Um crescimento de 30% nas vendas realizadas em 2012 e de 10% no número de visitantes, em relação ao ano anterior, além de profissionais selecionados em concursos internacionais de joias e bijuterias, são alguns resultados das ações desenvolvidas no Espaço São José Liberto, onde funcionam o Museu de Gemas do Pará, o Polo Joalheiro e a Casa do Artesão.
Referência cultural, artística, arquitetônica e de comercialização de joias e artesanato do Pará, o São José Liberto é administrado pela Organização Social Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), que investe em ações destinadas a estimular o crescimento de vendas e da visitação, e ampliar a participação do Polo Joalheiro em eventos comerciais nacionais e internacionais.
Com a parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), o Igama firmou parcerias com a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), a Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e com a Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav).
O resultado desse trabalho em conjunto está no crescimento das vendas no espaço, que totalizaram no ano passado R$ 1.652.672,55. Desse total, a loja UNA – administrada pelo Igama e que reúne os trabalhos de 40 pequenos empreendedores - foi responsável por R$ 918.574,23. O número de visitantes chegou a 288.015, uma média de 24 mil pessoas por mês, o equivalente a 10% a mais que o número registrado em 2011.
SURPRESAS - As amigas Érika Neves e Renata Erler (FOTO), que visitaram pela primeira vez o São José Liberto na manhã do último sábado (2), se disseram “encantadas” com o espaço e os produtos. “Todos têm de vir aqui. É surpreendente! Muito lindo mesmo!. Nunca imaginei que existia um trabalho desses aqui. Já comprei uma joia que retrata muito bem o meu Estado. Já vou trazer duas outras amigas em outubro”, declarou Érika, que é paraense mas está fora de Belém há 18 anos.
Renata, natural de Vitória, no Espírito Santo, também afirmou ter ficado “extasiada” com o local e as joias. “Isso aqui é maravilhoso. É muito bom ver essa transformação de um prédio que era um presídio, que lembra violência, em um local de coisas lindas como estas joias e artesanato. A gente se surpreende com este local”, ressaltou.
No São José Liberto funcionam seis lojas de venda de joias, ocupadas por várias pequenas empresas. Uma delas, a Belém da Saudade, comercializa joias antigas. A proprietária, Conceição Souza, informou que o movimento é grande na loja. “A receptividade é muito boa. São joias que fazem as pessoas recordar o passado, pois são difíceis de encontrar. As pessoas vêm aqui comprar essas joias porque gostam, e ainda há aqueles que compram para dizer que são joias de família, que pertenciam aos bisavós”, contou.
Conceição Souza, proprietária da Loja Belém da Saudade. FOTO CLÁUDIO SANTOS AG. PARÁ
PREMIAÇÕES – O reconhecimento ao trabalho desenvolvido no Polo Joalheiro se reflete, também, na projeção que os profissionais vinculados ao espaço vêm angariando, dentro e fora do país, nos segmentos joalheiro e artesanal.
Em 2012, quatro designers vinculados ao Polo foram selecionados no concurso internacional Bijoux d’Autore 2012, realizado na Itália. Entre as quatro selecionadas, Nilma Arraes ficou entre as 10 primeiras colocadas. As demais selecionadas foram Bárbara Muller, Mônica Matos e Marcilene Rodrigues.
No maior concurso internacional de joias em ouro, o AngloGold Ashanti AuDITIONS, promovido pela mineradora AngloGold Ashanti, da África do Sul, a designer paraense Selma Montenegro, natural de Afuá, no Arquipélago do Marajó, ficou entre as 18 finalistas, com o colar denominado “Açaí” . Em agosto, o Espaço São José Liberto receberá a exposição das joias vencedoras do concurso.
Na área de artesanato, a peça “Bufalo Montado”, do mestre Darlindo Oliveira Pinto, natural de Monte Alegre, no oeste paraense, foi agraciada com o certificado da terceira edição do “Reconhecimento de Excelência da Unesco para os produtos artesanais do Mercosul+”. Darlindo Oliveira é um dos mestres balateiros – profissionais que fazem miniaturas com a balata, uma goma elástica semelhante à seiva da seringueira -, que comercializam suas peças na Casa do Artesão.
Joias e artesanato do Espaço São José Liberto receberam premiações em 2012.
FOTO CLÁUDIO SANTOS AG. PARÁ
EIXOS - Rosa Helena Neves (FOTO), diretora executiva do Igama, ressaltou que o reconhecimento desse trabalho é fruto de três eixos de atuação. “Capacitação e inovação tecnológica, promoção de ações dentro e fora do espaço e a preservação do espaço. As joias produzidas aqui já têm uma identidade. Elas são culturais e históricas. O designer imprime nas joias os símbolos e ícones da região amazônica, numa perspectiva contemporânea, enfatizando a sustentabilidade, que é um tema atual. A joia paraense tem uma tradução de tudo o que somos na Amazônia. Ela mostra para o mundo a universalização da região”, explicou a diretora.
Segundo ela, 50% dos visitantes do espaço compram joia ou artesanato, ou peças dos dois segmentos. No São José Liberto também são comercializados acessórios de moda, setor incentivado pela parceria com instituições de ensino superior, como a Universidade do Estado do Pará (Uepa), a Universidade da Amazônia (Unama), a Faculdade do Pará/Estácio (FAP) e o Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (Iesam), visando a formação de novos profissionais.
Antenor Filho - Secom
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