Simplesmente Lu

Fevereiro 02 2011

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 17:27

Janeiro 27 2010

  

 

"Vou continuar, é exatamente da minha natureza nunca me sentir ridícula, eu me aventuro sempre, entro em todos os palcos".
  
Clarice Lispector.
 

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 12:50

Janeiro 18 2010

Trechos do último discurso de Zilda Arns em Porto Príncipe:

 

(...) Na realidade, todos nós estamos aqui, nesse encontro, porque sentimos dentro de nós uma forte vontade de divulgar ao mundo a boa notícia de Jesus. A boa notícia, transformada em ações concretas, é luz e esperança na conquista pela paz nas famílias e nas nações. A construção da paz começa no coração das pessoas e tem seu fundamento no amor, que tem raízes na gestão e na primeira infância, e se transforma na fraternidade e responsabilidade social.

 

(...) A paz é uma conquista coletiva. Acontece quando incentivamos as pessoas, quando promovemos os valores culturais e éticos, as atitudes e práticas pela busca de um bem comum, que aprendemos de nosso mestre Jesus. "Eu vim para que todos tenham vida e tenham em abundancia" (Jo 10.10).

 

(...) Como discípulos e missionários, convidados a evangelizar, sabemos que a força propulsora da transformação social está na prática do maior de todos os mandamentos da Lei de Deus: o amor, expressado na solidariedade fraterna, que é capaz de mover montanhas. “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo”, significa trabalhar pela inclusão social, fruto da Justiça; significa não ter preconceitos, aplicar nossos melhores talentos a favor da vida plena, prioritariamente daqueles que mais necessitam. Somar esforços para alcançar objetivos, servir com humildade e misericórdia, sem perder a própria identidade. Todo esse caminho precisa da comunicação constante para iluminar, animar, fortalecer e democratizar nossa Missão de Fé e Vida.

 

(...) Acreditamos que esta transformação social exige um investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças. Este desenvolvimento começa quando uma criança se encontra ainda no ventre sagrado de sua mãe. As crianças, quando são bem cuidadas, são sementes da paz e da esperança. Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceito que a criança.

 

(...) O objetivo da Pastoral da Criança é reduzir as causas da desnutrição e da mortalidade infantil, promover o desenvolvimento integral das crianças, desde sua concepção até os seis anos de idade. A primeira infância é uma etapa decisiva para a saúde, educação, consolidação dos valores culturais, cultivo da fé e da cidadania, com profundas repercussões ao longo da vida.

 

(...) Os resultados do trabalho voluntário, com a mística do amor a Deus e ao próximo, em linha com nossa mãe terra, que a todos deve alimentar, nossos irmãos, os frutos e as flores, nossos rios, lagos, mares, florestas e animais. Tudo isso nos mostra como a sociedade organizada pode ser protagonista de sua transformação. Neste espírito, ao fortalecer os laços que ligam a comunidade, podemos encontrar as soluções para os graves problemas sociais que afetam as famílias pobres. Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los.

 

Muito Obrigada!
Que Deus acompanhe a todos!

Dra. Zilda Arns Neumann

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 12:18

Novembro 12 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

== 11-11, 12-12 e 21-12 == A TRÍADE DE PORTAIS ESTELARES DO AMOR

 

Uma mensagem de Metatron através de Tyberonn, 8 de novembro de 2009


Saudações! Eu sou Metatron, Senhor da Luz. E abraço todos vocês na energia do Amor Incondicional!

E assim falaremos sobre a Tríade de Portais Estelares. Nós lhes dizemos que existem três aberturas frequenciais importantes ocorrendo no final deste seu ano. Elas vão ocorrer nos dias 11 de novembro de 2009, 12 de dezembro de 2009 e 21 de dezembro de 2009.

Estes portais estelares são uma parte importante da “Mudança Planetária”. Os três portais frequenciais citados formam uma Tríade de corredores de entrada, que trabalharão juntos para ajudá-los a passar por uma poderosa transição. O planeta está mudando de estação espiritual.

Os dias 11-11, 12-12 e 21-12 estão agrupados ao redor da liberação do medo e da aceitação do AMOR. Constituem o Retorno do Coração da Pomba. Eles trazem a Tríade de Portais Estelares do Amor – AMOR revigorado – e realmente são um aspecto e uma função da Idade Cristalina. Desta forma, o balanço do arco da dualidade diminui.

O AMOR É PRÓ-ATIVO

Mestres, nós lhes dizemos que, nos reinos Celestes, o amor é uma força frequencial pró-ativa. A tríade de portais oferece um aspecto generoso de amor que lhes dará a força de vontade para serem harmonicamente decididos em vez de passivos.

A Tríade de Portais capacita a humanidade a restabelecer uma influência apaixonada através da ação vigorosa. Onde a timidez e o medo fecharam portas internas, esta Tríade de Amor oferecerá a confiança frequencial que as reabrirá. Em 11-11, ela será recebida no nível micro, individualmente. Em 12-12, será recebida no macro, em grupo e em massa. E desta forma, manterá a passagem aberta para toda a humanidade passar pelo mesmo portal.

A energia que é oferecida na Tríade de Portais como sempre envolve a escolha e o discernimento de cada um de vocês. Mas também exige ação da sua parte para ativar a energia da capacitação que está se tornando disponível para toda alma humana que busca.

Essa energia lhe oferece a visão para enxergar o que não mais lhe serve e a capacidade de assumir os aspectos multidimensionais da sua consciência, oferecendo-lhe acesso ao lugar de poder na sua superalma. O local da sua superalma é o centro do poder e da Verdade Universal. E a Verdade Universal encontra-se em um campo de AMOR que, nos seus termos, é desprovido de medo. Ele se expande quando você entra, e lhe possibilita a capacidade de acessar uma vasta sabedoria e informações que o ajudarão na sua jornada de Ascensão.

Assim, você descobrirá que, em muitos aspectos, o propósito da sua vida e o sucesso dele estão ligados aos de outras pessoas. È imperativo que a humanidade descubra que cada um pode manter a realidade individual enquanto coopera com outros para produzir o potencial e os resultados mais elevados.

A HARMONIA NA IDADE CRISTALINA

Na Idade Cristalina da Terra Ascensionada, a parceria com outros de conteúdos diferentes será muito passível de ser realizada, quando a liberação do medo for permitida e o amor não for reprimido. Cooperação e harmonia não criam limitação, mas sim, expansão e criatividade.

No entanto, esta possibilidade requer responsabilidade. Não significa servilismo nem passividade na agonia da dualidade. O amor exige comprometimento de forças. Isto não significa intimidar os outros nem se permitir ser controlado pelo medo. Na verdade significa manter-se na sua própria verdade, e isto requer coragem delicada mas sólida.

O medo, da nossa perspectiva mais elevada, não é o oposto do amor. Na verdade, ele tem seu papel proposital na dualidade, assim como todos os “obstáculos”. E o AMOR também não tem que eliminar o medo em si. Em vez disso, em geral os dois trabalham em conjunto para permitir que a humanidade encontre a solução harmoniosa.

Mas não nos compreenda mal; o medo desenfreado pode separar e realmente separa. Ele reprime a sabedoria. Assim, ele é um catalisador na dualidade. O medo é empregado por aqueles que têm planos e desejo de controlar. Liberar o medo através da consciência da unidade é o teste final para todos vocês.

Como o seu grande mestre Mahatma Ghandi falou, quando você desarma o seu próprio coração em unidade com aqueles que são temidos e controladores, você desarma o coração deles também. Não se entregando, mas se mantendo firme no seu poder e verdade e, ao mesmo tempo, aberto para a unidade no amor dos outros.

Violência gera violência, e nunca é a resposta para a solução de conflitos. Por enquanto pode parecer que o lado escuro está vencendo, mas no final, é sempre o amor que prevalece.

Então, em essência, estes são os dois níveis de medo com os quais a Tríade de portais vai ajudá-lo a lidar. O primeiro é o medo interno, o medo que faz com que você se torne fraco, enchendo-o de dúvidas e confusão, prejudicando o Amor por Si Mesmo.

O segundo é o medo que vem de fontes externas. Em poucas palavras, é ficar “preso” por permitir que outros, em grupo ou individualmente, o controlem e limitem a sua liberdade.

Para superar as consequências prejudiciais do medo e seus efeitos colaterais de desespero, depressão e imobilidade, tudo o que se requer é encará-los com força. Em seguida, peça à sua Divindade para criar possibilidades e situações que sejam livres de medo e de danos, e então escolha o poder da vontade para vivê-los. Seja ativo!

TRÍADE DE PORTAIS: UM TEMPO DE PERCEPÇÃO INTERNA E RECARGA

A Tríade de Portais vai prover uma recarga, um reforço de coragem e percepção interna, dentro da vibração do AMOR ativo. Você será “empoderado”. Quando o medo for encarado e liberado, você descobrirá um fluxo interno de energia. Dentro dessa energia, você abrirá canais de criatividade antes adormecidos, e a criatividade leva ao poder de dirigir a sua própria vida. Mas a vibração do amor deve sempre guiar a utilização sábia do poder. As pessoas do seu planeta que verdadeiramente exercem o maior poder, fazem isso em fraternidade e transpiram delicadeza. O verdadeiro poder também é sutil. Mas é preciso ter percepção interior para conseguir isto.

No dia 11 de novembro, será introduzida uma energia que ajudará todos vocês a sair de uma vez das caixas energéticas nas quais muitos ainda estão presos, geralmente sem saber que estão. Alguns de vocês podem nem sequer estar conscientes das confusões em que estão enredados. O componente principal do confinamento é, mais uma vez, a velha energia do medo. E é um aspecto do medo que é multidimensional dentro do holograma de dualidade do tempo simultâneo do seu planeta. Muitos aspectos, que estão vindo à tona na energia ascendente, na verdade são remanescentes de encarnações individuais coincidentes, e que precisam ser limpas, clareadas.

Em essência, houve um recuo de muitos Trabalhadores da Luz, nos últimos meses; uma sensação de pausa. É por isto que, nas últimas semanas, muitas pessoas se sentiram presas, atoladas numa energia baixa que contém ondas de dúvida.

Nesta atual fase de desequilíbrio, dirigida astrologicamente, a velha energia está ressurgindo. Mas o que se vê não são apenas as religiões controladoras pseudo-sacrossantas; na verdade, todos os aspectos de falsas crenças que envolvem controle e vingança estão sendo levados à ebulição no cadinho exigido para a limpeza do planeta. Em essência, isto é o teste alegórico da “Tentação de Kristos” e é o espelho que reflete aquilo que não serve mais.

Queridos, recentemente lhes dissemos que as velhas religiões e as velhas crenças dogmáticas de controle estão na sua agonia final. A Luz atrai insetos, sempre foi assim. A violência nunca é a resposta. Todas as respostas se encontram na força da harmonia.

Aqueles dos quais é exigido, no novo paradigma, que abdiquem dos velhos tronos do poder, tanto no governo quanto (e especialmente) na velha energia da religião, não farão isso de boa vontade. Eles não cairão sem uma luta.

Mestres, vejam as incidências disto que ocorreram só durante o último mês na América. Isso está se manifestando em duas frentes, uma que é ativamente a cena central, e outra que é individual e submissa. Não caiam no pântano tranquilo da rendição.

O CORAÇÃO DA POMBA: A ROSA DE KRISTOS

Os dias 11-11, 12-12 e o Solstício de Dezembro são portais energéticos que vão ajudá-los a sair da lama. É o Retorno do Coração da Pomba e lhes oferece aquilo que alguns chamam de “Rosa de Kristos”. É o Coração da Pomba. É o momento de irradiarem sua luz e isto exige energia.

Existem muitos caminhos e muitas escolhas na estrada de crescimento de cada um. Um homem sábio é aquele que não se entrega facilmente às ameaças nem às ações dos “do contra”, que tentarão, na sua negatividade, gerar descrédito ou ameaças através do véu crítico do falso moralismo.

A Ascensão planetária necessita de buscadores que recuperem sua vontade e façam brilhar sua intenção decisiva num farol de confiança que não seja afetado pelos preconceitos e tendências da dualidade a cada momento.

Está na hora de correr através da lama. Queridos, se vocês abaixarem suas cabeças em desespero e confusão, o raio dos seus corações diminuirá de intensidade. Percam o momentum e o seu impulso para frente será abreviado. Se engolirem a animosidade e as ameaças amargas dos “do contra”, vocês ficarão desencorajados e, na verdade, este é o motivo do controle deles. Este é o papel deles na dualidade, entendem? – Enredá-los na confusão e na dúvida.

O Guerreiro Espiritual não pode, não deve permitir que as hostilidades do mundo externo penetrem as camadas de harmonia e amor em seu interior. Não se entregue! A rendição submissa seria individualmente sutil e muda, mas o arrependimento coletivo seria sentido no micro e no macro por toda a humanidade.

 

 
ENCERRANDO:

O Espírito ouve todos vocês. O Espírito fala aos corações em voz baixa e tranquila. O Espírito revela sua VERDADE a partir de dentro e exibe sua fidelidade através de cada passo do seu caminho de iluminação. O Espírito não é definido pela religião nem confinado por nenhum dogma. O Espírito também não busca aprovação na boa opinião dos outros nem na falta dela. O Espírito é VERDADE e a Verdade é resplandecente na forma e na falta de forma. O Espírito sempre projeta a frequência da impecabilidade na Lei Universal.

A abertura frequencial que ocorrerá em 11-11 (11 de novembro de 2009) é a que lança luz em todos esses aspectos. Na verdade, esse portal já está aberto desde a lua cheia do dia 2 de novembro. Revejam o 11:11. Façam um inventário. No dia 12-12 reúnam-se em grupos onde for possível e liberem.

No dia 21-12, projetem amor e assumam ativamente seu poder. O Amor é pró-ativo. O Amor é sustentador mas firme. O Inverno Espiritual no seu planeta está dando passagem, através da Energia Cristalina, para uma Primavera verdejante. Plantem as sementes nos seus corações, no AMOR nutridor e poderoso.

Esta energia está brilhando na Tríade de Portais através da emergente Grade Cristalina 144. Utilizem-na! É assim que a Ascensão acontece!

Eu sou Metatron e compartilho estas Verdades com vocês. Vocês são Amados!

E assim é
 

  

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Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
Fonte: www.Earth-Keeper.com
Os direitos autorais desta canalização pertencem a www.Earth-Keeper.com. A publicação em websites é permitida, desde que as informações não sejam alteradas e os créditos do autor e seu site sejam incluídos. Este material não pode ser publicado em jornais, revistas e nem re-impresso sem a permissão do autor. Para pedir permissão, escreva para EarthKeeper@consolidated.net.

Pedro Coelho
http://www.luzdegaia.org/
 

 

Fonte: Portal Semente da Luz

 

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 02:37

Setembro 30 2008

Li o texto no blog do Yúdice Andrade - yudicerandol.blogspot.com/ - e não resisti.

Um avozinho perfeito 

Ele provavelmente se assustaria em ser classificado assim, mas Ariano Suassuna é um pop star da Feira do Livro. No ano passado, tive o privilégio de vê-lo, ouvi-lo, colher um autógrafo e tirar uma foto. Lamento não ter sido possível este ano, mas aposto que foi um arraso, como sempre. Nada como um homem inteligentíssimo, cuja idade lhe permite falar de tudo. E o povo simplesmente adora.
Transcrevo trecho de sua preleção, comovente e forte, consoante publicado hoje em O Liberal, matéria de Carolina Menezes (foto da publicação online):


"(...) Fui criado, formado e deformado no Brasil. Temos que achar os problemas que existem no Brasil real, o Brasil de verdade. Educação não é o principal problema que nós temos, é a miséria, isso eu aprendi com a minha experiência de vida. Aos sete anos de idade, fui alfabetizado em casa, porque naquela época a gente não ia pra escola aprender a ler, já entrava sabendo. Minha mãe e uma tia me alfabetizaram. Na escola havia três meninos que eram constantemente ridicularizados. Menino, gente, é inocente, não é bobo, e por ser tão inocente faz cada crueldade sem sentir... Eu era tão ruim... (a platéia vai às gargalhadas)! Agora que eu estou melhorando um pouco. Pra vocês verem, chegava novato na escola, a primeira coisa que a gente fazia era arrumar um apelido pra ele, daqueles que te arrebenta pro resto da vida! E a gente tinha uma brincadeira, que eu não sei se vocês têm aqui, que se chamava garrafão. Aí, a gente chamava o novato pra brincar, e de propósito, não explicava direito as regras. Quando ele errava, todo mundo ia bater nele! Um dia entraram três irmãos pra estudar lá, Osório, Pedro e David. Maus alunos, os piores da escola. Com essa hostilidade toda, ninguém chamava eles pra brincar no recreio e eles ficavam num paredão, encostados, olhando. Minha mãe me dava um pão aberto no meio com manteiga, todo dia, pra eu levar. Um dia, na hora do recreio, eu peguei o pão pra comer e vi o Osório olhando. Senti algo que me fez perguntar se ele queria um pedaço. Ele disse que sim e eu dei a metade. Pois ele chamou os dois irmãos e dividiu em três o pedaço que eu dei pra ele. Dali em diante, todo dia que fazia aquilo. Se eu contasse à minha mãe, ela me dava uns tapas ou me daria mais três pães pra eu levar, não sei. Anos depois, eu reencontrei Pedro e ele me contou que aquele pão que eu dava pra eles era o café da manhã daqueles irmãos, gente. Eles vinham da zona rural todo dia sem nada na barriga. Como podiam aproveitar as aulas? Podia colocar ali o melhor educador do mundo que não ia dar jeito. A nós, compete lembrar desse problema, porque tem gente que não quer dar atenção. Hoje em dia, 18,4% da população brasileira vive na miséria, naquela linha que chamam de abaixo da pobreza. Antes do bolsa-família, eram mais de 34%, e ainda tem gente que fala mal do bolsa-família (platéia o interrompe com aplausos). Eu digo, a educação está em segundo plano dentro dos nossos problemas, a miséria é o primeiro. Tô falando isso porque comi três vezes só hoje, né? (...)".

 

Fonte: http://yudicerandol.blogspot.com/2008/09/um-avozinho-perfeito.html

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 04:55

Agosto 04 2008

 

 

"Reflexão – Palavras do mestre aos colegas de profissão
 
Agora que já cumpri 60 anos de carreira artística me atrevo a ensaiar uma declaração de amor aos colegas de profissão.
São tantos os sacrifícios que fizemos, tantas pequenas dores (e não tão pequenas...) diariamente, que a cada dia me preocupo menos com a capacidade física e mental de cada um e me preocupo, sim, com o brilho de seus olhos, com a tenacidade, a seriedade e, acima de tudo, o imenso amor e paixão pela dança.
Quando leio as críticas de nossos jornalistas julgando levianamente (mesmo que sejam eruditos nos assuntos) aos espetáculos a que assistem, sem terem sentido na carne o mistério do movimento, me pergunto se sabem que tudo o que conseguimos foi feito porque somos teimosos ao extremo, num país onde a corrupção corre solta, onde a mídia não vale nada, já que poucos se preocupam com o que se escreve nos jornais.
Você será seu próprio espetáculo, porque os custos são altos e o retorno de participar da mídia é mínimo.
Minha opinião é que não serve para nada destruir quando deveríamos participar, incentivar e tentar nos colocar no lugar de alguém que viaja quilômetros para fazer uma aula, com o dinheiro justo para a passagem...
Vocês sentiram fome alguma vez? Eu já...”  
 
Ismael Guiser*
 
 
*Ismael Guiser: bailarino, coreógrafo e maitre, morreu de infarto, aos 81 anos, na capital paulista, em 26 de abril de 2008.
O texto acima foi publicado na edição de junho, ano XVII, da Revista Dança Brasil.
 Mais informações nos seguintes links:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u396125.shtml
http://www.fotolog.com/valdanini/18555304
http://luanamello.blogspot.com/2008/04/ismael-guiser.html
publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 10:30

Agosto 04 2008

 

 

Vou soltar a minha voz!!! 
 
As palavras de Ismael Guiser me tocaram fundo. Quem já viveu a realidade da dança sabe o quanto é difícil e quase heróico sobreviver desta arte. Ser bailarino no Brasil é complicado demais. No Pará, então... Dancei bem menos do que sonhei nos palcos da vida. Ainda assim, senti na pele algumas dores e delícias proporcionadas pelo balé.  
 
Sou jornalista formada desde o início deste ano, mas escrevo, neste momento, por pura necessidade de me expressar. Costumo dizer que troquei os calos dos pés pelos das mãos, mas na verdade acho que meus olhos voltaram a brilhar quando me apaixonei novamente: quando decidi estudar Jornalismo. Não tenho o “atrevimento” do mestre Guiser para falar aos meus pares, pois ainda nem me sinto tão jornalista assim. Falta muito, preciso de mais, muito mais conhecimento e prática nos teclados da vida. De qualquer forma, vou colocar aqui no meu pequeno espaço algumas das minhas inquietações atuais, dirigidas, antes de tudo, a mim mesma, já que elas não me deixam sossegar enquanto não se materializam em forma de letras.
 
Participei do VI Congresso Estadual dos Jornalistas, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor), nos dias 1 e 2 de agosto, no Hangar. Não posso deixar de fazer algumas reflexões sobre o evento e o que presenciei nele. O inusitado (aquilo que é tão procurado pelos jornalistas) do encontro foi, sem dúvida, o que aconteceu no segundo dia: a aparição de cerca de 50 pessoas ligadas a diversos movimentos sociais, como o MST, o Centro Acadêmico de Direito da UFPA e os movimentos quilombolas. Eles protestavam contra a imprensa, em especial contra a Rede Globo, e entraram no auditório no início da palestra da Lúcia Leão, paraense que é editora-executiva do Jornal Hoje da Rede Globo. Ao notar os primeiros cartazes sendo abertos, ela chegou a fazer o seguinte comentário, de forma irônica: “Que meigo”. Depois, retirou-se do local e, no seu lugar, representantes dos movimentos começaram a falar. Reclamaram, por exemplo, relatando algumas situações específicas, da programação da Globo e de sua representante local, a TV Liberal, mostrar, inúmeras vezes, uma imagem “mentirosa” do Pará e dos movimentos sociais.
  
Mesmo sem o som do microfone, cortado imediatamente pela direção do Congresso, os manifestantes prosseguiram. Mais de uma vez, com a ajuda do coro dos demais participantes da manifestação, foram solicitados microfone e espaço para falar. Eles pediram até para compor a mesa junto com a palestrante. Em resposta, uma pessoa da diretoria do Sinjor falou (ou melhor, gritou) que o grupo estava desrespeitando o espaço de “trabalhadores” como eles. Descontroladamente, esta pessoa pediu silêncio para poder falar, o que foi conseguido com a ajuda dos próprios representantes dos manifestantes. Depois de falar, porém, a representante do Sinjor interrompeu, aos gritos, a fala seguinte dos integrantes dos movimentos. Depois disso os manifestantes deixaram o espaço.
 
Lá fora, como soube pelos jornais da cidade, uma parte do grupo foi levada à delegacia, mas liberada depois de algumas horas. O motivo foi uma acusação de depredação do patrimônio público, o que não foi comprovado. Em nota, o Sinjor declarou que “trabalhadores agrediram outros trabalhadores”.    
 
Ainda sobre o que aconteceu, conversando com alguns estudantes fora do auditório, depois do ocorrido, manifestei minha opinião contrária a da maioria deles, e disse que, com algumas ressalvas, apoiava o movimento e repudiava a maneira como o grupo foi tratado pelo sindicato. Do nada, uma pessoa da diretoria do Sinjor (não sei se da antiga ou da nova, pois muitos permaneceram na composição atual), começou a gritar comigo. Do que eu lembro, entendi que ela dizia que, se eles queriam se manifestar, que tivessem procurado antes o sindicato e marcassem uma pauta. Até hoje não consigo acreditar, por mais que tente, que o Sinjor colocaria na mesma mesa representantes dos movimentos sociais e da Rede Globo. Mesmo que colocasse, tenho grandes dúvidas se a Globo compareceria. Ou seja, penso que a maneira que eles encontraram para se manifestar foi a relatada, já que não têm vez na grande mídia, a qual, além de ajudar a marginalizá-los, raramente abre espaço para boas notícias sobre o Pará.
 
Algum estudante chegou a comentar que o movimento faz esse tipo de ação só para “aparecer” na mídia. Caramba, mas se eles não acham outra forma, farão o quê, marcarão pauta com a direção dos jornais e das revistas? Esperarão o Sinjor convidá-los para participar dos seus encontros? Não consigo entender a nota do sindicato, a qual faz referência  ao “desrespeito ao evento” e à “agressão” que uma trabalhadora, Lúcia Leão, sofreu...    
 
Na televisão, durante entrevista dada à Record, que também defendeu intensamente a posição do sindicato, uma estudante de jornalismo falou que sentiu medo e que o Hangar deveria ter mais segurança. A primeira coisa que foi esclarecida pelos manifestantes, é bom lembrar, foi que a manifestação era pacífica. Eles fizeram questão de falar e repetir isto. E, além do mais, não havia faca ou arma na mão de ninguém. O que será que deu medo na estudante? E quem será que a segurança do Hangar deve barrar? Pessoas negras ou, quem sabe, mal vestidas? Ouvi falar também que a indignação da direção do evento era pelo fato dos manifestantes terem invadido o espaço alugado para o encontro. Mas e a Globo e outras emissoras, não agridem e ofendem constantemente estas pessoas com informações irreais, com matérias que não ouvem devidamente todos os lados das histórias? Será que não é principalmente por esta imagem que a mídia passa que a estudante de jornalismo sentiu tanto medo?
 
A nota do Sinjor, usando a mesma expressão do sindicato, me agride enquanto cidadã e jornalista. Não consigo conceber que, em um espaço onde se discute temas como liberdade de expressão, regulamentação da profissão, qualidade do jornalista paraense,  desafios do fazer jornalístico na Amazônia, o papel do jornalista e da imprensa na sociedade, movimentos sociais históricos de luta não tenham tido espaço ao menos para falar com dignidade. Não consigo entender como um encontro que, na véspera, destacava a importância do jornalista se colocar na posição dos entrevistados para sentir o que eles sentem (no caso, o povo paraense e amazônida), no dia seguinte mostra este cenário. Um encontro que, inclusive, teve como tema o Jornalismo na Amazônia: Novas Tendências e Desafios.
 
Pela quantidade de estudantes que vi por lá, bem maior que a de jornalistas, dá para começar a encontrar respostas. Talvez muitos destes estudantes sejam oriundos de universidades particulares onde, como algum palestrante bem lembrou, alguns pais primeiro procuram saber da qualidade dos laboratórios dos cursos, para depois perguntarem (isso se perguntarem) sobre quem são os professores. Talvez sejam de universidades públicas mesmo, que estão formando apenas técnicos - nesse sentido, concordo com a opinião defendida por alguns de que o jornalista precisa, principalmente, de formação humanística. E os jornalistas, por que não participaram do encontro? Se na sexta-feira estavam trabalhando, com certeza no sábado muitos não estavam.
 
Talvez eu consiga entender melhor o incompreensível do que presenciei no dia 2 de agosto se lembrar que em um evento programado para discutir o papel fundamental dos jornalistas diante das problemáticas de uma das maiores pautas da atualidade, a Amazônia, um dos grandes conhecedores do assunto, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, teve que fazer milagre para falar sobre a realidade jornalística na Amazônia junto com mais quatro pessoas  - que somavam cinco, sendo que uma faltou. Será que o jornalista não merecia, ou melhor, será que nós não merecíamos, uma mesa temática tendo ele como expositor, como as demais mesas do encontro? Ou, ainda, o Lúcio Flávio poderia dispor de mais do que alguns minutos e dar uma palestra de cerca de uma hora, nos moldes da que estava prevista para a jornalista Lúcia Leão.
 
Apesar de todos estes absurdos, penso que o maior paradoxo de um congresso que tem como tema Solta Tua Voz é justamente não abrir espaço suficiente para os debates e para a voz das classes mais excluídas socialmente. Se a gente fazia uma pergunta, por exemplo, não poderia falar depois da resposta do palestrante, a não ser que gritasse, como eu fiz, sob as interferências da mediadora da mesa, quando disse que não achava que minha pergunta tinha sido respondida pelo editor de fotos do Jornal Amazônia, que insistia em dizer que havia respondido. Perguntei quais eram os critérios de escolha das fotos do jornal e por que a população tinha que se deparar diariamente com fotos de cadáveres e mulheres seminuas. Da mesma forma que os Sem Terra, tive que gritar lá do fundo do auditório para poder me expressar. 
 
Ao final do encontro, houve a posse simbólica da diretoria e foi oferecido um coquetel aos presentes. Com a mesma palavra utilizada, na oportunidade, pela nova presidente, Sheila Faro, durante seu discurso de posse, por estas e outras “cagadas” que não pretendo me sindicalizar tão cedo. Que o inusitado ocorrido no encontro sirva ao menos de alerta à nova diretoria e a todos nós dos reais desafios da profissão e Amazônia. Enquanto isso, vou soltando minha voz por aqui mesmo, e, pedindo emprestadas as palavras do Ismael Guiser, recarregando minhas energias com jornalistas ou estudantes que possuem brilho nos olhos, tenacidade, seriedade, e, acima de tudo, um amor imenso pelo Jornalismo. E você, tem fome de quê?  

 

publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 10:03

Março 12 2007

O blogueiro Pedro Nelito propôs uma campanha para divulgar o assunto e eu aderi.  “Controle privado é a melhor maneira de salvar a Amazônia”. É assim que começa o vídeo do YouTube, disponibilizado no blog dele. Basta acessar o post Pernósticos e a Amazônia... Com uma ótima introdução, o blogueiro apresenta as imagens relembrando a história dos que devastaram a floresta e agora aparecem como seus salvadores.        

 

Confesso que quando comecei a ler não dei muita importância, pensei se tratar de mais um daqueles textos (no caso, vídeo) apócrifos que rolam pela internet. Mas lendo o comentário do blogueiro Bruno Soeiro, que reproduzo abaixo, percebo que é verdade. Querem privatizar a Amazônia.

 

Sugiro que a Matintaperera (ou o Boto) faça uma visita ao “simpático” locutor do vídeo. Caso isso não resolva, espero que as autoridades brasileiras tomem vergonha na cara e adotem medidas eficazes contra absurdos desse gênero. E que a população brasileira também se manifeste. Recado dado.

 

“Caro Professor Nelito,
Acessei o site da empresa responsável pelo vídeo exibido e fiquei mais perplexo pois a mesma ratifica o conteúdo do vídeo em um texto em português, demonstrando total desrespeito com a soberania brasileira.
Penso que as autoridades brasileiras competentes devem tomar medidas enérgicas contra a malfada Arkhos Biotech, em especial, o Ministério Público Federal.
Sugiro que todos acessem o site: http://www.arkhosbiotech.com/empresa_amazonia.asp?pg=0
Em seguida deixem sua nota de protesto no link "Entre em contato".
Um abraço!
Bruno Soeiro.”
publicado por Luciane Barros Fiuza de Mello às 06:02

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