete a um período em que Belém, a calorosa capital do Pará, era a porta de entrada da Europa no Brasil. Azulejos, gradis, objetos decorativos em fachadas de prédios e formas inspiradas no Art Noveau foram observados com mais apuro pelos profissionais do Polo Joalheiro, que se preparam para criar a coleção de joias a ser lançada na IX Pará Expojoia – Amazônia Design, a feira do setor joalheiro que acontecerá em dezembro, no Espaço São José Liberto.

 

Sob a orientação da consultora Regina Machado, do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), o “Workshop de Geração de Produtos Coleção Expojoia 2012” começou na terça-feira (21) com um ciclo de palestras sobre a Belle Époque, o período de riquezas proporcionado pelo comércio da borracha, e continuou na quarta-feira (22) com uma visita monitorada a vários pontos de Belém, como o Mercado Francisco Bolonha, no Ver-o-Peso, a Praça do Relógio, o Theatro da Paz e o centro comercial.


O workshop é voltado à criação e confecção das joias para a IX Pará Expojoia – Amazônia Design, que ocorrerá de 4 a 8 de dezembro, promovida pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), instituição gerenciadora do Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro, em parceria com o Governo do Pará, via Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).


O workshop é direcionado aos designers de joias e profissionais da área de Design vinculados ao Programa de Desenvolvimento do Setor de Joias e Metais Preciosos do Pará, gerenciado pelo Igama.

Fachada da Loja Paris N'América
“Viagem” - A visitação partiu do Complexo Ver-o-Peso, passando por construções como a Loja Paris N’América, cujas escadarias chamam a atenção pela beleza, e terminou no Theatro da Paz, uma das relíquias arquitetônicas do Ciclo da Borracha.

“Viagens pela Belle Époque: Olhares sobre o cotidiano e o urbanismo da Belém no início do século XX” foi o tema do ciclo de palestras, no qual Regina Machado, arquiteta, designer de joias, mestre em Comunicação dos Sistemas Simbólicos e doutora em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ), iniciou o trabalho de concepção da nova coleção.

Regina, que também é pesquisadora de tendências para o IBGM e consultora criativa para o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), contou na visitação aos prédios históricos com a participação de Thiago Vianna, historiador e gestor de Patrimônio Histórico e Cultural. 
Poste da Praça do Relógio

Inspirações - O grupo de alunos e técnicos do Polo Joalheiro começou a visita pela Praça do Relógio, localizada no centro comercial, onde foram registrados desde os detalhes dos postes que contornam a praça, com “seus capitéis (coroas das colunas) coríntios, bem Art Nouveau (Arte Nova), ao estilo Belle Époque”, observou Regina Machado. 

Thiago Vianna também apontou as estátuas em destaque na parte superior de algumas construções, elementos decorativos fabricados por uma empresa de Portugal, que serviam para enfeitar casas e lojas comerciais, representando as Letras, o Comércio, a Lei e outras formas de demonstrar o status de seus proprietários. 


Durante a visitação, tudo poderia servir como fonte de informação e inspiração para os designers, como os detalhes das formas das grades e até das pequenas argolas colocadas no alto das fachadas de alguns prédios que, de acordo com o historiador, serviam para a locomoção de móveis maiores que não poderiam ser levados para os andares superiores pelas escadas estreitas.


Estrutura metálica do Mercado Bolonha

 

Detalhe da arquitetura do Mercado Bolonha

Ao apontar uma grade que lembra a forma das asas de um pavão, Regina Machado informou que, dentro do amplo tema que envolve a Belle Époque, a serralheria pode ser uma grande fonte de criação, por destacar formas românticas, como um coração em forma de flecha de cupido, que faz parte da estrutura do Mercado Bolonha (mais conhecido como mercado de carne). “A grade fala muito do feminino e tem a facilidade e a diferenciação dos metais que a gente trabalha na joalheria, o ouro e a prata. Vamos tentar um olhar abduzido, como um ser de outro planeta que se encanta ao olhar o mundo pela primeira vez”, ressaltou a consultora.

 

 

Fachada da 6ª Seccional Urbana de Polícia, na Praça das Mercês

Azulejos encontrados, por exemplo, na entrada do Mercado Bolonha, são outra fonte rica de inspiração, bem como as fachadas de prédios, como o que abriga a 6ª Seccional Urbana de Polícia, em frente à Praça das Mercês, onde se vê a mistura de colunas de estilo Coríntio, da Escola Greco Romana (e suas formas em arabescos), com elementos neoclássicos (horizontais) da própria estrutura do prédio. Regina Machado lembrou que o período romântico é saudosista, misturando elementos de vários estilos. “O espírito da Belle Époque se encanta nos pequenos detalhes: é fantasioso e teatralmente eclético”, reiterou.

 

Belle Époque amazônica - Os participantes também conferiram a harmonia de desenhos, formas, cores e estilos característicos da riqueza do período na chegada à Loja Paris N’América, fundada em 1870 e localizada na Rua Santo Antônio, no centro comercial. Nela funciona uma loja de tecidos, e já foi um ponto de encontro da sociedade paraense. A arquitetura é a própria representação do que Belém vivenciou no Ciclo da Borracha, quando a cidade ficou conhecida como Paris N'América ou como Belle Époque Amazônica.


O grupo acompanhou atentamente as explicações e fotografou o piso, o lustre e as colunas da loja, onde a sofisticação do corrimão de ferro da escadaria central foi realçada, além da pintura. A consultora explicou que era comum no período algumas pinturas e esculturas retratarem a “europeização da figura humana”, como representar índios com o tipo físico do europeu.


Thiago Vianna e Regina Machado (centro), na escadaria da Paris N'América 
Detalhe de painel de azulejo da Fan Pacheco

História - Na Biblioteca Fran Pacheco, na sede social do Grêmio Literário e Recreativo Português, os visitantes viram logo na entrada grandes painéis em azulejos, retratando fatos históricos. Segundo Thiago Vianna, o local, que abriga especialmente exemplares das Literaturas Portuguesa, Francesa e Espanhola, servia como espaço para realização de cursos e como uma pequena escola de alfabetização para os portugueses que chegavam à cidade.

 

Seguindo o roteiro, o grupo visitou a sede da Fundação Yamada, casarão localizado na Travessa Frutuoso Guimarães, que está sendo restaurado para ser um espaço cultural. Regina Machado apontou, na entrada do prédio, a coluna em estilo Jônico com elementos marajoaras, ressaltando a estilização e a mistura características do período. 

 

A designer Rosa Leal destacou a beleza da pintura feita à mão nas paredes de cada ambiente da entrada, que remetem ao colorido da chita, tecido estampado de cores fortes, geralmente florais. Rosa também ressaltou a geometria dos tacos de madeira do piso, diferenciada em cada sala.

Sede social do Grêmio Literário Português abriga a Biblioteca Fan Pacheco

 

Aprovação – “Qualquer atividade para a criação de projetos demanda muita pesquisa, que serve de lastro para a criação. Este workshop está muito rico, tanto pelas visitas, quanto pelas quatro palestras, todas muito completas e informativas”, disse o designer Fares Farage, formado pelo Curso de Design da Universidade do Estado do Pará (Uepa), com habilitação em Projeto de Produtos, e vinculado ao Polo Joalheiro.  

 

O grupo ainda percorreu a Avenida Presidente Vargas e a Praça da República, completando o roteiro em frente ao Theatro da Paz. Regina Machado falou sobre o paisagismo característico do período, representado pelo conjunto urbano composto pela arquitetura e pelas alamedas de mangueiras centenárias. Ela frisou, ainda, que a Belle Époque retrata muito a figura feminina, as musas, sendo a cidade de Belém a grande musa inspiradora para cada joia que será criada e mostrada na próxima Pará Expojoia.

 

Belém da Belle Époque é a musa inspiradora da Expojoia 2012

TEXTO: SOCORRO COSTA E LUCIANE BARROS/ASCOM/IGAMA
FOTOS: THIAGO PINOTTI E CLARISSE FONSECA/IGAMA  
Ascom/Igama
FONTE: http://blog.saojoseliberto.com.br/2012/08/designers-visitam-belem-da-belle-epoque.html
publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 22:56

Dezembro 31 2010
30/12/2010 16:13
Da Redação
Secretaria de Comunicação
No meio da praça, o busto da irmã Dorothy é observado pelas pessoas que agora contam com um espaço de lazer e cultura no bairro da Sacramenta
A religiosa Júlia Depweg agradeceu, em nome do Comitê Dorothy, o trabalho realizado pela governadora Ana Júlia Carepa em favor dos movimentos sociais

A praça Dorothy Stang foi inaugurada pela governadora Ana Júlia Carepa, em Belém, nesta quinta-feira (30). O local integra o complexo viário Júlio César e servirá como espaço de lazer, esporte e cultura. Como anexo do elevado Daniel Berg, a praça está localizada entre as avenidas Pedro Álvares Cabral, Júlio César e Senador Lemos, no bairro da Sacramenta.

 

Composta por ginásio de esportes, anfiteatro, três quiosques para lanches, pista de skate, um infocentro do NavegaPará e três quadras de areia, a praça também tem espaço para eventos dos centros comunitários de seu entorno. Sérgio Almeida, presidente da Associação Comunitária que reúne os bairros envolvidos, será o gerente do local.

 

"A praça cumpre dois papéis, o urbanístico e o de espaço, mesmo que pequeno, mas fundamental de pertencimento", destacou Marcílio Monteiro, secretário de Estado de Projetos Estratégicos. Para ele, a homenagem é singela, mas importante, e representa a sabedoria e diversidade da luta de uma mulher que se engajou pelo bem-estar de todos.

 

A missionária Júlia Depweg, da Congregação das Irmãs de Notredame, representando o Comitê Dorothy Stang, agradeceu ao governo estadual, lembrando que a irmã Dorothy sempre lutou pela igualdade e para que todos, sem distinção, tivessem um pedaço de terra para morar.

 

Segundo ela, irmã Dorothy ficaria feliz com a homenagem e por saber que os trabalhadores participaram do momento. "Você, Ana Júlia, não vai continuar como governadora, mas vai continuar como amiga de todos nós", declarou Júlia Depweg. "Esta praça vai lembrar o que ela (Dorothy) fez pelo povo do Pará", finalizou.

 

Homenagens - Destacando o "compromisso pelo povo do Pará" da governadora Ana Júlia Carepa, o vereador Marquinho Silva, além de elogiar o espaço, anunciou que no próximo Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) a governadora receberá a Medalha Irmã Dorothy, como homenagem da Câmara dos Vereadores.

 

Já o deputado estadual Carlos Bordalo ressaltou a presença dos mototaxistas, que em 2010 tiveram sua profissão regulamentada pelo governo do Estado, que também deixou R$ 30 milhões no Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran/PA) para a capacitação de mototaxistas em todo o estado.

Ana Júlia informou que o governo também garantiu R$ 400 milhões para a conclusão das obras do Ação Metrópole, recursos oriundos de investidores do Japão, e que incluem a implantação do Bilhete Único, o qual reduzirá custos de transporte para os usuários de Belém e Região Metropolitana.

 

A governadora Ana Júlia Carepa falou da dedicação da irmã Dorothy e agradeceu o trabalho dos operários, frisando que o seu governo investiu nas pessoas, em primeiro lugar, sem deixar de investir em obras de relevância social. Ao final da cerimônia houve apresentação do grupo Ananindeua Dance.

 

Luciane Fiuza - Secom

 

Fotos: Cláudio Santos - Agência Pará


Fonte: http://www.pa.gov.br/noticia_interna.asp?id_ver=70242

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 16:55

Dezembro 17 2010

16/12/2010 18:27

Da Redação - Agência Pará

 

A partir do ano que vem, todos os arquivos fundiários do Pará serão disponibilizados na internet, por meio de um sistema que também cadastrará novos processos, facilitando procedimentos adotados na regularização da terra ou na manutenção de lotes já regularizados. O Sistema de Gerenciamento de Imóveis Rurais (Segir), uma experiência inovadora no Brasil, foi lançado na manhã desta quinta-feira (16) no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, pelo presidente do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), José Heder Benatti, que também fez um balanço da gestão (2007/2010) e anunciou os recursos deixados para a próxima.

 

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Sidney Rosa, estava presente e disse que o novo sistema de dados ajudará a dar "respostas rápidas" a médios e grandes empresários, atendendo demandas do setor produtivo. "Foi bom (participar do evento) para conhecer os objetivos do projeto", ressaltou ele, complementando que o conhecimento será importante para planejar ações para os próximos anos.

 

O Iterpa deixa no seu caixa, aproximadamente, R$ 7 milhões, provenientes de ações de regularização fundiária (R$ 1 milhão) e de convênios com a iniciativa privada e pública nacional e internacional, totalizando cerca de R$ 6 milhões. Outro grande passo desta administração diz respeito à nova legislação do órgão, implantada em junho de 2009, a qual ajudou a definir o que é ou não terra regular no Estado, a revisar o valor das terras, a aprovação de preços, entre outros benefícios.

 

Durante a prestação de contas públicas, José Heder Benatti destacou que o Iterpa procurou cumprir sua missão ao pensar a regularização fundiária com preocupação na proteção ambiental e redução da violência no campo. Com foco na "democratização da propriedade", disse ele, o Iterpa procurou assegurar o direito de propriedade de toda a sociedade, priorizando regularizar a situação dos pequenos proprietários. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) do Pará, destacou, foi grande parceira neste trabalho, com suas críticas, contribuições e apoio.

 

Até o final do ano cerca de 16 mil famílias deverão ser beneficiadas. "A questão não era só titular, mas criar um sistema de titulação e consolidação do sistema de propriedade no Pará", explicou o presidente, dizendo que além de configurar a validade do título de terra, também foi feito o georreferenciamento, que certifica do limite de cada área.

 

Entre outros resultados, o Iterpa realizou o levantamento de informações, necessário para orientar o ordenamento territorial e o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), bem como titulou 18 áreas quilombolas. Também criou assentamentos estaduais, titulou (de forma ágil) pequenos e médios ocupantes de terra pública, fortaleceu a agricultura familiar e o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O Iterpa também definiu, em parceria com o Incra, as áreas patrimoniais urbanas municipais e públicas (estaduais e federais), transferindo terras do patrimônio estadual para o municipal, além do trabalho de arrecadação das terras devolutas estaduais, processo que poderá gerar um grande volume de recursos para o Estado. O presidente explicou que a venda de terras estava paralisada por falta de legislação, já a Lei existente estava desatualizada e incompatível com a realidade social e ambiental do Estado.

 

A varredura fundiária, iniciada em 2006, em São João da Ponta, foi ampliada e, hoje, se estende a 20 municípios. Nesse trabalho, técnicos do Instituto preparam um diagnóstico do sistema fundiário de cada município, por meio de diálogo com a prefeitura, Câmara Municipal, sindicatos e entidades, para discutir sobre o passivo ambiental. Essa experiência metodológica deve passar por aprimoramento, visando descobrir diferentes formas de realizar a varredura fundiária. "É difícil, no Pará, ter um único modelo. A varredura deve obedecer cada realidade", frisou Benatti.

Ele também destacou mudanças feitas na estrutura organizacional do órgão, como a criação de um conselho diretor - que descentralizou as ações e decisões -, de um núcleo de programas e projetos, de uma ouvidoria e assessoria de Comunicação. A aquisição de uma sede definitiva também foi uma das conquistas dessa gestão.

 

O presidente foi homenageado pelos servidores com uma plaqueta de reconhecimento. Ele agradeceu os esforços de todos dentro do Iterpa e demais órgãos e secretarias, bem como as parcerias com prefeituras, União e iniciativa privada, destacando o apoio político e a crediblidade da governadora Ana Júlia Carepa. "O trabalho do Iterpa só foi possível porque a governadora deu crédito, nesta gestão, a estes problemas de regularização fundiária, em um momento muito difícil", finalizou.

 

Cláudio Santos/ Ag. Pa  Clique na imagem para ampliar

Durante a prestação de contas públicas, José Heder Benatti destacou que o Iterpa procurou cumprir sua missão ao pensar a regularização fundiária


Modernização - O novo banco de dados do Sigir vai funcionar dentro do site do Iterpa (www.iterpa.pa.gov.br), que foi totalmente reformulado nesta gestão, unificando a base do Incra e do Instituto, o que tem facilitado as consultas, cujos registros diários de órgãos nacionais e internacionais são intensos.

 

Uma empresa terceirizada desenvolveu o programa do Sistema de Gerenciamento de Imóveis Rurais, uma parceria do Iterpa com o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), os resultados serão obtidos de forma ainda mais ágil e beneficiarão a ambos os órgãos e demais setores públicos e da iniciativa privada. O processo de digitalização dos arquivos fundiários passa por várias etapas, como a higienização, organização e digitalização. A digitalização de cerca de cinco milhões de processos iniciou no final de 2009 e o sistema deve começar a funcionar ano que vem.

Com o novo portal fundiário o atendimento das principais atividades do órgão será agilizado, permitindo a atualização e o cadastro automático. Um procedimento que demoraria meses poderá ser feito em horas, como, por exemplo, a verificação da validade de um título e da cobertura vegetal para a apresentação de um plano de manejo para a obtenção de financiamento junto a um banco.

 

Entre as novidades, estão ainda os módulos de geoprocessamento, recurso que valida a geometria referente aos lotes. O sistema que denuncia falhas de coerência nos dados funciona com o apoio do Google Earth - Sistema Google que apresenta um modelo tridimensional do globo.

 

O Sigir será fundamental também na modernização dos cartórios, resolvendo problemas antigos e graves, como a existência de títulos falsos de terra e até com registro irreal de limites - alguns ultrapassavam o tamanho geográfico do Estado. O Pará, como os demais estados da Amazônia Legal, terá a modernização dos seus cartórios, prevista para ser implantada ano que vem, por meio de um programa do Incra e do Conselho Nacional de Justiça, onde um Termo de Cooperação Técnica já disponibilizou R$ 10 milhões para a capacitação dos juízes e cartorários, criando provimentos para o registro de imóveis. A idéia, segundo Benatti, é juntar a base de dados do Iterpa com esse novo sistema digital, para evitar fraudes e irregularidades, agilizando os procedimentos.

 

Rodolfo Oliveira/Ag Pa  Clique na imagem para ampliar

Entre as ações do Iterpa, estão as emissões de 17 Títulos de Reconhecimento de Comunidade

Quilombola, favorecendo mais de mil famílias


Parcerias com movimentos sociais - O presidente da Fetagri, Carlos Augusto Santos, destacou ações importantes desenvolvidas pelo Iterpa, ao longo destes quatro anos, como a identificação de uma política de regularização dos territórios quilombolas, com a criação de 18 assentamentos - até o final do ano devem ser criados mais 12. Segundo ele, dados não-oficiais dão conta da existência de 70 a 80 comunidades quilombolas paraenses e o ideal seria a criação de, pelo menos, 20 assentamentos quilombolas por ano.

 

Por meio do processo de georreferenciamento, falou Carlos Augusto, puderam ser emitidos títulos coletivos, que deram "as garantias e reagruparam as comunidades quilombolas. Uma política importante e indiscutível". O presidente da Fetagri enfatizou ainda a criação do Sistema de Gerenciamento de Imóveis Rurais e dos processos de assentamento das terras públicas estaduais.

 

De acordo com Bennatti, a nova legislação permitiu, de 2009 até o momento, a titulação de aproximadamente 400 mil hectares de terra, incluindo pequenos, médios e grandes imóveis rurais.

 

Luciane Fiuza - Secom


Fotos: Claudio Santos e Rodolfo Oliveira (Agência Pará)


Fonte: http://www.agenciapara.com.br/exibe_noticias_new.asp?id_ver=69970

 

LEIA MAIS AQUI: http://www.agenciapara.com.br/exibe_noticias_new.asp?id_ver=69908

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 04:18

Dezembro 01 2010
01/12/2010 12:58
Da Redação
Secretaria de Comunicação
Presidente Lula, ao lado da governadora Ana Júlia e da presidente eleita Dilma Rousseff, festeja a inauguração das eclusas de Tucuruí

© LUCIVALDO SENA / AG. PARÁGovernadora Ana Júlia Carepa: obra permitirá o escoamento das riquezas minerais gerando emprego e renda para a população paraense

O presidente Lula, a presidente eleita Dilma Rousseff, a governadora Ana Júlia Carepa e o prefeito de Tucuruí Sancler Antônio Ferreira inauguram as eclusas
Além de ministros, governadores, autoridades e representantes de movimentos sociais, mais de três mil pessoas estiveram presentes à inauguração

Maiores do mundo em desnível, eclusas de Tucuruí facilitam escoamento de produtos para exportação e incentivam queda de preços na compra de produtos do Centro-Oeste do Brasil

A placa alusiva à inauguração das eclusas de Tucuruí, localizadas no rio Tocantins e considerada a mais importante obra hidroviária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), foi descerrada na tarde desta terça-feira (30). A cerimônia ocorreu em um palco montado no bairro da Nova Matinha, próximo à Eclusa 1, na beira do canal que divide as duas eclusas. Participaram do evento o presidente Luis Inácio Lula da Silva, a presidente eleita Dilma Rousseff, a governadora Ana Júlia Carepa, o prefeito de Tucuruí Sancler Antônio Ferreira, ministros, governadores, outras autoridades e representantes de movimentos sociais, além de um público de mais de três mil pessoas.

 

O sistema de integração de desnível (eclusas) possibilitará a utilização dos rios Tocantins e Araguaia como hidrovias de grande porte, ligando o porto de Belém à região do Alto Araguaia, no Estado do Mato Grosso, permitindo o tráfego de comboios de até 19 toneladas de carga. Com as eclusas, que vencem, juntas, um desnível de 74 metros, a Hidrovia Araguaia-Tocantins, de cerca de 2 mil quilômetros de extensão, passa a ter total navegabilidade em um trecho de quase 500 Km.

 

A governadora Ana Júlia Carepa destacou que a obra é um "benefício de mão dupla", já que vai facilitar tanto o escoamento de produtos para exportação quanto vai incentivar a queda de preços na compra de produtos vindos do Centro-Oeste do Brasil. Fazendo referência à produção industrial do aço da siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), de Marabá, um investimento de R$ 3,3 bilhões, cuja logística depende diretamente do modal hidroviário, a governadora disse que a ação permitirá o escoamento das riquezas minerais, e que agora o minério não vai sair do Estado sem gerar emprego e renda para o povo paraense.

 

Os comboios carregados de minério, até o momento, precisavam navegar de Marabá a Tucuruí, onde realizavam o transbordo para caminhões para poder ultrapassar o trecho de desnível e voltar a ser transportados pelo rio até os portos de Belém e Vila do Conde. Com a conclusão das eclusas, o transbordo deixa de ser necessário e a viagem ficará mais curta, o que resultará na redução de custos e na redução de emissão de CO2.

 

"Hoje nós estamos escrevendo uma nova história no Pará, um sonho de 30 anos", resumiu a governadora, enumerando outras conquistas e o desenvolvimento que grandes obras e ações trazem para os paraenses, como o "novo momento econômico" que vive Marabá, com a construção de, por exemplo, 20 residenciais e dois shoppings center. O Pólo de Biodiesel, que vai transformar o Pará no maior pólo do mundo, e a Fábrica de MDF, em Paragominas, também foram destacados por ela.

 

Desenvolvimento - "Essa eclusa só terá sentido se ela significar a melhoria da qualidade de vida de mulheres e homens que moram neste país, neste Estado, nesta região", falou o presidente Lula, lembrando que, na véspera, anunciou a inauguração de 30 escolas técnicas e 15 campi universitários no país. Ele falou ainda de obras importantes em andamento ou que serão iniciadas no governo de Dilma Rousseff, como a Ferrovia Norte-Sul e a Oeste-Leste (que sairá da Bahia até a capital paraense).

Dilma Rousseff respondeu frisando que Lula foi o primeiro presidente que olhou para o Brasil e viu que só valia a pena o crescimento econômico com o desenvolvimento social. Segundo ela, Lula sabia que as eclusas seriam uma oportunidade de crescimento econômico e geração de emprego e renda para o Estado. "Por trás dessa grande obra da engenharia (brasileira), tem a vida das pessoas. Qual é o bem que essa obra traz para o Estado do Pará? É esse o olhar do presidente Lula", relatou.

 

Percurso - Às 16h45 em ponto, o presidente, a comitiva e membros da imprensa chegaram ao local da solenidade, onde foi transmitido um vídeo institucional sobre o sistema de transposição do rio Tocantins. Antes, às 14h20, a governadora e o prefeito de Tucuruí receberam a presidente eleita Dilma Rousseff e sua comitiva, e em seguida o grupo recebeu o presidente Lula.

Eles partiram para embarcar na balsa que fez a travessia inaugural das eclusas da UHE de Tucuruí, partindo da eclusa 1, onde fizeram a transposição de cerca de quase meia hora, em direção à eclusa 2. Dentro da balsa, foi exibido um vídeo explicativo em projeção 3D, onde foi possível visualizar o projeto da obra e detalhes do funcionamento das eclusas.

 

Durante a cerimônia, o presidente também assinou um termo de compromisso para a contratação de 39 engenheiros elétricos e civis, formados no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) de Tucurui, que irão trabalhar na UHE de Belo Monte. Foi assinado ainda um termo de cooperação entre a Eletrobras/Eletronorte e as Centrais Elétricas do Pará (Celpa), relativo ao financiamento para a expansão do Linhão do Marajó - um investimento de R$ 298 milhões.

 

Um Protocolo de Intenções também foi assinado durante o evento, destinado à execução de obras de compensação, que beneficiarão famílias atingidas pela construção das eclusas, moradoras dos bairros Nova Matinha, Vila Pompéia e Piedade.

 

Investimentos - A Usina Hidrelétrica (UHE) de Tucuruí, inaugurada em 1984, é a maior do Brasil e segunda maior do mundo, e as eclusas serão as maiores do mundo em desnível. As obras, que datam de 1981 e foram interrompidas por três vezes, ganharam impulso em 2008, com a sua inclusão no PAC, responsável por quase R$ 1 bilhão do total de R$ 1,66 bilhão do investimento.

De responsabilidade do Ministério dos Transportes, a partir de 2006, a execução passou a ser das Centrais Elétricas Brasileiras S/A (Eletrobras)/Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte), por meio de um convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério dos Transportes (MT).

 

Na época de pico da construção das eclusas de Tucuruí, em junho de 2009, a obra contava com 3.646 operários, dos quais 80% eram mão-de-obra regional. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), no Estudo do Impacto Ambiental (EIA) do projeto de transposição, elaborado em 1998, constam medidas como a implantação do plano de ocupação do entorno do lago da eclusa para recuperação de áreas degradadas, construção do bairro Nova Matinha e benfeitorias nas áreas rurais.

 

Luciane Fiuza e Renata Biondi - Secom

 

Fotos: Lucivaldo Sena - Agência Pará

 

FONTE: http://www.pa.gov.br/noticia_interna.asp?id_ver=69605

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 22:00

Novembro 28 2010
26/11/2010 19:58
Da Redação
Secretaria de Comunicação
Arquivo Eletrobras Eletronorte Totalmente navegável com as eclusas, o rio Tocantins ganha a condição de se tornar uma via de transporte de carga e passageiros

Arquivo Eletrobras EletronorteAs eclusas de Tucuruí permitirão o escoamento das riquezas minerais e da produção de aço do sudeste do Pará

A total navegabilidade do rio Tocantins será restaurada a partir da próxima terça-feira (30), com a inauguração das eclusas de Turucuí, que permitirão a implantação da Hidrovia Araguaia-Tocantins, ligando o porto de Belém à região do Alto Araguaia, no Estado do Mato Grosso, numa extensão de aproximadamente dois mil quilômetros.

 

A solenidade de inauguração das eclusas contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da governadora Ana Júlia Carepa, de ministros e secretários de Estado, dirigentes de estatais do setor elétrico e outras autoridades. Na ocasião, será anunciada a contratação de 39 engenheiros formados pela Universidade Federal do Pará (UFPA) em Tucuruí. Eles trabalharão na Usina Hidrelérica (UHE) de Belo Monte.

 

A obra, datada de 1981 e orçada em R$ 1,66 bilhão, é coordenada pelo Ministério dos Transportes. Além de minério e de carga, em geral, o corredor hidroviário permitirá o deslocamento de pessoas, num Estado onde os rios são meios essenciais de transporte.

 

Em 2006, a execução do projeto de Transposição de Desnível de Tucuruí, que consiste na construção de duas eclusas, passou à responsabilidade da Centrais Elétricas Brasileiras S/A (Eletrobras)/Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte), por meio de um convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Ministério dos Transportes.

 

As eclusas de Tucuruí são as maiores do mundo em desnível. Cada uma vencerá cerca de 35 metros de diferença de nível, com um canal de cerca de 5,5 km entre elas. A construção da barragem de Tucuruí deixou um desnível de 75 metros.

 

Impulso - A plena navegação do rio Tocantins, antes impossibilitada a grandes embarcações pela existência de corredeiras, incrementará a economia do Estado, permitindo o tráfego de comboios com capacidade de carga de até 20 mil toneladas. A exploração, em larga escala, dos recursos minerais e agropecuários das regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, ganhará impulso com as eclusas.

 

“A inauguração do Sistema de Transposição dos rios Tocantins e Araguaia é um sonho que permeava, há 30 anos, as aspirações dos paraenses. A inauguração das eclusas viabiliza a hidrovia do Tocantins”, disse a governadora Ana Júlia Carepa, para quem a obra também permitirá “o escoamento de nossas riquezas minerais, e da produção industrial do aço da siderúrgica Aços Laminados do Pará, de Marabá".

 

De acordo com a assessoria da Eletronorte/Eletrobras, as eclusas permitirão o tráfego de carga até o porto de Vila do Conde, em Barcarena, próximo à capital paraense, local estratégico em relação aos mercados norte-americano, europeu e do extremo oriente.

 

Agenda - A comitiva do presidente Lula tem previsão de desembarque no aeroporto de Tucuruí às 13h30 do dia 30 de novembro, onde será recebida pela governadora Ana Júlia Carepa e pelo prefeito de Tucuruí, Sancler Antônio Wanderley Ferreira. De lá, o grupo visitará a Tenda 3D, um espaço na Vila da Eletronorte, onde será exibido um vídeo sobre o processo de transposição do rio Tocantins.

 

Em seguida, uma balsa levando o presidente, a comitiva, imprensa e convidados partirá do Porto Montante, fazendo o trajeto de transposição das Eclusas de Tucuruí, até o bairro da Matinha, onde ocorrerá a solenidade de inauguração e o anúncio da contratação dos engenheiros, que integram a primeira turma do campus da UFPA de Tucuruí.

 

A proposta de contratação foi feita pela governadora ao Consórcio Belo Monte, responsável pela UHE de Belo Monte. “Esse é um dos pontos que o governo do Estado valoriza, a mão de obra local”, reiterou ela, ressaltando que seu governo priorizou ações e propostas voltadas para a área social.

 

Entre as autoridades presentes estarão Paulo Sérgio Oliveira Passos, ministro dos Transportes, e Mário Pereira Cimmermann, ministro de Minas e Energia. É esperada a participação de mais de três mil pessoas, que presenciarão a última visita ao Estado de Luiz Inácio Lula da SIlva, na condição de presidente do Brasil.

 

Luciane Fiuza – Secom

 

FOTOS: arquivo da Eletrobras Eletronorte

 

FONTE: http://www.pa.gov.br/noticia_interna.asp?id_ver=69540

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 01:34

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